05/12/2016

Rua Sebastiao Saraiva Lima: de calçada em pedra para blocos de cimento


 


Rua Sebastião Saraiva Lima na Freguesia da Penha de França. Bairro do período da Lisboa-Entre-Séculos. Aqui vemos mais uma susbtituição da calçada de cubos de vidraço tradicional, por blocos baratos de cimento. É lamentável (e uma grande teimosia da CML) que se continue a descaracterizar a imagem consolidada do espaço público de Lisboa com materiais desqualificados e pobres como é o caso destes blocos de cimento.
Teria sido mais adequado, e respeitador das características do ambiente destas ruas dos finais do séc. XIX, reconstruir este passeio com uma calçada de mistura de vidraço e outra pedra, como aliás se tem feito ultimamente em vários pontos da cidade. Seria também mais louvável se a CML, em vez de desistir da calçada bem executada tenha optado por passar a si própria um atestado de incompetência por não conseguir controlar a qualidade da calçada que se faz nos últimos anos em Lisboa. Essa sim é a questão central deste debate sobre os passeios da capital.
Reparar na ironia deste acto da CML: podemos ler no painel informativo que esta obra é da responsabilidade da «Unidade de Intervenção Territorial - Centro Histórico». Palavras vãs, portanto.

6 comentários:

Anónimo disse...

Que tristeza...

Anónimo disse...

:-(

Filipe Melo Sousa disse...

Ainda está para me ser apresentada essa tal da "calçada bem executada". Nas ruas de Lisboa só vejo pedras (ainda por cima de cor branca que suja logo) envoltas de terra e mato. Façam scroll para o post de baixo.

Luis N. Filipe disse...

Ao ler este vosso post surgiu-me uma questão: creio que o piso original das ruas de Alfama era terra batida, e dos bairros da "Lisboa entre séculos" era terra batida ou paralelos de basalto. Vocês também são a favor da manutenção desses pisos, por serem "mais adequados, e respeitadores das características do ambiente destas ruas"? Se não são, qual o motivo?

Anónimo disse...

Sim, somos, e tb em que todos os burros (bípedes) se manteham firmes como até aqui.

Anónimo disse...

Eu cá prefiro as ruas em terra batida, cheias de imundície, tão medieval, tão nostálgico...