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15/11/2014

Sim, muito importante. Mas ...


«IMPORTANTE VITÓRIA - CLASSIFICADO O EDIFÍCIO PRINCIPAL DO HOSPITAL MIGUEL BOMBARDA (gravura do corpo sul em 1855). Por aviso publicado no DR de 6 Outubro 2014, resultado da proposta por nós apresentada em Março de 2013 e acompanhada por memória justificativa. Uma importante vitória do nosso movimento cívico, resultado de múltiplos contactos, reclamações, petições e intervenções na imprensa, e que já havia contribuído para a suspensão dos projetos imobiliários para a Colina de Santana. A Classificação possibilitará o desenvolvimento do Museu e a salvaguarda de todo o Conjunto.» (in página da Associação Portuguesa de Arte Outsider, no Facebook)

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Mas mais é menos conversa e brainstorming e reparar o que deixa entrar água, porque daqui a pouco cai tudo.

15/04/2014

Jan Gehl: «the public component of our lives is disappearing»

“In a Society becoming steadily more privatized with private homes, cars, computers, offices and shopping centers, the public component of our lives is disappearing. It is more and more important to make the cities inviting, so we can meet our fellow citizens face to face and experience directly through our senses. Public life in good quality public spaces is an important part of a democratic life and a full life.
“Only architecture that considers human scale and interaction is successful architecture.”
“First life, then spaces, then buildings – the other way around never works.”
“The social changes of our era can help explain the dramatic increase in urban recreation – premium public spaces, with their diversity of functions, multitude of people, fine views and fresh air obviously have something to offer that is in great demand in society today.”
Jan Gehl


'Jan Gehl é um arquitecto e urbanista dinamarquês cuja carreira se tem focado em melhorar a qualidade da vida urbana reorientando o design da cidade em função do peão e do ciclista. Um autor que a ESTAMO e a CML deviam ouvir no âmbito dos desastrosos projectos que se pretende implementar nos antigos Hospitais civis da Colina de Santana.
FOTO: Campo dos Mártires da Pátria, um dos muitos espaços públicos que continua refém de uma mobilidade urbana centrada no transporte particular com óbvios prejuízos para a qualidade de vida de todos.

03/04/2014

Todos ao Bombarda no dia 12 às 15h!


Há também visitas aos Capuchos, Santa Marta e São José, mas uma delas já está esgotada. Mais infos em http://debaterlisboa.am-lisboa.pt/documentos/1396362006K1nPZ9ef6Fx41AT5.pdf.

12/02/2014

Ideia de criar um Museu da Medicina no Hospital de São José conquista terreno


In Público Online (12.2.2014)
Por Inês Boaventura

«A historiadora Raquel Henriques da Silva defendeu a necessidade de se “resgatar” espólios que estão hoje ao abandono em vários equipamentos de saúde da Colina de Santana.

A criação de um Museu da Saúde no Hospital de São José foi defendida esta terça-feira por vários dos intervenientes naquele que foi o quarto debate promovido pela Assembleia Municipal sobre o futuro da Colina de Santana.

O mesmo é proposto pela Câmara de Lisboa no seu Documento Estratégico de Intervenção na zona, embora aí se deixe em aberto a localização desse equipamento. [...]»

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Assino por baixo: é óbvio que a existir um Museu da Saúde ele só poderá ser no corpo central do Hospital de São José, dando bom uso a todos aqueles corredores e alas imponentes, dando outra dignidade às escadarias e salões, à 'bramantina' sacristia, à sala da esfera e demais elementos espantosos. Mas esse museu deve ter uma extensão no Miguel Bombarda, fazendo aqui o museu de arte outsider e arte de doentes, i.e., no Panóptico, Balneário Dona Maria II, permitindo-se, claro, a fruição pública do salão nobre, capela e gabinete de MB.

Já para o corpo central do MB, continuo a achar que o ideal seria que a CML ali instalasse (todo) o Arquivo Municipal de Lisboa, que continua a penar por aí. Mas para isso, o Arquivo Municipal teria que ser uma opção/prioridade da CML, e não me parece que o seja (ainda). Isso e uma solução do tipo 'investigação e desenvolvimento' das neurociências na enfermaria em 'poste telefónico', por exemplo.

04/02/2014

Mas, afinal, hoje mostram os 4 projectos aprovados interinamente pela CML/Estamo, ou não?


É que, convenhamos, nada disso consta da sessão de hoje, nem genericamente nem ao pormenor:

«4 de Fevereiro - 18h00 - Forum Lisboa, Av Roma 14 P
Debate Temático sobre a Colina de Santana
3ª Sessão, “Impacto urbanístico, social e habitacional das propostas”
Para se inscrever como participante nos debates, que são abertos à participação de toda a população, aceda AQUI Painel de dia 4 de Fevereiro, “Impacto urbanístico, social e habitacional das propostas”
Moderador: Presidente da Comissão Permanente Ordenamento do Território, Urbanismo, Reabilitação Urbana, Habitação e Desenvolvimento Local da AML, deputado Vítor Gonçalves pelo PSD.
Painel: • João Cabral, arquitecto, professor associado da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa
• Cristiana Bastos, antropóloga, investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
• Teresa Barata Salgueiro, geógrafa, professora catedrática no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa
• Mário Moreira, arquitecto, experiência de planeamento urbanístico na Câmara Municipal de Loures
Relatores: Deputados da AML José Moreno pelo PNPN, e Floresbela Mendes Pinto, Independente.»

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Antropologia?!! Geografia?!! Loures?!!!!!

11/12/2013

Ainda os loteamentos para 3 ex-HCL (3) :



Sobre os Capuchos, e reconhecendo que há que demolir bastante, a verdade é que património ali não é só o que está classificado, i.e., igreja e antigo convento, palácio Melo (C: azulejos e escadaria…), pelo que não se pode aceitar demolições de, por ex., os edifícios da escola de enfermagem Artur Ravara (A) e a actual farmácia (B)? (fotos aqui). Por outro lado, parece-me construção a mais em volta do corpo conventual, reduzindo não só este a uma ‘ilha’, mas elevando as cérceas do lado da Luciano Cordeiro desnecessariamente. Para quê tanta construção, ainda por cima monótona?

Ainda os loteamentos para 3 ex-HCL (2) :


Já sobre Santa Marta, que continuo a achar ser o melhor de todos os projectos, de longe, aquele edifício no topo norte do lote vai ensombrar completamente parte significativa da Travessa de Santa Marta, e o topo sul da Rua da Sociedade Farmacêutica, também. 'Ícone' para ser visto do alto do Parque Eduardo VII? É desnecessário. Diminua-se o edifício em 3 pisos, s.f.f. porque o resto do projecto está bastante bom: os espaços verdes serão muitos, o hotel pode perfeitamente ocupar a zona do convento, desde que continuem como locais sem restrições ao público, a igreja, a sacristia e o claustro, evidentemente. Além disso, arrasam com o edifício das consultas externas que é um mono dos anos 80.

Ainda os loteamentos para 3 ex-HCL (1) :


Sobre São José, e independentemente da nova construção (em área e altura) projectada que me parece demasiada, há 3 pontos esquisitos:

A-Deitar abaixo o edifício do Instituto Medicina Legal, de Leonel Gaia, para quê???

B-O maior dos torreões (MN) da muralha fernandina, e hoje com construção (ilegal) em cima (!!!) é dado como com nova construção ... legal. Como é possível?

Por fim, C-São Lázaro. Não consta do loteamento, porquê? Para entrar projecto autónomo?

No debate sobre o futuro da Colina de Santana foram muitas as vozes contra o fecho anunciado dos hospitais


In Público (11.12.2013)
Por INÊS BOAVENTURA

«Os 20 intervenientes no debate desta terça-feira, vários dos quais deputados da Assembleia Municipal de Lisboa, manifestaram também preocupações com a salvaguarda do património arquitectónico e imaterial da colina»

04/12/2013

A classificação do Hospital Miguel Bombarda e o futuro da nossa cultura


In Jornal Público Online (4.12.2013)
Por VICTOR OLIVEIRA

«A Neurologia nasceu em França no Hôpital de la Salpêtrière no último quartel do século XIX, pela mão de Jean-Martin Charcot (1825-1893). A Salpêtrière era um grande asilo onde se depositavam, muitas vezes para toda a vida, pessoas com uma variedade de situações que iam desde a epilepsia a outras doenças que se viriam a individualizar como neurológicas, e toda uma gama de doenças psiquiátricas, mas que tinham em comum a necessidade de custódia mais ou menos prolongada. [...]

O hospital constitui a principal memória da assistência psiquiátrica e neurológica aos doentes em Portugal. O seu integral e enorme arquivo ainda inexplorado de processos clínicos, arte de doentes e fotografia, é, seguramente, um património ímpar a investigar e a preservar. Neste hospital se iniciaram em Portugal as investigações microscópicas do sistema nervoso (a Neuropatologia) com Marck Athias, Celestino da Costa e Lobo Antunes. Foi aqui que se seleccionaram os primeiros doentes para a técnica da leucotomia idealizada por Egas Moniz e que lhe valeriam o Prémio Nobel em 1949. [...]

Ao invés de outros hospitais instalados em antigos conventos, no Bombarda construíram-se de raiz diversos edifícios vanguardistas, ou mesmo experimentais, não-asilares, de grande valor patrimonial em termos internacionais. Além do Balneário D. Maria II, de 1853 e do famoso Pavilhão de Segurança, de 1896, ambos classificados em 2010, é urgente e justo, proteger através de classificação, outros imóveis deste magnífico conjunto: os edifícios das enfermarias em poste telefónico, primeiro no mundo, 1885-1894 (racionalista e de um piso rodeado de jardins, segundo o princípio do hospital psiquiátrico ideal defendido pelo alienista Esquirol) e em U, de 1900 (com inédita disposição permitindo a vigilância e melhorando a segurança e comodidade dos doentes), o humanizante Telheiro do Passeio dos Doentes (1894), a cozinha (1904), notável obra de engenharia, bem como o imponente edifício da prestigiada Congregação de S. Vicente de Paulo, também ainda não protegido.

O Hospital Miguel Bombarda, encerrado desde 2011, é um património histórico e arquitectónico de características únicas em Portugal e, a nível internacional, reconhecem-se-lhe especificidades que se subestimam por cá. É um passado de que nos devemos orgulhar, e uma base essencial para delinearmos o nosso futuro.

A aguardada aprovação da proposta de classificação apresentada em Março (que subscrevemos), o desenvolvimento de um espaço museológico artístico e científico, também de turismo cultural, abrirão largas possibilidades para a divulgação internacional das neurociências e da medicina portuguesa, e constituirão uma destacada mais-valia para a imagem de Portugal no mundo científico e cultural.

Para o bem ou para o mal, o ónus ficará para quem decidir o destino a dar a este riquíssimo património.

Presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia, professor de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa»

03/12/2013

O loteamento dos Capuchos deita abaixo isto, porquê e para quê?


O edifício da Escola de Enfermagem Artur Ravara (1938)

O edifício da actual farmácia

Porque é velho. Para estacionamento?! É caricato.

28/11/2013

Colina de Santana: a segunda fase do debate

Há um vasto património, classificado e por classificar, que está ameaçado com a construção nova e os novos usos.

Artigo de opinião - Paulo Ferrero, Jornal Público de 28 Nov 2013

Continua um mistério, o "preâmbulo" das "Operações de Loteamento a Realizar nos Hospitais de S. José, Sta. Marta, Capuchos e Miguel Bombarda", i.e., ignoram-se os bastidores do Novo Hospital de Todos-os-Santos – causa maior daqueles loteamentos.

Desconhecem-se a PPP que o "musculou", o envolvimento Estamo-CML, o investimento total estimado, o custo-benefício por comparação com a desafectação dos hospitais ainda em funcionamento (número de camas, pessoal, equipamentos, serviços, de cariz económico, social, psicológico, acessibilidade), se houve concurso público (havia quem se preparasse para executar a obra!), etc. Finalmente, por decisão recente do Governo, parece que vai voltar tudo à estaca zero!

Mas se nada se sabe sobre isso, o mesmo se sabia sobre os loteamentos referidos, pois só há poucos meses a CML abriu uma "discussão pública" sobre os pedidos de informação prévia (PIP) submetidos à CML pelo promotor (Estamo), sendo que aquela, contudo, neste Verão, em final de mandato, a publicaria num anúncio "invisível" (alguns dos vereadores nem o viram e não o veriam, não fora o alerta público dado por alguns atentos), estipulando um prazo de participação tão miserável que apenas se explica pela sofreguidão em o fechar “ASAP”. Mas as pessoas mobilizaram-se, por e-mail, carta, expondo a quem de direito, em artigos de opinião, abaixo-assinados, SMS. A "sociedade civil" está de parabéns!

Contudo, passaram já dois meses e ainda não houve divulgação do relatório de ponderação. É que se a CML o costuma publicar (obrigada por lei, é certo) aquando dos planos de pormenor, também aqui o deve fazer, pois são loteamentos de grande importância para o futuro da cidade que conhecemos; além do mais, é uma questão de boas práticas.

Em vez disso, a CML anunciou que, "face ao interesse que estes projectos têm despoletado… será de realizar uma segunda fase de debate". Muito bem. E há dias que a Assembleia Municipal de Lisboa a irá protagonizar com "uma sessão de abertura, outra de encerramento e três debates", cabendo aos deputados municipais moderar e relatar "sobre o que os cidadãos venham a perguntar ou opinar". Depois, a AML "tomará a decisão final sobre o loteamento em causa". À primeira vista, parece que voltamos a ter AML, mas fica a dúvida: terá esta poderes (Lei n.º 75/2013, artigo 25.º) para chumbar loteamentos? Pois. Porque se é para dali se produzirem recomendações à CML, o "filme" no antigo Cinema Roma será de reprise: o vereador do Urbanismo já referiu publicamente (e tem razão) que recomendações são apenas e só recomendações.

Voltando ao essencial, aos PIP para a “Colina de Sant’Ana” (o que faz Santa Marta numa colina?), e reconhecendo, obviamente, que no caso de Todos-os-Santos avançarem há mesmo que planear novos usos e valências para os hospitais a encerrar, e demolir muito anexo e recuperar muito atraso, é bom não esquecer o seguinte:

Há um vasto património, classificado e por classificar, que está ameaçado com a construção nova e os novos usos, e as memórias justificativas e descritivas dos PIP não o defendem por inteiro porque padecem de erros crassos, omissões, inventários incompletos (ex.: S. José "esqueceu-se" de S. Lázaro; não existe memória sobre o tributo imenso dos Jesuítas; a história do hospital é reduzida ao trivial; há edifícios de valor que é como se não o tivessem – Instituto de Medicina Legal; cozinha, enfermarias e Convento do Bombarda, etc.), pelo que se devem corrigir os PIP.

Além disso, nada se sabe de concreto sobre o uso futuro dos edifícios já classificados de interesse público e existentes nos lotes: igreja, Sala da Esfera, escadaria e corpo central do Convento de S. José; Pavilhão de Segurança e Balneário D. Maria II do Miguel Bombarda, igreja e claustro de Sta. Marta, alas azulejadas do Palácio Melo, nos Capuchos. E há uma confusão imensa sobre algo que há muito devia ser consensual: Lisboa precisa de um Museu Nacional da Saúde (S. José?) e de um Arquivo Municipal condigno (enfermarias e corpo conventual do Bombarda?). E muita indiferença sobre uma evidência: Lisboa deve manter o seu Museu de Arte Outsider in situ, i.e., também no Bombarda.

Finalmente, e talvez mais importante, estes loteamentos vão "fazer colina" e fazer cidade, e os PIP em apreço (ainda que uns mais do que outros) vão fazer nestes locais mais cidade de inspiração Expo, com torres, estacionamento subterrâneo, superfícies comerciais, condomínios, muito perfil de alumínio e muita árvore-bibelot. Será uma cidade radicalmente diferente. Haja debate!

18/09/2013

Loteamentos para os antigos HCL / pedido de divulgação pública do Relatório de Ponderação

Resposta do Director Municipal, Jorge Catarino Tavares:

Exmos. Srs,

No seguimento das questões colocadas em 11 de setembro, sobre a divulgação online do Relatório de Ponderação da participação pública das Operações de Loteamento a realizar na Colina de Santana, cumpre-me informar:

1. Durante o mês de junho deram entrada na CML os pedidos de informação prévia das operações de loteamentos a realizar nos Hospitais de São José, de Santa Marta, dos Capuchos e Miguel Bombarda. No âmbito da legislação em vigor, e tratando-se de uma fase prévia ao Licenciamento, estes pedidos não requerem “Discussão Pública” e sequentemente, não implicam o designado “Relatório de Ponderação”;
2. Pese embora o exposto e face ao interesse e carácter excecional que se revestem estes projetos, a CML procedeu à sua publicitação e apresentação pública tendo, nomeadamente, ocorrido uma sessão de apresentação na Ordem dos Arquitectos no dia 11 de julho de 2013;
3. Face ao interesse que estes projetos despoletaram junto da população mantém-se ainda o período de publicitação, o que permitirá analisar de forma mais cuidada as propostas e promover uma discussão mais alargada sobre este tema. Com os melhores cumprimentos,

Director Municipal de Planeamento, Reabilitação e Gestão Urbanística
Câmara Municipal de Lisboa

...



Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. António Costa,
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


No seguimento da fase do encerramento a 31 de Julho da 1ª fase de discussão pública promovida pela CML relativamente ao Pedido de Informação Prévia das Operações de Loteamento nos Hospitais de São José, de Santa Marta, dos Capuchos e Miguel Bombarda;

Considerando a zona abrangida pelos projectos em apreço, considerando a importância e o interesse excepcional destes projectos para o futuro de Lisboa, e à semelhança de outras operações urbanísticas de semelhante envergadura (PDM, Planos de Pormenor, etc.);

Somos a solicitar a V. Exas., que determinem a divulgação online do Relatório de Ponderação da participação pública havida até 31 de Julho (de preferência em http://www.cm-lisboa.pt/viver/urbanismo/licenciamento), a fim de que este tema possa ter a atenção merecida durante a presente campanha eleitoral.

Com os melhores cumprimentos


Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva e Júlio Amorim

03/09/2013

À atenção da DGPC, o que falta classificar no Miguel Bombarda:


«Cozinha (1906), do extraordinário Complexo do H M Bombarda, com Classificação proposta desde Março à DGPC e que o projecto de loteamento de Junho pretende que seja demolida ! Vista parcial da rara e surpreendente obra de arquitectura e engenharia: sistema de 33 amarrações e 33 esticadores de ferro, ajustáveis, que convergem ao centro num fecho octogonal, que sustem as cargas sobre as paredes, da cobertura piramidal em madeira com respiradouro no vértice»


«Salão Nobre, com azulejaria barroca do século XVIII, no edifício principal, ex Casa-Sede da Congregação de S. Vicente de Paulo.»


«O grandioso Edifício Principal do Hospital Miguel Bombarda, incluído na Candidatura a Classificação apresentada recentemente à Direção Geral do Património, ex Casa-Mãe da Congregação da Missão (S. Vicente de Paulo), erigido na Quinta de Rilhafoles entre 1720 e 1740. Dos raros conventos que resistiu sem danos ao terramoto de 1755, conserva a quase totalidade das instalações originais, e representa também a história e a memória do primeiro século dos vicentinos em Portugal. Salienta-se a Igreja em singular estilo rococó parisiense, o imponente Celeiro, com a suas arcadas em pedra lioz, o gabinete onde o Prof. Miguel Bombarda foi assassinado em 3 de Outubro de 1910 por um doente externo monárquico, a escadaria da entrada, o Salão Nobre com magnífico painel de azulejos barrocos com 14m de extenção, etc, etc»


«Gabinete onde o Prof. Miguel Bombarda foi assassinado há 103 anos(3-10-1910). O retrato do duque de Saldanha exibe a marca de uma das balas.»


«O Telheiro (1895) da autoria do Arq. José Maria Nepomuceno (também autor do Pavilhão de Segurança), em madeira, ferro e telha, enorme mas elegante, destinado ao passeio dos internados homens.»


«Na literatura internacional de História da Arquitectura, este edifício de Fresnes, Paris, de 1898, é considerado o primeiro em "POSTE TELEFÓNICO" do mundo. NA REALIDADE, O PRIMEIRO COM ESTA TIPOLOGIA REVOLUCIONÁRIA, FOI CONSTRUÍDO NO H. M. BOMBARDA (ver foto aérea nesta pag.) entre 1885 e 1894, da autoria do arq. J. M. Nepomuceno, e a sua CLASSIFICAÇÃO FOI PROPOSTA À DGPC em Março: Enfermarias com 3 corpos paralelos unidos racionalmente ao centro por um corpo para circulações de pessoas e materiais, aliando ainda esse pré-modernismo ao princípio do hospital psiquiátrico ideal, de Esquirol, de um só piso (evitando suicídios e grades nas janelas) rodeado de espaços verdes para passeio. O Loteamento da Estamo/S. Urbanismo CML, preconiza ... a sua DEMOLIÇÃO !!!»


Fotos e texto: Associação Portuguesa de Arte Outsider

27/08/2013

Artigo do Expresso (24.8.2013) sobre os loteamentos para os 4 antigos HCL


Para conhecimento «A colina da discórdia», excelente artigo de O Expresso de Sábado passado (24.8.2013), sobre os 4 loteamentos em curso para os 4 antigos Hospitais Civis de Lx: São José, Capuchos, Santa Marta e Miguel Bombarda:

Artigo em pdf, no nosso Grupo no Facebook, em aqui e aqui.

Ou ainda https://sites.google.com/site/artigoscidadanialx/.