20/11/2012

ANA. Vinci quer desenvolver Portela até ao máximo antes de decidir novo aeroporto.




ANA. Vinci quer desenvolver Portela até ao máximo antes de decidir novo aeroporto

Por Ana Suspiro, publicado em 20 Nov 2012 - 03:10 in (jornal) i online.
Concorrente francês quer parceiros locais e admite aliar-se a outros interessados na privatização da gestora aeroportuária

A Vinci quer desenvolver ao máximo a Portela antes de avançar para a decisão de construir um novo aeroporto de Lisboa, processo que ainda pode demorar 10 a 15 anos. O grupo francês é um dos cinco candidatos seleccionados para a segunda fase da privatização da ANA – Aeroportos de Portugal.

“A concessão da ANA é um investimento a longo prazo – 50 anos. Dentro de dez a 15 anos, sob a orientação do governo, haverá uma altura em que será determinada a melhor opção para Portugal”, explicou Nicolas Notebaert, chairman da Vinci Airports, num encontro ontem com jornalistas, quando questionado sobre a estratégia para expansão da capacidade aeroportuária.

Numa primeira fase, e caso vença a privatização da ANA, o objectivo será a optimização e a maximização do aeroporto da Portela, uma infra-estrutura com muitas vantagens e onde a Vinci pretende promover em Lisboa o hub principal da sua rede aeroportuária, tirando partido das ligações privilegiadas à América do Sul e a África.

Um dos maiores grupos mundiais na área das concessões, a Vinci é um investidor recente no sector aeroportuário, onde entrou em 2004. Hoje opera no Camboja e em aeroportos regionais franceses. Apesar do forte crescimento, o negócio movimenta 10 milhões de passageiros. Este era o limite mínimo para concorrer ao concurso da ANA, e é menos que o actual volume de tráfego da Portela, o que ajuda a perceber a importância que o grupo francês dá ao concurso em Portugal. Os responsáveis da Vinci não confirmam a informação de que terão feito a oferta mais elevada, no valor de 2500 milhões de euros, mas insistem no discurso de que a ANA vai ser a bandeira do grupo no sector aeroportuário.

“Podemos dizer que atribuímos um grande valor à ANA. É uma alavanca muito importante da nossa estratégia”, sublinhou Louis-Roch Burgard, director- -geral da Vinci Concessions. O grupo enalteceu ainda a capacidade de gestão da ANA, cuja equipa, liderada por Ponce de Leão, foi recentemente nomeada pelo governo, e manifestou o interesse em reforçar o Porto, com exploração do potencial turístico local.

A principal operação da Vinci em Portugal é a Lusoponte, concessionária das pontes sobre o Tejo, onde é um dos maiores accionistas, a par da Mota-Engil. A construtora está noutro consórcio, o dos colombianos da Odinsa. Na lista estão ainda a Fraport, a gestora do aeroporto de Zurique e a argentina Corporatión America.

1 comentário:

J A disse...

"um novo aeroporto de Lisboa, processo que ainda pode demorar 10 a 15 anos"

Esta anedota continua a circular?
É que em Dezembro de 1973 fui à Portela buscar os desenhos para o "novo aero blablabla"

40 anos + 10-15....puhhhh