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08/07/2016

Mas está tudo maluco? A EMEL num terreno destes? É uma barbaridade!


Fotos: Carlos Farinha, in pág. Jardim do Caracol da Penha


In O Corvo (8.7.2016)
Por Samuel Alemão

«Jardim público em vez de estacionamento pede-se na Penha de França e em Arroios

Um novo espaço verde de acesso público no lugar do planeado parque de estacionamento com 86 lugares, a construir num terreno de 8000 metros quadrados de propriedade municipal. Esta é a proposta pela qual se bate um conjunto de cidadãos das freguesias da Penha de França e de Arroios, entre as quais se divide a encosta denominada de Caracol da Penha, onde começaram, há poucos dias, a ser feitos os preparativos para instalar um parqueamento a explorar pela Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL). Trata-se de uma parcela semi-abandonada no meio de tecido urbano, mas de uma grande riqueza vegetal.

Em vez do estacionamento – que contará ainda com um parque infantil, uma creche, um quiosque e miradouro com esplanada -, o grupo de moradores propõe um jardim com um campo de jogos multiusos, hortas, miradouro, quiosque com esplanada e um bosque. Alegam que o terreno “possui mais de 25 árvores de espécies variadas (incluindo lódãos, zambujeiros, pinheiros, cactos), das quais 11 são de fruto (ameixeiras, amendoeiras, figueiras, abacateiros, nespereiras, bananeiras, oliveiras) e três são árvores de grande porte (pinheiro, eucalipto)”. Alegam ainda que existe um “considerável espaço de horta e de arbustos/bosque”.

“Por estas características, este espaço constitui já um grande pulmão verde desta zona de Lisboa”, consideram esses moradores. Por isso, decidiram mobilizar-se através do Movimento Pelo Jardim do Caracol da Penha e apresentaram uma proposta ao Orçamento Participativo de Lisboa 2016 para a criação de um novo jardim público naquele lugar. E resolveram convidar a restante população a conhecer o seu projecto, durante a tarde (16h-20h) deste sábado (9 de julho).

A apresentação terá lugar no Espaço Roundabout.LX, centro de arte experimental situado na Rua Cidade de Cardiff, 54B, ao cima das escadarias da Rua Cidade de Liverpool. O programa prevê a apresentação pública do movimento, a discussão do mesmo e a partilha de propostas, a apresentação do sítio do movimento, o lançamento de uma petição, exposições de fotografia, vídeo e som e ainda música “por vários artistas do bairro e amigos”.

08/10/2010

Ribeiro Telles indignado com proposta que abre caminho à construção em logradouros


In Público (8/7/2010)
Por Ana Henriques e Cláudia Sobral

«Proposta socialista de revisão do PDM de Lisboa contraria acordo pré-eleitoral do PS com José Sá Fernandes, selado há um ano para as últimas autárquicas


O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles mostrou-se ontem indignado com a medida do PS para autorizar a construção em logradouros, proposta na revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa. "É uma anedota em termos de planeamento", reagiu Ribeiro Telles na entrevista a publicar na edição do PÚBLICO do próximo domingo.

A proposta socialista foi detalhada na última reunião de câmara, anteontem, e a questão dos logradouros foi um dos alvos de toda a oposição representada no executivo liderado por António Costa - e até o vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, se mostrou preocupado.

Lançar uma campanha de recuperação dos logradouros - via associações de proprietários, com incentivos financeiros de apoio técnico dado pelo município -, foi precisamente uma das condições do acordo pré-eleitoral de Sá Fernandes com os socialistas que governam Lisboa, e cujas listas acabou por integrar, na qualidade de independente. Além disso, Ribeiro Telles é a principal figura da associação de apoiantes de Sá Fernandes, a Lisboa é Muita Gente. Recentemente homenageado com a Medalha de Mérito Municipal, grau ouro, o arquitecto paisagista não assistiu à discussão camarária sobre a revisão do PDM, mas disse, depois de informado sobre a proposta, tratar-se de uma "medida gratuita, a favor da especulação urbana".

"Segundo percebi - prossegue, referindo-se ao documento a que depois teve acesso e ao que lhe foi transmitido -, logradouros são as tapadas, são os quintais, são as cercas conventuais e são as quintas de recreio - aquelas todas do Paço do Lumiar que são do século XVI e XVII. Se isso tudo é logradouro, evidentemente que é um desastre para a cidade de Lisboa. Quer cultural quer ambiental."

Criticou ainda a imprecisão de vários conceitos usados na proposta de revisão, como o de superfície verde: "Ervas sobre betão são superfícies verdes." " [Isso] não é de uma cidade do século XXI e do sistema natural de uma cidade do século XXI", acrescentou. "É encapotar para as pessoas não perceberem bem o que é. Uma árvore vai buscar água às camadas inferiores e as raízes são a forma que tem de se sustentar. Acho bem que, depois de todas as árvores caírem em cima de automóveis e de pessoas, a câmara seja responsabilizada."

Às dúvidas colocadas em relação à proposta de autorizar mais construção nos logradouros - algo que actualmente se faz com muitas restrições (no máximo, 20 por cento da área total) -, respondeu na reunião o vereador Manuel Salgado, vice-presidente do executivo, responsável pelo Urbanismo e coordenador da revisão do PDM. Invocou a necessidade de criar mais estacionamento em Lisboa - nomeadamente nos logradouros -, sob pena de os promotores imobiliários desistirem de reabilitar os prédios antigos. E referiu também o facto de parte dos logradouros já estar ocupada com construção clandestina, que viola a regra dos 20 por cento da área total, actualmente em vigor.

O programa eleitoral do presidente, António Costa, não menciona os logradouros. Diz, no entanto, que Lisboa necessita de aumentar a quantidade de solo permeável e o coberto vegetal. Nesse sentido, promete, entre outras coisas, "promover um programa de fomento de agricultura urbana".

Ribeiro Telles destaca as mesmas necessidades. "Lisboa precisa de locais permeáveis. Diminuir essa área na cidade - potencialmente, uma estrutura verde consistente - é mau em qualquer logradouro", afirma o homem que coordenou o Plano Verde para Lisboa, que está, aliás, em exposição no antigo Mercado de Santa Clara.»

...

Ah, grande Arquitecto!

28/07/2009

Parque Eduardo VII: deitar abaixo e fazer de novo

in "DN"
por JOÃO MIGUEL TAVARES
Hoje
Fazer do Parque Eduardo VII um verdadeiro parque era uma boa forma de começar a mudar a cara à cidade
Portugal tem dificuldade em fazer as coisas bem feitas, mas tem muito mais dificuldade em refazer as coisas mal feitas. O Parque Eduardo VII é um bom exemplo dessa incapacidade - podíamos também chamar-lhe falta de coragem - para emendar os erros óbvios. O parque desempenha apenas duas funções anuais: albergar a Feira do Livro durante 17 dias e servir de local de engate durante 365. É manifestamente pouco para o espaço verde mais extenso do centro de Lisboa. Agora que estamos na pré-época das eleições autárquicas, com entrevistas de candidatos nos jornais e sondagens apertadas e muita vontade de discutir os problemas da cidade, eu deixo aqui a minha modesta contribuição para o debate: reformular toda a zona central do Parque Eduardo VII e fazer ali um jardim a sério.
O que deveria ser um dos espaços de eleição de Lisboa foi alvo de todas as maldades no decorrer do século XX. Durante a instauração da República, o parque teve a nobre função de servir de trincheira dos revoltosos. Entre as décadas de 10 e 40, foi um morro mais ou menos abandonado (embora com um lago invejável). Na década de 40, um arquitecto respeitável como Keil do Amaral conseguiu desenhar a inutilidade que hoje podemos apreciar, uma maravilha do Estado Novo que só serve para tostar turistas no Verão. E a cereja em cima do bolo foi o pirilau de homenagem ao 25 de Abril da autoria de José Cutileiro, um escultor com muitos méritos mas que naquela ocasião foi tomado pelo delírio criativo sem que ninguém tivesse tido a clareza de espírito de lhe sussurrar ao ouvido "se calhar, não era bem isto" (por respeito, evidentemente, à "liberdade artística"). Cem anos passados, já vai sendo hora de alguém se chegar à frente e dizer: "do Marquês até ao Eleven, é deitar abaixo se faz favor".
Quem hoje olhe para Lisboa certamente chegará à conclusão de que o amor que devotamos à calçada portuguesa é inversamente proporcional ao amor que dedicamos às árvores. O resultado é uma sobrecarga de cinzento, um défice de verde e um sem-número de praças - do Camões à Praça do Município, passando pelo Terreiro do Paço - cheias de pedrinhas rendilhadas e geometrias comoventes, mas sem uma sombra que se veja. Quando se aterra de avião na Portela vindo do Atlântico é muito bonito. Para quem vive cá em baixo é uma seca imensa e um óptimo convite para nunca lá pôr os pés. Eu sei que Lisboa é um ninho gigantesco de problemas, daqueles muito "macro", como o trânsito, a segurança e a habitação. Mas há "micros" que podem fazer a diferença. E fazer do Parque Eduardo VII um verdadeiro parque, com pessoas, actividades e vida, era uma boa forma de começar a mudar a cara à cidade.

24/06/2008

Assembleia Municipal discute hoje Plano Verde

In Sol Online (24/6/2008)

«A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) discute hoje o projecto de regulamento de medidas cautelares do Plano Verde elaborado pelo arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles

O Plano Verde pretende «assegurar a circulação da água, evitar inundações e revitalizar biologicamente os sistemas húmidos da cidade», de acordo com o gabinete do vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes (BE).

O documento tem em conta quatro sistemas: o da mobilidade, o da circulação de água e ar, o de transição fluvial-estuarino e as unidades ecológicas estruturantes.

As medidas cautelares passam pela «limitação de usos» do território «sujeição a parecer vinculativo da comissão do plano verde». (...)»

Se a 'Comissão do Plano Verde' for a trapalhada que é o proto-'Conselho Municipal de Ambiente', estamos falados. Seja como for, o Plano Verde existe no terreno, isto é, no PDM, é só questão de o proteger ... protegendo coisas concretas como o Parque Periférico ou ... o Parque da Bela Vista. Não é com 'bandeiras', decretos ou comissões que se protege seja o que for, mas com acções concretas...

03/10/2007


In Público (3/10/2007)

Plano Verde aprovado por unanimidade

In Jornal de Notícias (3/10/2007)
J. A. Souza

«O Plano Verde de Lisboa, que tem concepção do arquietcto Gonçalo Ribeiro Telles e que o Bloco de Esquerda (BE) levou à Assembleia Municipal (AM), foi ontem aprovado por unanimidade. O "sim" significa que ele vai ter discussão aberta na Câmara durante 60 dias, voltará à AM e, tudo indica, verá as suas linhas orientadoras incluídas na futura revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa

António Costa, presidente da autaraquia, esteve também ontem na reunião da AM. Numa curta intervenção falou da bondade do projecto ali levado pelo BE. Intimamente ligado àquele plano, que pressupõe a ligação entre si de todos os espaços verdes ainda sobreviventes na cidade (Parque de Monsanto, Ameixoeira, Vale de Chelas, Parque da Bela Vista ou o Vale de Santo António, entre outros) , António Costa falou aos jornalistas do polémico projecto do Porto de Lisboa de um Terminal de Cruzeiros entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré. Foi lapidar "Está morto e enterrado" (ler texto em baixo).

Sá Fernandes, vereador dos Espaços Verdes, era ontem um autarca feliz esta será uma das últimas oportunidades de a cidade, entre muitas urbanizações "que não deveriam ter nascido", vir a ter uma espécie de corredor verde que marginará a cidade e descerá até ao Tejo. Nalguns pontos, a ligação entre espaços verdes que mais tarde farão o corredor verde da cidade não irá além de um viaduto sobre faixas de rodagem. Mas, ainda assim, será "talvez a última oportunidade" de a cidade ter os seus espaços verdes ligados entre si.

Não houve, portanto, nenhum partido que votasse contra um projecto que agradará pouco aos empreiteiros. Mas um deputado municipal do PSD ainda lançou uma farpa a Sá Fernandes, porque o vereador dos Espaços Verdes não se opõe a que o Instituto Português de Oncologia seja erguido na Bela Vista. Ao JN, Sá Fernandes justificou que o espaço é um cabeço e não uma zona de escoamento de águas. E essa, em sua opinião, faz toda a diferença de outras zonas construídas. »

Como previsto, tudo correu bem e estão de parabéns o Arq. Ribeiro Teles, a AML e, naturalmente José Sá Fernandes, que não se tem calado, e bem, sobre o assunto. Falta agora o mais difícil, o PDM.

02/10/2007

Assembleia Municipal discute hoje Plano Verde de Ribeiro Telles

In Sol Online (2/10/2007)

«A Assembleia Municipal de Lisboa discute hoje o Plano Verde para a cidade, concebido pelo arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, e a extinção da Empresa Pública Municipal de Águas Residuais de Lisboa, Emarlis

O Plano Verde, Estrutura Ecológica Municipal, será discutido por proposta do Bloco de Esquerda, cujo vereador na autarquia, José Sá Fernandes, passou a chefiar um gabinete para a aplicação daquele projecto desde que o novo executivo tomou posse. (...) Lusa/SOL»

E se o BE não fizer das suas, como fez da primeira vez em que o assunto era suposto ter sido votado por unanimidade, o Plano Verde sairá finalmente consagrado como referência de uma Lisboa sustentável. Mas mais importante que o Plano Verde é o PDM, convém não esquecer...

20/06/2007


In Público (20/6/2007)

E não foi discutido e desceu à Comissão de Ambiente e Qualidade de Vida porque, manifestamente, o BE fez das suas, ou seja, ainda não aprendeu que há momentos em que não vale pena «armar o circo», e resolveu vir para os media anunciar que o «seu» plano iria ser aprovado via moção, quando o texto final que iria ser votado é um texto muito mais elaborado (pela AML). Resultado, foi-se a unanimidade (que tinha levado muito trabalho a consertar) e uma oportunidade perdida, de ouro. Tudo adiado para Setembro.

18/06/2007

Estrutura Ecológica Municipal, Plano Verde para Lisboa, na AML, amanhã!

ORDEM DE TRABALHOS

1.Deliberar sobre a Proposta nº 1/AM/2006 apresentada pelo BE (distribuída em 30 de Novembro de 2006), conforme o previsto na al. c) do art. 12.º do Regimento da AML, respeitante à Estrutura Ecológica Municipal, Plano Verde para a Cidade de Lisboa, nos respectivos termos.


AVISO - INTERVENÇÃO DO PÚBLICO
SESSÃO ORDINÁRIA DE 19 DE JUNHO DE 2007

LOCAL E HORA DAS INSCRIÇÕES

Avisam-se os interessados que, nos termos do Regimento, a Sessão desta Assembleia Municipal de Lisboa, que se realizará no Fórum Lisboa - Avª. de Roma nº 14, terá início às 15 horas, com um período não superior a 45 minutos de intervenção do público, para apresentação de assuntos de interesse municipal e pedidos de esclarecimento, dirigidos à Mesa.

As inscrições para este período devem ser feitas no dia 19 de Junho de 2007, das 14,00 horas às 15,00 horas, nas instalações do Fórum Lisboa, Avª. de Roma, 14, 1º andar - Lisboa.
(...)»



Fonte: Site da AML