Dr.José Sá Fernandes
Verificamos que, em cumprimento da lei, o lamentável caso do reclamo ilegal aparafusado em cima de azulejos na Av. Almirante Reis nº 4, já foi desmontado.
Fazemos chegar a V. Exª mais um caso idêntico, que consideramos ser também paradigmático deste problema porque ocorre na Rua das Escolas Gerais, um dos eixos mais turísticos da nossa cidade, em Alfama, na rota do eléctrico 28.
Como se verificar pelas imagens que anexamos, este estabelecimento comercial tem instalado um reclamo publicitário afixado com parafusos em cima dos azulejos antigos de fachada.
Mais uma vez, este dispositivo não só é fisicamente destrutivo para o património azulejar como também oculta um elemento decorativo da fachada.
Num arruamento tão frequentado por turistas, não será uma vergonha tolerarmos exemplos de desrespeito pelo azulejo, um património que afinal é tão identitário para Lisboa?
Considerando que o dispositivo não parece cumprir com o disposto no Anexo IV do Decreto-Lei nº 48/2011, é natural que se questione se o reclamo em apreço será legal.
Em nome dos regulamentos criados pela CML para a salvaguarda do património da cidade, solicitamos que o presente caso seja devidamente resolvido.
Com os melhores cumprimentos,
Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva, Júlio Amorim, António Branco Almeida e Fernando Jorge CC: AML, PISAL, Museu da Polícia Judiciária
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