03/06/2008

Capital do desleixo




A Feira do Livro de Lisboa poderá ter muitos defeitos, mas tem sido graças a ela que o Parque Eduardo VII tem um uso digno uma vez no ano. E tem sido também graças a ela que o lisboeta se sente seguro para, uma vez no ano, percorrer os seus recantos. Porém, o que verá não se recomenda, infelizmente: fora das zonas concessionadas, verá sobretudo desleixo, a começar pelo estado lamentável a que se deixou chegar o Pavilhão Carlos Lopes.

Que dizer de uma cidade - capital de um país - que se dá ao luxo de desperdiçar a mais importante mancha verde implantada na sua zona mais central? E que esperar do governo de uma cidade - capital de um país - que nem um simples lago num jardim consegue ter em condições?

6 comentários:

daniel costa-lourenço disse...

Seguramente, a única capital europeia com o seu parque central neste estado de abandono...

FJorge disse...

Gostava de saber quantos lagos na capital ainda estão a funcionar. Mas a julgar pelo exemplo do Rossio, devemos estar reduzidos a menos de 5%

Anónimo disse...

Brinquei muito à volta deste lago há quase 50 anos....e ele tinha sempre água. Pois...era um país mais pobre, em regime de ditadura.

JA

CIDADANIA LX disse...

O estado em que está esse lago, esse jardim, e o Pavilhão dos Desportos é VERGONHOSO. E nãomenos vergonhoso é o tempo e a polémica gastos em volta dos pavilhões pindéricos de uma feira do livro que de feira só tem desconto de 10%, salvo o 'livro do dia' que chega aos 15%, mas que muitas vezes é repetido. O sucesso da Feira do Livro reside no facto de uma vez por ano se poder passear no Parque Eduardo VII. Sempre que de lá saiu foi uma barracada...

Paulo Ferrero

Anónimo disse...

Quanto tempo ainda teremos que esperar para ver os nossos autarcas abandonarem o papel de idiotas luminosos e assumirem de facto aquele que a sociedade lhes reservou: manterem em condições o que é bom do passado e não estragarem o futuro?

Anónimo disse...

Em relação ao P.E. VII, é um espaço lindíssimo, mas pouco seguro e desactivado. Mesmo assim, é um espaço verde só que já não é dos lisboetas.

A Feira do Livro é a única altura do ano em que o Parque é nosso, no entanto, o que era uma verdadeira abertura de cultura a todos, é agora mais uma fantochada de Lisboa que só se faz porque sempre se fez e continua a estar na moda. Os descontos são miseráveis e as bancas são cada vez menos.

Mesmo assim, vale o passeioe vale continuar a sabermos que existe.