In Público (1/3/2007)
Diana Ralha
«A denúncia às autoridades de um roubo de azulejos Arte Nova, da fachada de um prédio devoluto na Avenida Casal Ribeiro, poderá ter ditado o destino do edificio. A demolição deste imóvel esteve em cima da mesa em 2002 e foi travada por Santana Lopes, porque a historiadora Marina Tavares Dias defende que, em 1915, aquele imóvel teve um notável inquilino – o poeta Fernando Pessoa. Cinco anos depois, o veredicto poderá ser outro. Durante este período, nada foi feito pelo proprietário ou pela autarquia para recuperar o edifício, que se manteve numa lenta agonia, fechado, de janelas e portas abertas. As lojas do piso térreo do imóvel foram ocupadas por sem-abrigo e toxicodependentes em Dezembro passado e nesse mesmo mês a Polícia Municipal e os Bombeiros vedaram todo o perímetro do imóvel devido ao perigo de derrocada. Durante a manhã de ontem, a porta principal do edifício foi desemparedada pelo proprietário do imóvel, a Cafe, Sociedade de Construções, para ser efectuada uma vistoria camarária, na sequência de uma queixa de um cidadão que relatou no sábado um roubo de azulejos. (...)»
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