Essas obras começaram há algumas semanas e somente agora se percebe que estão a proceder ao esventramento total do edifício, o que, como se defendeu aqui inúmeras vezes, é uma medida que revestida de argumentos de conservação é, na verdade contrução nova. Não poderei dizer se a fachada será mantida que caso a não verificar-se vai agravar esta intervenção e caraterizá-la como destruição com perda total deste património.
Como poderão verificar no site da residencial (www.luena.com.pt) os interiores estavam alterados para além do reconhecimento, o que faz recuar as "culpas" a momento anterior ao início da obra mas agora a questão que se impõe é saber se as soluções encontradas para a remodelação vai ter em conta o espírito do edifício e a sua época ou se vai ser mais um exercício de pseudo-design, igual a tantos outros nesta cidade.
A Avenida Pascoal de Melo é um dos exemplos como Lisboa e os seus habitantes vivem a cidade e o seu património. Autrora uma artéria elegante, com moradias unifamiliares urbanas e elegantes e árvores frondosas, tem sido, desde os anos 60, atacada com tamanha voracidade que hoje, malgrado a sua principal caraterística que é a arborização, é uma avenida arquitetonicamente descaraterizada, maltratada e cheia de mazelas. E continua sob feroz ataque...
Avenida Pascoal de Melo, elegante e urbana |
Avenida Pascoal de Melo... hoje.Especial atenção aos edifícios à direita e esquerda em comparação ao que estava antes. E a destruição continua, aqui e em toda a cidade. |
Senhores Presidentes da CML, Sr. Vereador Salgado, teria valido a pena proteger esta avenida, pedra a pedra! Ainda vale, se quiserem. Depende de vós.
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