01/05/2009

Câmara recupera casas devolutas

Centro e trinta e uma casas devolutas dos bairros municipais de Lisboa vão ser recuperadas até Outubro, ao abrigo de um protocolo assinado entre a Câmara e a Gebalis

O número foi avançado por Ana Sara Brito, vereadora do pelouro da Habitação e Acção Social, durante uma visita ao Bairro das Furnas, em S. Domingos de Benfica, onde decorrem obras de recuperação em duas das oito casas devolutas ali existentes.

De acordo com a responsável, 17 das 131 casas devolutas que serão recuperadas estão prontas e já foram entregues a inquilinos. Outras 26 estão actualmente em obra e as restantes aguardam pelo resultado dos concursos públicos de empreitada. A todo, serão gastos 1,9 milhões de euros, revelou Ana Sara Brito.

No Bairro das Furnas, onde foi feita a requalificação dos espaços exteriores (ler caixa de texto ao lado), existem ainda oito casas devolutas a aguardar por obras. A vereadora adiantou que algumas das famílias que habitam a encosta do Bairro da Liberdade e artistas de circo que ocupam a Quinta de S. Lourenço, em Carnide, virão para o Bairro das Furnas assim que as casas forem reabilitadas.

Ana Sara Brito revelou que a Câmara de Lisboa recebe, anualmente, cerca de 1500 pedidos de habitação e que, a autarquia "não pode resolver sozinha o problema" da habitação.

Na sua óptica, a solução passa por maior apoio do Governo em matéria de políticas de habitação. "O apoio ao arrendamento é imprescindível", disse a vereadora, acrescentando que "a cidade de Lisboa tem problemas graves de habitação" para resolver.

"Se querem pôr a economia a funcionar, é com o apoio ao arrendamento", referiu. Segundo Ana Sara Brito, há famílias a habitar bairros sociais a pagar 14 euros de renda mensal, pelo que se torna incomportável para o município ter estes valores na construção feita de raiz. Mesmo nos edifícios que já estão construídos, "a Câmara tem que reabilitar antes de arrendar" a outra família, uma vez que, geralmente, ficam bastante degradados. "A Câmara vai requalificar o Bairro Padre Cruz, mas vai gastar milhões", argumentou a responsável pela Habitação.

In JN

De facto compreende-se, a Gebalis já resolve sozinha o problema das viagens e almoços dos administradores, a Gebalis até dá um apoio ao mais recente rebento, não queiramos agora que gaste tempo e dinheiro a gerir os bairros sociais!

6 comentários:

Anónimo disse...

Não há quem reforme esta "técnica social"?
E quando devolve ela o diferencial da renda que pagou durante muitos anos, por uma casa da Câmara na Rua do Salitre?
Claro, na Rua do Salitre, que as casas do Bairro das Furnas são para gente inferior, que deve ser colocada em guetos.

Filipe Melo Sousa disse...

Quem paga?
Quem beneficia?
Quanto pagam de renda os inquilinos?

Filipe Melo Sousa disse...

E qual o critério de quem é beneficiado? Obras na casa à borla para os amigos dos burocratas que trabalham na CML?

Xico205 disse...

As obras do Bº Padre Cruz e do Bº da Boavista vão ser pagas pela venda dos terrenos para construção. Todas as moradias vão ser demolidas e vão ser construídos prédios, é o fim da habitação social em moradias.

Nas Furnas sai do bolso da CML/Gebalis, mas actualmente a CML está a gastar muito mais com apartamentos arrendados no mercado livre desde 2002, desde que a encosta do Bº da Liberdade teve que ser desocupada, por isso apoio a iniciativa.

Filipe Melo Sousa disse...

Tradução do comment do Xico:

1) Paga o contribuinte. Mas como é venda de património público, faz de conta que é de borla.

2) como existe desperdício noutros lados, não faz mal continuar a desperdiçar aqui

Xico205 disse...

É isso mesmo LOL

Mas no ponto 2, passa-se a desperdiçar menos. Mas é um facto que a culpa do ponto2 é da CML que arrancou as árvores da encosta do Bº da Liberdade que a sustentavam, espondo os terrenos à erosão.