Fotos: 1) A Praça (mercado) da Figueira, 1949; 2) A Praça (largo) da Figueira, inaugurada em 1971, com a estátua ao centro; 3) a Praça da Figueira hoje: a estátua foi deslocada para a esquerda de quem sobe a Rua da Prata, para que possa ser vista lá de baixo…
Evolução pelos tempos fora
Já foi o sítio do Hospital (de Todos-os-Santos, até ao terramoto, que o destruiu). Já foi local do mercado central da Cidade. Hoje é um magnífico local para estar, só, e uma bela estação para contemplar o Castelo.
Aqui, na Praça da Figueira, a história fez do local um simples espaço de estar. Mas já foi outra coisa. Foi alvo de pelo menos três intervenções famosas: 1755 (mercado a céu aberto), 1885 (praça: mercado coberto), 1971 (praça: lergo aberto, sem mercado), 1999/2000 (requalificação do espaço e realinhmento da estátua). E a estátua, colocada em 1971, acabará por ser deslocada para realinhamento nesta última remodelação da Praça, em 2000. Mas os azulejos... esses, lá permanecem nao armazém.
Evolução pelos tempos fora
Já foi o sítio do Hospital (de Todos-os-Santos, até ao terramoto, que o destruiu). Já foi local do mercado central da Cidade. Hoje é um magnífico local para estar, só, e uma bela estação para contemplar o Castelo.
Aqui, na Praça da Figueira, a história fez do local um simples espaço de estar. Mas já foi outra coisa. Foi alvo de pelo menos três intervenções famosas: 1755 (mercado a céu aberto), 1885 (praça: mercado coberto), 1971 (praça: lergo aberto, sem mercado), 1999/2000 (requalificação do espaço e realinhmento da estátua). E a estátua, colocada em 1971, acabará por ser deslocada para realinhamento nesta última remodelação da Praça, em 2000. Mas os azulejos... esses, lá permanecem nao armazém.
Leia uma história interessante de um sítio bonito de Lisboa, que resiste a promessas loucas e que sobrevive a terramotos.
Eis alguns passos deste evoluir lento pelos tempos fora, desde o terramoto. Tudo contado na Tertúlia: «Todo o conjunto urbano da Praça da Figueira data da segunda metade do séc. XVIII, estando o seu nome ligado a um dos mais populares mercados a céu aberto que existiu em Lisboa. Local do antigo Hospital de Todos os Santos, destruído pelo terramoto de 1755, a praça passou por diversas fases: em 1835 foi arborizada, em 1849 rodeada de grades de ferro e em 1883,foi demolida.
A nova praça inaugurada em 1885 apresentava quatro cúpulas, três naves e uma área de 8.000 metros quadrados permanecendo assim durante 64 anos após os quais se procedeu à sua demolição definitiva. Hoje é um espaço rodeado de edifícios simples e equilibrados, de onde se tem uma boa perspectiva do Castelo de S. Jorge.
No centro da praça encontra-se a estátua equestre de D. João I (Mestre de Avis) inaugurada em 1971 da autoria de Leopoldo de Almeida e Jorge Segurado.
Uma volta em redor desta permite-nos apreciar um conjunto de estabelecimentos curiosos como o Hospital das Bonecas e a Confeitaria Nacional, bem representativos do comércio à antiga».
Os azulejos desaparecidos em combate
No final da governação da Coligação PS/PCP, na obra de reabilitação da Praça da Figueira houve um pormenor que não escapou a ninguém na época: o realinhamento da estátua pela Rua da Prata, para que pudesse ser vista desde o Terreiro do Paço. Em 2001, foram encomendados 150 mil azulejos ao «papa do design português», Daciano Costa, entretanto falecido (em Outubro de 2005), para revestir a praça, como na altura registou Francisco Neves, ‘Público’.
Mas, na refrega política que tem sido a governação PSD/CDS, os azulejos desapareceram de facto em combate.
A talhe de foice
A propósito da Praça da Figueira, quero citar aqui um episódio caricato de há dois anos (anos que parecem séculos). Há dias, em conversa de amigos, alguém lembrou uma coisa que já todos esquecêramos: Carrilho também temporizou uma promessa em meses, não foi só Santana Lopes com os seus oito meses para o Parque Mayer em 2001: eram seis meses para revitalizar a Baixa… Coisa de que nem ele mesmo nunca mais se lembrou, claro. E aí estamos nós a falar de mais e mais promessas a esmo feitas nesta campanha, para satisfazer necessidades – promessas para esquecer na primeira esquina, outra vez. Mas entretanto foram arrecadados os votitos dos incautos. E não é só uma nem duas candidaturas que vejo proceder dessa forma.
Pedi então a esse meu amigo que me localizasse a referência a essa promessa de Carrilho. Cá está ela:
«Carrilho promete dinamizar a Baixa em seis meses / Candidato diz que nada tem sido feito , JN, 8 Set 2005 / Manuel Maria Carrilho prometeu que, se vencer as eleições autárquicas, irá promover a dinamização do comércio e do povoamento da baixa pombalina nos seus primeiros seis meses de mandato. As palavras do candidato socialista foram proferidas após ter estado reunido com a direcção da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina.
"O diagnóstico foi claro nos últimos quatro anos não se fez nada e é visível a degradação e o desleixo desta zona da cidade", declarou Carrilho, que prometeu apostar no papel da Agência para a Baixa de Lisboa e na redinamização do povoamento, designadamente através da construção de uma residência universitária". Disse ainda pretender redinamizar o comércio na baixa, mantendo os serviços administrativos do Estado».
A nova praça inaugurada em 1885 apresentava quatro cúpulas, três naves e uma área de 8.000 metros quadrados permanecendo assim durante 64 anos após os quais se procedeu à sua demolição definitiva. Hoje é um espaço rodeado de edifícios simples e equilibrados, de onde se tem uma boa perspectiva do Castelo de S. Jorge.
No centro da praça encontra-se a estátua equestre de D. João I (Mestre de Avis) inaugurada em 1971 da autoria de Leopoldo de Almeida e Jorge Segurado.
Uma volta em redor desta permite-nos apreciar um conjunto de estabelecimentos curiosos como o Hospital das Bonecas e a Confeitaria Nacional, bem representativos do comércio à antiga».
Os azulejos desaparecidos em combate
No final da governação da Coligação PS/PCP, na obra de reabilitação da Praça da Figueira houve um pormenor que não escapou a ninguém na época: o realinhamento da estátua pela Rua da Prata, para que pudesse ser vista desde o Terreiro do Paço. Em 2001, foram encomendados 150 mil azulejos ao «papa do design português», Daciano Costa, entretanto falecido (em Outubro de 2005), para revestir a praça, como na altura registou Francisco Neves, ‘Público’.
Mas, na refrega política que tem sido a governação PSD/CDS, os azulejos desapareceram de facto em combate.
A talhe de foice
A propósito da Praça da Figueira, quero citar aqui um episódio caricato de há dois anos (anos que parecem séculos). Há dias, em conversa de amigos, alguém lembrou uma coisa que já todos esquecêramos: Carrilho também temporizou uma promessa em meses, não foi só Santana Lopes com os seus oito meses para o Parque Mayer em 2001: eram seis meses para revitalizar a Baixa… Coisa de que nem ele mesmo nunca mais se lembrou, claro. E aí estamos nós a falar de mais e mais promessas a esmo feitas nesta campanha, para satisfazer necessidades – promessas para esquecer na primeira esquina, outra vez. Mas entretanto foram arrecadados os votitos dos incautos. E não é só uma nem duas candidaturas que vejo proceder dessa forma.
Pedi então a esse meu amigo que me localizasse a referência a essa promessa de Carrilho. Cá está ela:
«Carrilho promete dinamizar a Baixa em seis meses / Candidato diz que nada tem sido feito , JN, 8 Set 2005 / Manuel Maria Carrilho prometeu que, se vencer as eleições autárquicas, irá promover a dinamização do comércio e do povoamento da baixa pombalina nos seus primeiros seis meses de mandato. As palavras do candidato socialista foram proferidas após ter estado reunido com a direcção da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina.
"O diagnóstico foi claro nos últimos quatro anos não se fez nada e é visível a degradação e o desleixo desta zona da cidade", declarou Carrilho, que prometeu apostar no papel da Agência para a Baixa de Lisboa e na redinamização do povoamento, designadamente através da construção de uma residência universitária". Disse ainda pretender redinamizar o comércio na baixa, mantendo os serviços administrativos do Estado».
Uma aleivosia de Carrilho: mais uma. Quase nem se deu por ela, tal foi a confusão política a partir daí.
Coisas…
1 comentário:
Até dá dó, os políticos terem acabado com mais este símbolo da cidade e berço de memórias. Fico a pensar que, se não fosse o mau trato que a classe governante dá hoje ao comércio tradicional, se não seria boa ideia reconstruir a Praça da Figueira tal e qual como era.
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