25/01/2008

Guerra nos Espaços Verdes de Lisboa

In Sol Online (25/1/2008)
Por Margarida DSavim

«Sá Fernandes acusa Juntas de usarem mal verbas para jardins

José Sá Fernandes diz que há Freguesias de Lisboa onde se paga a empresas pela manutenção de espaços verdes que não existem. Presidentes de Junta do PSD ameaçam deixar de cuidar dos jardins por falta de verbas (...)»

Conheço juntas que tratam pessimamente dos jardins e outras, poucas, que o fazem bem. De entre estas, a maior parte são privados. De entre aqueloutras, a esmagadora maioria também são privados. Portanto ...

9 comentários:

ABA disse...

O que Lisboa precisa é mesmo de guerrinhas de alecrim e manjerona entre as Juntas de Freguesia e o Torquemada Fernandes...

Anónimo disse...

Não, meu caro, não são "guerrinhas de alecrim e manjerona". A isto chama-se cidadania.

O que a nossa cidade precisa é de cidadãos mais exigentes. E, consequentemente, os nossos autarcas, as Juntas de Freguesia (independentemente do partido a que estão associados) serão melhores e mais exigentes na sua missão, ou seja, gerir o bem comum, como por exemplo, os nossos espaços públicos!

Anónimo disse...

É lamentável ver que ainda há quem acredite que o melhor é não "levantar a poeira", que é melhor "deixar andar", que é melhor, no caso dos jardins públicos, deixar tudo como está.

É bom que as Juntas de Freguesia saibam que não basta receber as verbas e depois colocar apenas placas nos jardins a dizer "Este espaço é seu. Cuide dele!"

Não basta contratar empresas para fazerem a manutenção dos espaços verdes e depois vê-los a secar, como aconteceu com o jardim da placa central da Praça de Londres. Passem por lá e vejam o que aconteceu e o que sobreviveu a meses e meses de desleixo.

Não basta colocar placas rídiculas a proibir os cães de se "passearem" sobre a relva (que bom que seria poder deixar os meus filhos brincarem na relva como fazem quando estão noutras cidades europeias) e ver o contrário a acontecer diariamente.

Enfim, a lista de exigências é enorme. É do tamanho da minha "janela" que já viu outros lugares e outras pessoas muito respeitadoras e exigentes com os espaços públicos e não apenas com o "seu jardim".

João Pedro
Lisboa

daniel costa-lourenço disse...

Aos poucos vai-se desvendando o "buraco negro" que é a CML...

Não basta as juntas receberem quantias e depois adjudicarem a empresas externas (em que termos?) por um valor muito mais baixo...

E ainda se acham no direito de exigir...

Basta percorrer a cidade para ver o estado de abandono dos (poucos) espaços verdes

Tiago R. disse...

A descentralização de competências para as Juntas de Freguesia foi objectivamente um progresso porque permitiu aproximar dos cidadãos o nível de decisão em relação a questões que os preocupam. Os espaços verdes, no caso presente.

Agora, tudo isto só funciona se tivermos cidadãos exigentes, que reclamem, que exijam e "fiscalizem" a acção da Junta.

Até porque as juntas, devido à sua proximidade, são muito mais sensíveis à pressão dos cidadãos do que um vereador.

Se os espaços verdes da sua freguesia estão mal tratados, reclame, exija da sua Junta que faça o que deve, como o faz - e bem - a maior parte das 53 juntas de Lisboa!

ABA disse...

o que disse anteriormente é uma evidência! não se gere os bens públicos com estados de alma! por um lado, uns senhores a quem atiram uns sacos com dinheiro e porque não o sabem gerir lhe é fechada a torneira, amuam; por outro, alguém que transitoriamente detém o poder, dele fazer uso com critérios próprios.

cidadania é ser exigente com quem tem a responsabilidade de zelar pelos bens comuns, claro que sim.
e a responsabilidade individual? os jardins degradam-se sozinhos, cidadãos?

tramaram-nos? disse...

NUMA CIDADE TÃO PEQUENA EM TAMANHO E COM TÃO POUCA GENTE, PARA QUE SERÃO PRECISAS JUNTAS? E ALGUÉM VEERDADEIRAMENTE ACREDITA QUE A SUA GESTÃO (DE QUê?)É MELHOR DO QUE SE FOSSE FEITA ADEQUADAMENTE AO NÍVEL CENTRAL? VEJAMOS: LISBOA É PEQUENA SÓ TEM 600 000 ALMAS, NÃO ME PARECE DIFICIL

Filipe Melo Sousa disse...

"PARA QUE SERÃO PRECISAS JUNTAS?"

ingénua pergunta. pense lá nos tachos que desapareciam

daniel costa-lourenço disse...

bem, aqui tenho de dar a mão á palmatória:

a discussão sobre os distritos urbanos não avança precisamente devido às pressões políticas dos partidos que detêm as juntas de freguesia e nada mais.

o poder infra municipal faz falta, mas não desta forma..a
a) a Baixa/Chiado dividida em 5 ou 6 freguesias?!
b) Uma freguesia para os olivais e o parque das nações, com 70 mil habitantes (mais do que muitos concelhos)?!

não faz sentido nenhum

uma boa oportunidade para pensarmos nos distritos urbanos, a única solução racional e objectiva, quanto ao problema de uma pequena cidade estar dividida em 53 freguesias, o que passa qualquer sentido de razoabilidade.

http://cidadanialx.blogspot.com/2007/07/distritos-urbanos.html