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24/09/2014

Olha aqui um especialista a dizer que a calçada portuguesa facilita a absorção de água e evita/minimiza cheias!


In Público (23.9.2014)
Por Ana Fernandes

«Lisboa terá sempre inundações

Sempre houve e sempre haverá cheias numa cidade construída por cima de rios e ribeiras. Neste caso, a palavra-chave é adaptação.

... Criar descontinuidades nos pisos, evitando que tudo fique impermeabilizado – deixar os logradouros com terra, por exemplo, usar calçada ou paralelepípedos que permitem uma maior infiltração, criar espaços verdes em zonas inundáveis – são algumas hipóteses. [...]»

23/09/2014

As inundações de Lisboa (ontem) e a proposta 488/CM/2014 (hoje na AML)


From: Pedro Henrique Tavares Pereira Aparício 
Sent: terça-feira, 23 de Setembro de 2014 11:51
To: presidente@am-lisboa.pt; aml@cm-lisboa.pt
Cc: aml.ps@cm-lisboa.pt; aml.ppd_psd@cm-lisboa.pt; aml.cds_pp@cm-lisboa.pt; aml.pcp@cm-lisboa.pt; aml.be@cm-lisboa.pt; aml.indepentes@am-lisboa.pt; aml.mpt@cm-lisboa.pt; aml.osverdes@cm-lisboa.pt; aml.pan@am-lisboa.pt; aml.pnpn@am-lisboa.pt
Subject: Considerandos de um cidadão sobre as inundações de Lisboa (ontem) e a proposta 488/CM/2014 (hoje na AML)
Exma. Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa;
Exmos. (as) Membros da Assembleia Municipal de Lisboa, representantes dos partidos políticos e grupos de cidadãos;
Sou um simples cidadão de Lisboa, ainda algo perplexo pela exposição da fragilidade que a nossa cidade de Lisboa e todo o sistema de prevenção e proteção de bens, pessoas e património atesta pelas imagens que vimos e pelas experiências perigosas e perturbantes que ontem experienciámos na primeira pessoa numa quantidade avultada de locais da cidade de Lisboa.
Hoje não posso deixar de registar o infeliz sucedido no dia de ontem, ocasião coincidente com o Dia Europeu sem Carros, onde de facto o trânsito automóvel de Lisboa quase foi substituído por meios de menor impacto como os barcos a remos.
Estimo que os prejuízos sejam elevados, entre reparações de via pública e intervenções de urgência será também uma fatura cara os danos de imagem, as perdas de receitas de comerciantes e a constatação prática que a operacionalidade do nosso sistema de proteção civil carece de melhorias urgentes.
Da sessão que hoje haverá lugar na nossa Assembleia Municipal de Lisboa noto, com especial atenção, a inclusão nesta ordem de trabalhos da proposta 488/CM/2014 - Compromisso plurianual relativo à aquisição de serviços de “Limpeza, desobstrução e inspecção de colectores do Município de Lisboa” e consequente repartição de encargos.
Bem sei que Lisboa tem sofrido diversas alterações no seu modelo organizacional e da própria rede de competências, fruto da implementação da reforma administrativa que veio trazer a partilha de competências com as novas Freguesias criadas neste quadro, uma nova realidade que aos poucos mostra as suas potencialidades e fragilidades.
Sobre esta reforma administrativa, não querendo desviar-me do tema das inundações, atrevo-me a pensar que estaremos demasiado otimistas e pouco vigilantes sobre o processo. Digo isto ao ler o 1º Relatório de Monitorização do Processo da Reforma Administrativa, aprovado por maioria no passado 15 de Julho de 2014, pese embora este fique aquém do que pessoalmente esperava ver refletido sobre as novas 24 realidades da nossa Capital Portuguesa.
Sobre as inundações do dia de ontem noto que um dos papéis fundamentais da nossa Assembleia Municipal é precisamente a fiscalização política da ação do nosso executivo camarário que, ao que julgo saber, continuará a assegurar em toda a Lisboa a necessária limpeza e manutenção dos sistemas de escoamento de águas residuais.
Poderá ser desconhecimento técnico ou falta de rigor meu, admito, mas a discussão desta proposta de compromisso plurianual peca por falta de temporalidade e julgo que a mesma deveria figurar como ponto de partida para um mandato. Afinal de contas o pontapé de partida para este procedimento é feito ainda em 2013, ou estará em falta na nossa memória coletiva as cheias de Lisboa em Outubro 2013?
Alerto-vos que a sobrecarga de chuvas de ontem é em tudo idêntica à do ano anterior, pois estas mesmas impediram a boa concretização de calendários de obras públicas como são exemplo: a cobertura dos buracos no asfalto lisboeta de muitas vias públicas, a repavimentação da Rua do Ouro, A realização das Zonas 30 em toda a Freguesia de Alvalade e estou certo que inúmeras outras serão do vosso conhecimento.
Agora interrogo-me e procuro um devido esclarecimento: Será o objeto desta proposta o suficiente para garantir que dias caóticos com o de ontem não voltam a acontecer?
Aproveito ainda para partilhar convosco que espero que esta proposta seja de facto aprovada, permitindo que durante as Jornadas Europeias do Património, já esta semana, as Galerias Romanas da Rua da Prata possam de facto ser visitadas.
Peço a todos e todas uma ação urgente, concertada e direcionada ao bem comum, procurando que a simples limpeza de sarjetas deixe de ser uma política de marés de simpatia ou sazonalidade – é hoje, mais do que nunca, urgente garantir que a segurança, a saúde e a salubridade das nossas ruas assentem verdadeiramente em políticas públicas de prevenção de riscos.
Com melhores cumprimentos
Pedro Henrique Aparício
NOTA: Este texto, de minha autoria, foi também publicado em http://overacidade.blogspot.pt

19/06/2011

Inundações em Lisboa serão alvo de estudo

O Laboratório Nacional de Engenharia Civil vai realizar um estudo geológico para avaliar o impacto da construção da CRIL nas frequentes inundações ocorridas na freguesia de Benfica, em Lisboa.


A revelação foi feita sábado pela presidente da Junta de Freguesia local durante a primeira Assembleia Popular organizada por moradores e comerciantes das zonas afectadas pelos temporais, que sofreram avultados prejuízos nas inundações de 29 de Abril e 28 de Maio último.

O estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) irá incidir sobretudo nas zonas de Benfica contíguas à Circular Regional Interior de Lisboa e foi solicitado pela Câmara lisboeta no final de Abril. "Até agora ainda não tenho notícia de mais nada", afirmou Inês de Drummond (PS).

Na Assembleia Popular, que decorreu na antiga Escola Primária António Maria dos Santos (do Clube Futebol Benfica), estiveram perto de 90 moradores e comerciantes. Para a maior parte, a construção da CRIL é a principal causa das últimas inundações.

Contudo, há quem tenha outras explicações. As falhas no ordenamento do território e a construção desordenada dos últimos anos, a impermeabilização dos solos ou a falta de ligação ou limpeza de colectores são outras causas avançadas por moradores e comerciantes.

"São tudo suposições. Sem termos em concreto um parecer ou um levantamento do que se está a passar, podemos supor, não concluir", disse Rute Lemos, moradora e uma das responsáveis pela iniciativa.

Durante a Assembleia Popular foi votada favoravelmente a criação de um grupo de trabalho e aprovada por unanimidade a presença de um elemento da Junta de Freguesia nesse grupo. O objectivo é, em conjunto, arranjarem formas de ajudar a resolver o problema.

Foram ainda recolhidos os contactos das pessoas lesadas, os testemunhos das situações vividas e pedido a quem tem fotos e vídeos das inundações que os entreguem para se organizar uma pasta com provas dos acontecimentos.

Neste momento está a decorrer uma petição online, estão a ser recolhidas assinaturas em vários cadernos distribuídos por estabelecimentos comerciais da freguesia e pedidas assinaturas porta a porta.

"Esperamos conseguir um número considerável de assinaturas, para no final deste mês irmos entregá-la às entidades competentes", revelou Rute Lemos.

Comerciantes e moradores demonstraram ainda grande preocupação relativamente ao próximo Inverno, temendo a repetição do cenário vivido há poucos meses.

In JN

24/01/2011

Alerta: Um Bairro em Risco!



Na Rua de São José bombeia-se dia e noite a água que aparece nas caves já construídas e nas que ainda estão a ser escavadas!

No Vale: na Rua de São José vários prédios foram (e estão a ser) destruídos para servirem de acesso e garagens aos novos imóveis que foram (e estão a ser) construídos na Avenida da Liberdade.

Na Encosta: na Rua do Passadiço começa agora o mesmo processo de destruição. Estão a ser esventrados diversos prédios (alguns com interiores absolutamente notáveis). Num deles anuncia-se a construção de três pisos de caves.


O que está a acontecer?

Ao licenciar, de forma avulsa, a construção de caves sem analisar as condições específicas do Bairro/zona onde se situam e as consequências futuras da sua construção, a Câmara Municipal de Lisboa está a pôr em risco o Bairro de São José, um Bairro Histórico da cidade!

As inundações constantes e os buracos que surgiram recentemente na Rua da Fé põem a nu o problema!

A impermeabilização de solos em zonas sensíveis da cidade não pode continuar!

27/12/2010

Lisboa só estará a salvo de cheias em 2021

In Público (27/12/2010)
Por Carlos Filipe

«Município admite não ter capacidade para executar o Plano Geral de Drenagem da cidade. Solução passa pela EPAL

Rede principal tem 1400 quilómetros

As zonas baixas de Lisboa continuarão à mercê de cheias e inundações, como as que ocorreram no final de Outubro último e em Fevereiro de 2008, em casos de extrema e rápida precipitação, enquanto não estiver executado o Plano de Drenagem da cidade. A autarquia prevê a conclusão em 2021, mas diz não estar em condições de suportar os estimados 160 milhões de euros. A solução passa pela transferência para a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) do serviço e receitas da rede de saneamento, que executará as obras.

O plano de drenagem foi adjudicado ao consórcio Chiron Engidro/Hidra, em Fevereiro de 2006, no mandato de Carmona Rodrigues, mas foi concluído e aprovado em Março de 2008, já com o socialista António Costa à frente da autarquia. Desde então nenhum outro passo foi dado para o melhoramento do arcaico e degradado sistema de colectores municipais de drenagem de águas pluviais.

O grupo municipal do PSD recorda isso mesmo e questiona o actual executivo pelo que tem feito para evitar novas inundações em Lisboa, defendendo que deve ser dada sequência urgente ao Plano de Drenagem. "[No subsolo] não são obras com visibilidade, mas nem por isso deveriam deixar de ser", lê-se na página da Internet deste grupo municipal. Também o PCP diz desconhecer os contornos do negócio com a EPAL, que passa pela venda das infra-estruturas municipais de saneamento à empresa do universo da Águas de Portugal por 100 milhões de euros.

Fernando Nunes da Silva, vereador das Obras Municipais, admitiu ao PÚBLICO que a câmara "não tem actualmente capacidade financeira para desenvolver o Plano de Drenagem". As verbas inscritas nas Grandes Opções do Plano (2011-2014) para a execução daquela empreitada - 6,9 milhões em 2012 e 11,4 e 19,7 milhões, respectivamente, para os dois anos seguintes - "tinham sido decididas antes do princípio de negócio com a EPAL".

"É um trabalho para dez anos, mas, na sequência deste acordo, no princípio do ano, a transferência de toda a rede de colectores domésticos permitirá à EPAL fechar o ciclo da água na rede, garantindo a sua total reciclagem e reaproveitamento. Em contrapartida, aquela empresa receberá as taxas de saneamento", explicou o vereador. A cobrança das referidas taxas, segundo a previsão da receita camarária, ascenderá a 26,265 milhões de euros em 2011.

Apenas paliativos

Poucos dias depois da mais recente inundação, que afectou parte de Lisboa, em particular a Baixa, foram realizados trabalhos no interceptor de esgotos no Terreiro do Paço, que ainda aguarda a ligação à Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcântara. Também a Rua de S. José, das mais afectadas pela inundação de Outubro, tem sido alvo de intervenção camarária, mas para reposição do pavimento danificado. "Assim que deixar de chover vamos reparar o colector que passa sob a rua. Não vai ser preciso voltar a levantá-la, pois a reparação pode ser feita pelo interior do mesmo, que será forrado onde está danificado", precisou Nunes da Silva.

Mas, enquanto a intervenção de fundo não for feita, Lisboa continuará sujeita aos caprichos meteorológicos e a ter que reparar os danos provocados pelo excesso de água. O vereador recorda que devido a roturas do velho sistema de condutas, pisos de ruas houve que abateram, como foram os casos da Angelina Vidal e da Avenida de Berna.

"Só em 2021, seguindo o plano, faseado, em dez anos, é que o sistema estará operacional e libertará Lisboa desse problema. Com os últimos e recentes trabalhos no Terreiro do Paço, com a colocação de válvulas no interceptor, que deixam escoar a água das condutas, mas que não permitem a entrada da água do rio, a situação já foi um pouco melhorada", explicou o autarca. E acrescentou: "Todavia, não estamos a salvo de uma nova situação de precipitação intensa coincidente com maré cheia, que voltaria a afectar as zonas de cota baixa da cidade." "Enquanto não forem construídos os reservatórios e separadas as redes de esgoto doméstico e de águas pluviais, estaremos sujeitos a este problema", deixou claro Nunes da Silva.»

03/11/2010

Obras na rua de S. José só acabam em 2011

In Jornal de Notícias (3/11/2010)
Luís Garcia


«Solução promete pôr fim a pesadelo com décadas

A Câmara de Lisboa vai mesmo avançar com a reconstrução do colector da Rua de S. José, no intuito de evitar inundações como as do final da semana passada. A obra foi confirmada ontem pelo presidente António Costa no balanço do primeiro ano de mandato.

O concurso público para a adjudicação da intervenção, que o autarca classifica como "gigantesca", será aberto no próximo dia 20. De acordo com o vereador das Obras Municipais, Fernando Nunes da Silva, à solução prevista inicialmente, que implicava o esventramento total da rua, junta-se agora uma alternativa, que passa pela abertura de apenas alguns buracos para a entrada das máquinas e dos trabalhadores, que operarão no interior do próprio colector.

Apesar de minimizar o impacto ao nível do solo, esta solução é mais morosa e terá de ser suspensa em períodos de chuva intensa. Por isso, prevendo que a empreitada tenha início até ao final deste ano, Nunes da Silva adianta que a reconstrução do colector não estará pronta antes do Outono de 2011.

A intervenção na Rua de S. José foi anunciada ontem no âmbito do balanço do primeiro ano de mandato do executivo liderado por António Costa. O autarca socialista comentou também o corte nas transferências financeiras para as autarquias previsto no Orçamento de Estado para 2011, que se traduzirão numa diminuição de cinco milhões no valor transposto para a Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Admitindo que o corte "dói", António Costa diz que o executivo terá de fazer "menos coisas e mais lentamente" do que gostaria. [...]»

...

Neste caso da Rua de São José é claro que "nada" têm que ver os estacionamentos subterrâneos e as caves dos empreendimentos Ibersil e Fórum Tivoli, só para falar nos dois maiores, aliás a rua "não" está a uma cota mais baixa do que a Avenida. Bom, mas depois do colector já a CML pode construir mais 3 parques subterrâneos na Avenida ao abrigo do PUALZE. Já "não" deve haver problema.

02/11/2010

POSTAIS DA BAIXA: Rua de Santa Justa

O cruzamento da Rua de Santa Justa com a Rua da Prata depois das inundações do dia 29 de Outubro... Continuem a atrefa irresponsável de impermeabilizar logradouros para caves de estacionamento. Por mais disfarçados que sejam de "jardins suspensos", uma laje de betão com cobertura de relva e arbustos nunca cumprirá as funções vitais de um autêntico logradouro.