18/12/2006

Árvore de Natal gera longas filas de trânsito

In Jornal de Notícias (18/12/2006))
Fátima Mariano, César Santos

"Com o aproximar das seis da tarde, o trânsito na zona do Marquês de Pombal, em Lisboa, começa a intensificar-se, ao ponto de se formar filas compactas nas avenidas da República, Joaquim António de Aguiar e da Liberdade. É assim aos fins-de- -semana desde que foi inaugurada a maior árvore de Natal artifical da Europa, no dia 25 de Novembro, no Terreiro do Paço.

Movidas pela curiosidade ou pressionadas pelos mais novos, famílias inteiras passaram a escolher a Baixa pombalina como destino de passeio de final de tarde. Uma grande maioria opta por ir de automóvel, o que obrigou a PSP a reforçar o policiamento na zona do Terreiro do Paço para evitar o estacionamento desregrado.

A lentidão com que o trânsito flui e a pressa de chegar muitas vezes geram buzinadelas de protesto e terminam em pequenos acidentes, com chapa batida.

Há, no entanto, quem perca a paciência com filas tão longas e acabe por deixar o carro estacionado bem longe. Foi o caso da família Santos, que veio de propósito de Sintra para ver ao vivo e a cores a árvore de Natal. Ao chegar ao Marquês de Pombal, e apercebendo-se do pára e arranca, optou por estacionar o carro na lateral da Avenida da Liberdade e seguir de metro até à Baixa.

"Já basta o trânsito durante a semana", desabafa Luís Santos. Às costas carrega a filha, Lara, de 5 anos, que olha deliciada para o pinheiro artificial. "Tem tantas luzes!", exclama Lara, divertida.

Com os seus 75 metros de altura (o equivalente a 25 andares), milhões de lâmpadas e música alusiva à quadra, a árvore de Natal do Terreiro do Paço tem feito as delícias de miúdos e graúdos. Pode ser vista até 7 de Janeiro.

Maria Elena, natural da Roménia e a viver em Portugal há dois anos, não resistiu ao apelo da filha, de oito anos, e no sábado levou a família toda a passear ao Terreiro do Paço. "Este ano, é muito mais bonita, muito mais colorida", diz. A viver na Pontinha, veio até à Baixa de transportes públicos. "É menos confusão e mais prático", explica, acrescentando que aproveitou também para "ver umas montras e fazer umas comprinhas".

Graças também à árvore de Natal, muito mais pessoas se deslocam nesta altura à Baixa pombalina. Aproveitando este facto, alguns comerciantes - nomeadamente vendedores de castanhas e de pipocas - instalaram-se no Terreiro do Paço, mas "o negócio vai de mal a pior", conta a proprietária das "Pipocas da Joaninha", que se dedica a esta actividade há mais de 20 anos.

Alheios a estas queixas, a maioria dos curiosos aproveita para admirar o espectáculo de luzes e som oferecido pela árvore de Natal. De máquina ou telemóvel em punho, fotografam o pinheiro de vários ângulos para mais tarde recordar e enviar à família e amigos. Mesmo quem vem de longe não perde a oportunidade de estar junto a maior árvore de Natal artificial da Europa.

"Foi a primeira vez e adorei. Gosto muito das decorações e da música", afirma Lídia Marques, que veio do Minho passar o fim- -de-semana a Lisboa
."

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