10/09/2018
Eu é que fiz o claustro da Sé de Lisboa, e mais nada!
24/07/2018
Obras no claustro da Sé de Lisboa - novo pedido de reunião/esclarecimentos ao Cardeal Patriarca
Como será do conhecimento de Vossa Eminência, tivemos ocasião de reunir passado dia 29 de Junho com o Reverendíssimo Senhor Cónego Tito Espinheira e com o sr. arq. Adalberto Dias, autor do projecto de reinterpretação do claustro da nossa Sé Patriarcal.
No entanto, ainda não foi possível estarmos esclarecidos quanto a alguns aspectos do projecto de arquitectura e da própria adjudicação da obra, pelo que solicitamos reunião urgente com Vossa Eminência, no sentido de os esclarecermos em definitivo.
Permita-nos que enumeremos os seguintes pontos:
* Abertura de vão na muralha da Rua das Cruzes, para acesso ao claustro, em detrimento do acesso natural, pela porta já existente do lado Norte.Eminentíssimo Senhor Dom Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa.
* Insistência na destruição do cubelo existente para construção de nova escadaria decorada a azulejos espelhados, quando poderia ser perfeitamente coberta em pedra ou, melhor, ser uma escadaria em madeira e ferro (sugestão em anexo).
* Financiamento do projecto desenvolvido e da obra já feita entretanto, uma vez que a DGPC informa não ter tido o mesmo proveniência dos fundos 20/20, mas existir no local um cartaz indicando o contrário.
* Razões para não ter havido concurso público e apenas adjudicação directa do projecto e da obra.
* Insistência na destruição do cubelo existente para construção de nova escadaria decorada a azulejos espelhados, quando poderia ser perfeitamente coberta em pedra ou, melhor, ser uma escadaria em madeira e ferro (sugestão em anexo).
* Financiamento do projecto desenvolvido e da obra já feita entretanto, uma vez que a DGPC informa não ter tido o mesmo proveniência dos fundos 20/20, mas existir no local um cartaz indicando o contrário.
* Razões para não ter havido concurso público e apenas adjudicação directa do projecto e da obra.
Com os melhores e respeitosos cumprimentos
Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Cassiano Neves, Paulo Ferrero, Júlio Amorim, Bernardo Ferreira de Carvalho
03/07/2018
Obras claustro Sé de Lisboa - novo mail com pedido de esclarecimentos
Exmo. Senhor Arq. Adalberto Dias
Cc. Secretariado do Patriarcado de Lisboa, Vigararia Geral, DGPC, PCML, AML e media
Somos a agradecer a reunião havida em São Vicente de Fora na 6ª Feira passada com V. Exas. e com as senhoras arqueólogas que participaram nas escavações no claustro.
Apresentamos os nossos cumprimentos ao sr. arq. Adalberto Dias, autor do projecto de musealização e reinterpretação do claustro da Sé de Lisboa.
Compreendemos os argumentos apresentados em relação à abertura de porta na muralha da Sé, na Rua das Cruzes, designadamente quanto às acessibilidades para portadores de deficiência motora, tendo em conta a candidatura aos fundos do Programa Portugal 20/20. Contudo, face ao ofício da CCDR-LVT/DGPC (em anexo), solicitamos que nos informem sobre qual a origem do financiamento extra-20/20, que permitiu o pagamento do projecto e a empreitada já efectuada, uma vez que nos parece haver uma incongruência entre o ofício da DGPC e o cartaz afixado na porta Norte do claustro onde se especifica que o projecto tem o apoio daquele Programa.
Em relação à demolição do cubelo actual, e sua substituição por "cubelo" contemporâneo, e apesar de reconhecermos a exiguidade da escada em caracol existente no interior do cubelo acrescentado ao claustro da Sé por Augusto Fuschini, em 1902, e, portanto, a vontade do autor do projecto em apreço em querer alargar a escada interior, não podemos concordar com a demolição do cubelo, uma vez que escadas exíguas são bastante comuns em monumentos importantes por essa Europa fora.
Reiteramos a nossa indignação pela decoração "vistosa" que se pretende dar ao novo "cubelo", e voltamos a sugerir o seu revestimento com pedra e não com azulejos vidrados, ainda que a intervenção seja mais dispendiosa, mas está em causa a Sé de Lisboa.
Finalmente, pedimos ao sr. arq. Adalberto Dias que nos confirme se, ao contrário do que as plantas e alçados do projecto apresentam (ver imagem em anexo), o novo “cubelo” não será de facto visível desde a Rua Cruzes da Sé, porque a acontecer o contrário seria de facto gravíssimo.
Com os melhores cumprimentos
Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Cassiano Neves, Paulo Ferrero, Júlio Amorim, Bernardo Ferreira de Carvalho
04/05/2018
Obras na Sé ao abrigo do Programa Portugal 20/20 - pedido de esclarecimentos à CCDR
Dr. João Manuel Pereira Teixeira
CC. Gab. Ministro Planeamento e Infraestruturas, DGPC, Patriarcado de Lisboa, PCML, AML e media
Serve o presente para questionar os V/Serviços sobre a oportunidade da aprovação pelo Programa Operacional da Região de Lisboa, no âmbito do “Portugal 20/20”, da candidatura refª Lisboa-04-2114-FEDER-000003, designada por “Recuperação e Valorização da Sé Patriarcal de Lisboa”, cujo promotor é a Direcção-Geral do Património Cultural, e que apresenta como propósito “Preservar e proteger o ambiente e promover a eficiência energética” e “A conservação, protecção, promoção e o desenvolvimento do património natural e cultural”.
Com efeito, ao aprovarem esta candidatura e ao atribuírem uma comparticipação a fundo perdido à DGPC e ao Patriarcado na ordem dos € 2M, esses Serviços não aprovaram, como terão julgado, a boa prossecução dos objectivos virtuosos referidos no parágrafo anterior, aprovaram sim:
1.A adjudicação de um projecto de arquitectura, aparentemente, sem a realização de efectivo concurso público – que se saiba, não houve nenhum anúncio público ao mesmo, desconhecem-se projectos alternativos ou outros concorrentes para lá do anunciado vencedor (arq. Adalberto Dias), e muito menos existiu qualquer escrutínio sobre a composição do júri ou sobre os motivos da escolha do projecto referido.
2.Uma obra altamente impactante, desde logo porque perigosa para os contrafortes da cabeceira da própria Sé, e que implicará:
* A abertura de vãos (porta) no recinto amuralhado da Sé de Lisboa na Rua das Cruzes da Sé, i.e., violando o todo da Sé, conjunto classificado de Monumento Nacional.
* A introdução de um bloco gigantesco de betão para acolher o museu subterrâneo, sem, aparentemente, a existência de qualquer relatório do LNEC a sustentá-lo, o que nos parece muito grave dada a localização e dimensão da obra.
* A adulteração do interior da Sé com a construção de um elevador interno, de acesso ao museu, e uma torre vertical espelhada a azulejos prateados e dourados, “coroando” a escada vertical de acesso ao núcleo enterrado.
Solicitamos, portanto, o melhor esclarecimento de V. Exas. quanto à oportunidade da V/aprovação à referida candidatura, a qual apesar de ser bem-vinda no que toca à tão aguardada musealização dos vestígios arqueológicos encontrados no claustro da Sé durante as últimas décadas, se revela atentatória ao património nacional, pelas razões atrás expostas, e sem prejuízo de apresentarmos pedido idêntico à Comissão Europeia.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Ana Celeste Glória, Gonçalo Cornélio da Silva, Eurico de Barros, Jorge D. Lopes, Luís Carvalho e Rêgo, Pedro Formozinho Sanchez, Fernando Silva Grade, Fátima Castanheira, Inês Beleza Barreiros, Alexandra de Carvalho Antunes, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria do Rosário Reiche e Bruno Palma