06/07/2011

Por incumprimento de requisitos, Câmara de Lisboa remove três esplanadas do Campo Pequeno

In Público Online (6/7/2011)
Por Inês Boaventura

«Funcionários da Câmara Municipal de Lisboa, acompanhados por elementos da Polícia Municipal, estão a remover as estruturas das esplanadas do Campo Pequeno e algum mobiliário exterior, que não está licenciado.

A autarquia detectou que pelo menos três esplanadas da praça não estavam a respeitar os critérios de ocupação do espaço público e por isso notificou os proprietários para corrigirem as falhas apontadas até ao dia 15 de Junho.

Segundo o assessor de imprensa do vereador José Sá Fernandes, João Camolas, houve várias reuniões entre a autarquia e os concessionários para tentar resolver a situação. Uma vez que as falhas não foram corrigidas, esta manhã os funcionários municipais iniciaram a remoção. À volta da praça, estão estacionadas perto de uma dezena de carrinhas da câmara, algumas já cheias de vasos com flores e tendas desmontadas.

Luís Suspiro, proprietário de dois dos restaurantes notificados, está indignado com a situação. “É uma atitude prepotente, de perfeita agitação social, provocada pelo vereador Sá Fernandes”. Um dos critérios do regulamento de ocupação do espaço público é que o sombreamento das esplanadas deve ser feito com chapéus de sol. No entanto, segundo aquele proprietário, a praça é muito ventosa e as tendas que estavam instaladas eram a única solução para as pessoas poderem estar ali.

Para a câmara, o principal problema foi a instalação de estruturas fixas, como as tendas, porque "isolaram e criaram um acrescento aos restaurantes, o que nao é aceitável", esclarece João Camolas. Além disso, nenhuma esplanada do Campo Pequeno está licenciada.»

...

Esta, aplaudo de pé. Mas este sr. Suspiro não era o que se gabava de ser amigo deste e daquele? A ocupação que os restaurantes desse senhor fazem da zona pública em volta da praça de touros é por demais escandalosa. Espero que esta acção seja para durar.

9 comentários:

Arq. Luís Marques da silva disse...

E já agora questiono o porquê daquela gaiola-restaurante, existente na Av da Liberdade, se manter, enquanto que a do outro lado e que até tinha melhor aspecto, foi desmantelada?
Ilegalidades?

Anónimo disse...

FInalmente! Já não era sem tempo!

Paulo Ferrero disse...

Essa tb há-de sair, julgo que está dentro do prazo.

Anónimo disse...

Em Lisboa não há lugar para a EMEL. Nos nossos bairros queremos ser nós a cuidar das ruas; não queremos ser explorados por mais uma entidade que enriquece com o nosso dia-a-dia. E não queremos ser vigiados e controlados em cada esquina. Senhores vereadores, administradores e assessores: metam a video-vigilância e os pilares em vossas casas!
E não nos venham com essa conversa do civismo. Em nome do civismo, porque existem demasiados carros, criam-se instituições que vigiam e punem. E em nome do civismo o único protesto aceitável é a petição, a providência e o abaixo-assinado. Não, não somos cívicos!
Numa destas madrugadas por Alfama desativámos 1 câmara, partimos a merda do comunicador e pegámos-lhe fogo.
Basta de ser "civilizado" neste mundo hipócrita governado por ricos e burocratas. Não queremos a EMEL aqui e vamos demonstrá-lo!
Alfacinhas desenrascados.

Anónimo disse...

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=23460

Sobre o assunto, recomendo.

É uma vergonha. Pouco a pouco, mata-se Lisboa. Ganhem vergonha por defender este tipo de acções.

Por esse mundo fora já estive em esplanadas bem mais criticáveis, e imagine-se, fui feliz por lá. É uma patifaria este tipo de acções que matam a cidade.

Anónimo disse...

essas gaiolas são um roubo do espaço público aos cidadãos não admissivel

Anónimo disse...

esta medida tarda por tardia.

Julio Amorim disse...

Umas esplanadas bem pirosas (não era por alí que assavam o porco?)

Sousa disse...

Aquilo ja nao eram esplanadas, aquilo mais parecia um acampamento nomada... ate uma churrasqueira com um porco tinham la no meio do passeio.

Muitos parabens por terem acabado com aquela vergonha