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05/07/2018

Quarteirão Sul Praça de São Paulo - Proc. 941/EDI/2018 - pedido de consulta


Exmo. Senhor
Vereador Manuel Salgado

CC. PCML, AML, JF Misericórdia


Serve o presente para solicitarmos a consulta ao processo urbanístico nº 941/EDI/2018, referente ao quarteirão pombalino do lado Sul da Praça de São Paulo e ao projecto de alterações do sr. arq. Samuel Torres de Carvalho, que visa a transformação de todo o quarteirão em hotel.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Júlio Amorim, Jorge D. Lopes, Henrique Chaves, Rui Martins, Helena Espvall, Eurico de Barros, Luís Mascarenhas Gaivão, Fernando Silva Grade, António Araújo, Jorge Pinto, Filipe Lopes, Bárbara Lopes, Fátima Castanheira, Alexandre Marques da Cruz, Virgílio Marques

28/09/2017

Lá vem mais um hotel ...


Prédio-quarteirãodo Largo de São Paulo na calha ... pombalino, ainda com mansardas de Mardel, e onde aliás todos os inquilinos, gelataria Davvero incluída, têm, ao que parece, ordem de despejo... (fotos em www.essentia.pt/projetos/sao-paulo/35/)

29/04/2013

POSTAL DA BAIXA: Praça de S. Paulo


Roubo de guarnições de metal, garfiti, lixo, enfim, mais um retrato fiel e perfeito de Lisboa em 2013.

22/11/2010

S. Paulo pombalina: decadente, suja, esquecida.

Em termos urbanos a área da freguesia de S. Paulo é das mais interessantes de Lisboa. Pela proximidade do rio, do Cais do Sodré, da estação de comboios, pelos dramáticos viadutos pombalinos da Rua do Alecrim e por todo o desenho arquitectonico e urbano pombalino ainda bastante intacto. Mas apesar destes ingredientes, em teoria mais do que suficientes para a existência de um extraordinário bairro histórico europeu, tudo está mais morto que vivo. Porque está quase tudo degradado, em ruínas decadentes e sujas. É um cenário de doença terminal, aflitivo e deprimente. É a capital Lisboa no seu pior. Porque razão a República Portuguesa se mostra insensível, e tão incapaz, de curar, dar vida, numa palavra, HABITAR este notável bairro da capital?

Toda esta zona ribeirinha de Lisboa foi profundamente atingida pelo terramoto de 1755, tendo sido totalmente refeito o seu traçado urbano sob desenhos da Casa do Risco, criando-se uma praça rectangular com chafariz/obelisco central - a Praça de São Paulo. Na cabeceira poente da praça ergueu-se a paroquial, obra dirigida por Remígio Francisco de Abreu, assistente de Eugénio dos Santos. Atrás da praça, junto ao rio, criou-se em 1771 o novo mercado de S. Paulo, também chamado da Ribeira Nova.

A família do Marquês de Pombal possuía algumas propriedades nesta zona, tendo reconstruído os seus prédios, como aquele que fecha a praça a nascente, iniciativa do irmão de Pombal, Paulo de Carvalho e Mendonça. Deste facto resultou a designação toponímica da Rua Nova do Carvalho. Nesta zona há a destacar o grande quarteirão conhecido como Prédio dos Remolares erguido pelo Morgado de Oliveira, futuro Conde Rio Maior, genro do Marquês de Pombal.

Fotos: Travessa do Carvalho, Rua do Alecrim, Largo dos Stephens, Largo do Corpo Santo

10/10/2009

LISBOA: a opinião de Fernanda Câncio

«Como, suponho, todos os lisboetas, estou cansada de promessas.

Estou cansada de proclamações grandiosas e juras absurdas. Voto em Lisboa desde os anos 90, quando mudei o registo de eleitora para a cidade onde me fixei aos vinte.

Levo vinte e cinco de resistência ao desregramento incompreensível do trânsito e do estacionamento, à incompreensível degradação do edificado, à sujidade incompreensível das ruas, aos incompreensíveis montes de lixo junto aos contentores e aos ecopontos, ao incompreensível mau estado dos pavimentos, às incompreensíveis falhas na iluminação pública, às incompreensíveis ausências de regulação e ordenamento urbanos e arquitectónicos, à feiura incompreensível e voluntária (porque tantas vezes destruindo coisas bonitas e boas) da maioria dos estabelecimentos comerciais.

Grande parte destas coisas não são assacáveis à direcção da autarquia e suspeito que algumas das que são também terão atenuantes - do tipo "a culpa é dos serviços". Sendo que se pode e deve discutir a que ponto a culpa de os serviços serem o que são é de quem está "em cima", há uma tendência generalizada para culpar "a câmara" por tudo, tendência essa que acaba por resultar na de os candidatos à câmara fazerem pronunciamentos relativos a assuntos em que riscam pouco ou nada ou em que se arriscam a nada poder fazer. E, o que é muito mais grave, na de que todos e cada um se desresponsabilizem totalmente dos males que identificam, quando é evidente que grande parte deles se deve a todos e a cada um.

Esperar que uma entidade exterior, um "eles" qualquer, ande connosco ao colo e nos impeça de fazer aquilo que resulta por exemplo na lixarada que é esta cidade e de atulhar com automóveis tudo o que é espaço livre é o princípio de todos os nossos problemas. Haveria lixo no chão se não fosse para lá atirado? Haveria carros a mais se cada condutor não achasse ser seu direito inalienável ir de carro para todo o lado?

A cidade não é uma abstracção: somos nós. É o que fazemos dela. É até o que os discursos dela fazem. Assumir que funciona como um corpo amorfo comandado por uma só pessoa, que teria o condão de, como assevera Santana num imperdível cartaz, "acabar com o caos no trânsito", é, além de estulto, contraproducente. Como ouvir, 365 dias por ano, gente a perorar de cátedra sobre "a desertificação" e "decadência" do centro e a necessidade de "atrair" pessoas. O mesmo discurso repete-se há mais de 20 anos, como se entretanto nada tivesse mudado, como se não existisse um repovoamento do centro operado por indivíduos e não por políticas, por pessoas e não por estruturas. Como se quem fala não fizesse a menor ideia do que se passa na cidade e acreditasse numa noção imperial de desígnio - a de que só fazemos, nós, o povo, aquilo que nos instam (ou seduzem, ou obrigam) a fazer.

Das eleições de dia 11 só pode sair um presidente da câmara repetente, e isso é bom. Podemos decidir com base no que sabemos de cada um como autarca: já experimentámos o produto. Mas por mais importante que seja o resultado - e é - há uma grande parte do trabalho que é nosso. Democracia também é isso: fazermos o que nos compete, sermos cidadãos. Vem daí a palavra cidade.» (Fernanda Câncio)

"roubado" no SOS LISBOA

Foto: Lado sul da pombalina Praça de São Paulo invadida por estacionamento