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18/09/2013

Estado lastimável do Palácio Almada-Carvalhais (Monumento Nacional)


Exma. Senhora
Directora-Geral do Património Cultural,
Dra. Isabel Cordeiro


C.C. SEC, PCML, AML, Media

Vimos pelo presente indagar junto de V. Exa. sobre quais os procedimentos que essa Direcção tem previsto dar início no sentido de dar cabal cumprimento à sua missão primeira, a de «assegurar a gestão, salvaguarda, valorização, conservação e restauro dos bens que integrem o património cultural imóvel, móvel e imaterial do País, bem como desenvolver e executar …assegurar o cumprimento das obrigações do Estado no domínio do inventário, classificação, estudo, conservação, restauro, protecção, valorização e divulgação do património cultural móvel e imóvel…», corrigindo assim a passividade recente desse organismo e dos que lhe deram origem, mais propriamente no que se refere ao Palácio Almada-Carvalhais, sito no Largo do Conde Barão, em Lisboa, que está classificado Monumento Nacional desde 1920 (DG, II Série, n.º 158, de 8-07-1920) e de cujo estado lastimável damos conta nas fotos em anexo.

Independentemente do notório desinteresse e apatia da Câmara Municipal de Lisboa para com o destino deste Palácio de riquíssima história e não menos património, certamente do conhecimento de V. Exa., facto que se tem traduzido ao longo das últimas décadas na sua destruição progressiva e no vandalismo descarado do edifício e da sua decoração; cremos que essa Direcção tem igualmente sido pouco mais do que inexistente neste processo, face às suas próprias competências e responsabilidades.

É chegado o momento de mudar!

Este edifício, pré-terramoto e residência dos antigos provedores da Casa da Índia, é um dos mais importantes de Lisboa, que mantém, apesar de tudo, a sua imponência e pormenores de rara beleza e importância histórica e arquitectónica (torre, abóbodas da entrada, pátio setecentista, e salões, tectos, janelas e varandas do piso nobre) e de que a informação disponibilizada online pelo ex-Igespar faz prova em http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70251 .

Cremos, portanto, que importa a essa Direcção tomar uma atitude desde já e a dois níveis:


1. Intimar o proprietário, seja ele privado ou uma entidade pública, a executar desde já as medidas de protecção e salvaguarda necessárias a que o edifício (Artigo 21º, ponto 2, alínea b) da Lei nº 107/2001):

1.1 Resista às intempéries.
1.2.Deixe de ser alvo de roubo e vandalismo.

2. Indicar ao proprietário e à CML, sob a forma de ‘caderno de encargos’, quais os elementos arquitectónicos e decorativos a preservar prévia e obrigatoriamente em sede de projecto de alterações/ ampliação/demolição/construção nova a apresentar à CML pelo proprietário.

Estamos convictos que assim, Senhora Directora-Geral, por via de uma tomada de posição nestes termos, essa Direcção fará toda a diferença, dando bom uso das suas competências e permitindo-se, doravante, boas práticas e prosseguir eficazmente na sua missão.

Também importante, tal permitirá aos cidadãos recuperarem a confiança no Estado e a consideração por essa Instituição. Com os melhores cumprimentos


Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva, Fernando Jorge, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Miguel Velloso, José Filipe Toga Soares, João Leitão, Miguel Lopes, Paulo Dias Figueiredo, João Oliveira Leonardo, Nuno Caiado, João Mineiro e Miguel Jorge

Fotos: Miguel Velloso

29/04/2013

POSTAL DA BAIXA: Praça de S. Paulo


Roubo de guarnições de metal, garfiti, lixo, enfim, mais um retrato fiel e perfeito de Lisboa em 2013.

18/11/2012

JANELAS DE LISBOA

Também temos este tipo de janela em Lisboa, bastante popular. Este exemplar pode ser observado na Rua dos Mastros, no bairro do Parlamento português.

17/11/2012

JANELAS DE LISBOA

Os lisboetas têm um gosto muito particular por janelas... digamos que... cegas? Este exemplo no Largo do Conde Barão, em ZEP de um Monumento Nacional, é bem elucidativo de como se pode afectar a identidade patrimonial de um edifício apenas com uma alteração desqualificada das suas caixilharias. E o pior de tudo? É quase certo terem destruído/descartado as portadas de madeira que todos os vãos destes prédios tinham para proteger o interior do sol no verão e do frio no inverno. A inteligência do passado já não é percebida por aqueles que tocam nestes imóveis património. Cabe à CML ter um papel activo na salvaguarda do património da cidade mas cada vez mais a CML se demite desse papel.

29/09/2012

LISBOA: as esplanadas mais feias da Europa?

Largo do Conde Barão, em frente de um imóvel classificado Monumento Nacional. Porquê Sr. Vereador do Espaço Público? Para quando tolerância zero para este tipo de esplanadas nas zonas históricas da nossa cidade? 

28/09/2012

POSTAL DO CAIS DO SODRÉ

Talvez o resultado de anos e anos de publicidade agressiva das marcas de cerveja que a EGEAC e a CML têm permitido por ocasião das «Festas de Lisboa» e que nós preferimos chamar pela sua verdadeira identidade, ou seja, as «Festas da Cerveja» de Lisboa...

11/09/2012

SÃO PAULO em RUÍNAS

Fotos de uma cidade de... é assim na Travessa do Carvalho, no Largo dos Stephens, etc., etc.. (fotos: FJ)

20/10/2011

PUBLI-CIDADE: Travessa do Cotovelo

Um dia destes vai cair tudo (ou parte) em cima de alguém... como já aconteceu em vários locais da cidade.

22/11/2010

S. Paulo pombalina: decadente, suja, esquecida.

Em termos urbanos a área da freguesia de S. Paulo é das mais interessantes de Lisboa. Pela proximidade do rio, do Cais do Sodré, da estação de comboios, pelos dramáticos viadutos pombalinos da Rua do Alecrim e por todo o desenho arquitectonico e urbano pombalino ainda bastante intacto. Mas apesar destes ingredientes, em teoria mais do que suficientes para a existência de um extraordinário bairro histórico europeu, tudo está mais morto que vivo. Porque está quase tudo degradado, em ruínas decadentes e sujas. É um cenário de doença terminal, aflitivo e deprimente. É a capital Lisboa no seu pior. Porque razão a República Portuguesa se mostra insensível, e tão incapaz, de curar, dar vida, numa palavra, HABITAR este notável bairro da capital?

Toda esta zona ribeirinha de Lisboa foi profundamente atingida pelo terramoto de 1755, tendo sido totalmente refeito o seu traçado urbano sob desenhos da Casa do Risco, criando-se uma praça rectangular com chafariz/obelisco central - a Praça de São Paulo. Na cabeceira poente da praça ergueu-se a paroquial, obra dirigida por Remígio Francisco de Abreu, assistente de Eugénio dos Santos. Atrás da praça, junto ao rio, criou-se em 1771 o novo mercado de S. Paulo, também chamado da Ribeira Nova.

A família do Marquês de Pombal possuía algumas propriedades nesta zona, tendo reconstruído os seus prédios, como aquele que fecha a praça a nascente, iniciativa do irmão de Pombal, Paulo de Carvalho e Mendonça. Deste facto resultou a designação toponímica da Rua Nova do Carvalho. Nesta zona há a destacar o grande quarteirão conhecido como Prédio dos Remolares erguido pelo Morgado de Oliveira, futuro Conde Rio Maior, genro do Marquês de Pombal.

Fotos: Travessa do Carvalho, Rua do Alecrim, Largo dos Stephens, Largo do Corpo Santo

10/10/2010

Largo do Corpo Santo ou Largo do Carro Santo?

Largo do Corpo Santo? Parece mais um exemplo lisboeta de "Largo do Carro Santo"! Toda esta bela praça de génese pombalina está há demasiadas décadas transformada numa placa de circulação rodoviária. Tudo o mais é um parque de estacionamento feito em cima do joelho. Não há uma única árvore ou equipamentos (bancos de jardim?) para os cidadãos usufruirem do que é suposto ser um «espaço público histórico» segundo o PDM em vigor. Os passeios foram reduzidos à sua expressão mínima. E chegaram ao cúmulo de criar lugares de estacionamento mesmo em frente da entrada principal da igreja! Que outra capital da europa trata assim os seus espaços públicos de referência? E isto acontece a poucos metros da Praça do Município, sede do governo da cidade de Lisboa. É um cenário deprimente.

25/03/2010

LISBOA É...

...um notável portal barroco mas profusamente guarnecido de caixilharia de alumínio e cabos. Muitos cabos! Este imóvel está presente na Carta Municipal do Património. E pode ser visto na Rua de São Paulo, junto do Ascensor da Bica (MN).

22/03/2010

Para que servem os passeios na Rua de S. Paulo?

Peão voador? Espectáculo diário no passeio/passadeira da R. de S. Paulo torneja R. Nova do Carvalho.

20/03/2010

LISBOA É...

...uma super pragamática "consola" de iluminação dos finais do séc. XX que veio substituir a anterior do séc. XIX. Reabilitar? Restaurar e actualizar o mobiliário urbano histórico? Lisboa prefere descartar, destruir, abandonar ou vender. O mobiliário urbano histórico que ajuda a diferenciar Lisboa vai desaparecendo. E assim banalizamos e descaracterizamos o ambiente urbano lisboeta. A CML é, demasiadas vezes, avessa ao restauro e recuperação do mobiliário urbano histórico - principalmente os exemplares da primeira metadae do séc. XX. É assim no Boqueirão do Duro (perpendicular à Rua da Boavista), zona urbana classificada, Freguesia de São Paulo.