16/01/2015

Oxalá esteja enganado....mas chegaram mais leis para papel !?

foto: Pedro Catarino

"As novas restrições de circulação de automóveis em Lisboa entraram em vigor nesta quinta-feira para tirar um milhão de carros da cidade e melhorar a qualidade do ar que se respira na capital. Não é a primeira cidade a apertar o cerco à poluição. De Berlim a Roma não faltam exemplos, com maior ou menor sucesso. A capital italiana não é dos melhores, ao contrário de Berlim, por outro lado, que começou a implementar as Zonas de Emissões Reduzidas (ZER) em 2008. Dois anos depois, a malha apertou mais e, atualmente, apenas estão autorizados a circular no centro da cidade automóveis fabricados depois de 2005 (ou depois de 2000, quando devidamente equipados para minimizar as emissões de gases). Também Londres, onde quem quer circular de carro no centro da cidade já paga portagem, pondera agora introduzir uma ZER, desta vez com o objetivo de reduzir os níveis de poluição e não apenas o trânsito. No caso alemão, a medida do sucesso, reconhecido, está ligada a um rigoroso controlo de matrículas e à aplicação de multas sem dó nem piedade aos incumpridores. Londres, a seguir o exemplo, deverá utilizar as câmaras de vigilância instaladas que já controlam o pagamento da "taxa de congestionamento". Pois. Em Lisboa, câmaras nem vê-las e o controlo é aleatório, feito pela PSP e pela Polícia Municipal, alguns deslocando-se em carros que não deviam lá estar. É Portugal e já há demasiadas exceções à regra - veículos de emergência, automóveis do Estado e das polícias não contam. E os táxis, obviamente, têm prazo alargado para se adaptarem às novas regras. Em ano de eleições, dificilmente poderia ser diferente - não se imagina António Costa, candidato a primeiro-ministro, correr o risco de enfrentar uma revolta de taxistas em Lisboa. O problema não é a medida. O problema é que a medida corre o risco de não ser um problema para quem não cumprir."

In DN, 2015-01-16 por Mónica Bello

2 comentários:

Anónimo disse...

Os carros de Fórmula 1 sem matrícula é que vão ser muito difíceis de apanhar na Av. da Liberdade.

Anónimo disse...

Mais uma bela medida anti pobre. LOL.
Só neste país.