01/04/2010

Plano da Cidade Universitária “não é ordem de despejo” da sociedade hípica, diz Salgado

O vereador do Urbanismo na Câmara de Lisboa, Manuel Salgado (PS), afirmou que o plano de pormenor para a Cidade Universitária não constitui uma “ordem de despejo” da sociedade hípica.

A matéria foi colocada na reunião pública do executivo municipal pelo vereador do CDS-PP António Carlos Monteiro, que questionou se o plano não implicava uma “acção de despejo encapotada”.

“Prevê a transferência da sociedade hípica, mas também prevê a transferência do aeroporto. Quem sabe se podem estar as duas coisas relacionadas?”, avançou Manuel Salgado.

O vereador do Urbanismo afirmou que o plano “não é nenhuma ordem de despejo”, mas reconheceu que “há problemas de relacionamento” com a Universidade de Lisboa, que defende a saída da sociedade hípica.

Face à resposta, António Carlos Monteiro afirmou que gostaria que fosse “mais tranquilizadora”.

O presidente da Câmara, António Costa (PS), sublinhou que “está fora de causa a saída da cidade” da sociedade hípica, referindo que há “vários interesses conflituantes”, mas que a autarquia vê com “agrado” a permanência da estrutura no local onde se encontra.

A vereadora social democrata Lívia Tirone sublinhou a “riqueza” que representa a diversidade de equipamentos desportivos na cidade, “mesmo havendo o desejo da reitoria da Universidade para que [a sociedade hípica] saia” daquele local.

A necessidade de estacionamento na zona abrangida pelo plano foi levantada pela vereadora do PSD Mafalda Magalhães de Barros.

O plano irá abranger uma área de 126 hectares, na freguesia do Campo Grande, incluindo, além dos terrenos da Universidade de Lisboa, a área do Museu da Cidade, Torre do Tombo e núcleo habitacional da Rua João Soares.

A zona nunca foi objecto de um plano, apesar do início da criação da Cidade Universitária remontar a 1934, sendo nos anos 1950 que surge o primeiro núcleo de edifícios da reitoria, Faculdades de Letras e de Direito e o Estádio Universitário, antecedido pelo início da construção do hospital escolar, em 1944.

O plano prevê novos edifícios destinados nomeadamente a investigação, representando 10 por cento da construção existente, bem como a ligação à área verde do Campo Grande e o ordenamento da circulação automóvel para “reduzir o tráfego de atravessamento”.

Não foi avançada a forma como essa redução irá processar-se.

Fonte: Lusa

3 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Os terrenos são de quem? A "sociedade" paga alguma renda? Em que montante?

Rodrigo disse...

os terrenos são da Fac. Ciência de Lisboa e a Sociedade nunca pagou renda, pelo menos foi isto que me foi transmitido nos meus tempos de Conselho Pedagóco da FCUL

Xico disse...

Não pagam, basam e mais nada.