Pois é ... situado na transição para Alfama, na Rua de S.João da Praça, 93-95, a seguir à Sé, quando a escala Pombalina começa a diluir-se no edificado de Alfama, o já famoso "Pois Café" é mais uma ilustração de que o sentido de oportunidade, capacidade de iniciativa, dedicação, trabalho árduo e sensibilidade cultural, podem vingar e vencer ... e constituirem um valioso contributo para a nossa qualidade de vida no quotidiano e fonte de prestigio Turístico.
Duas jovens Austriacas, Catherine Bauer (Viena) e Barbara Ostwaú (Salzburg) que se conhecem desde a adolescência, depois de um periodo de viagens através do Mundo, queriam viver uns tempos no Sul da Europa e assim após terem posto de parte a hipótese de Barcelona, optaram por Lisboa em 2003 e "instalaram-se", tendo trabalhado primeiramente no Euro em 2004.
Queriam abrir um café num espaço autêntico, com carácter histórico e valor Patrimonial. Começaram com capital próprio e foram desenvolvendo o projecto dentro de um espirito criativo, "reciclado" tanto no material técnico como na mobília "vintage", dentro de um espirito de "Feira da Ladra", adquirida em associações de ajuda a toxicodependentes.
Assim se conseguiu um espaço único, cosmopolita, (adorado pelo Turismo Cultural) autêntico e com um Menu agradável.
Lisboa agradece .... mais um exemplo para a nossa Juventude Letárgica ?
Saudações Patrimoniais de António Sérgio Rosa de Carvalho
5 comentários:
Pois é, é o "Pois," e é o "Kaffeehaus" no Chiado (também de austríacos), e é o "Fábulas" (polaca e um português), também no Chiado. Outros exemplos: "Les Mauvais Garçons" no Bairro Alto (espanhois/franceses), o "Quinoa" no Chiado (portuguesas), o "Kuta" em Alfama (franceses), ou "Fabrico Infinito" no Principe Real (alemã e brasileira).
Tudo jovens estrangeiros e alguns portugueses que com uma boa gestão, visão, ambição, "inteligência empresarial e sensibilidade patrimonial" tiveram sucesso ao criar espaços atraentes e dar vida à cidade.
Não foi com atitude de derrotados com certeza...
Só é pena que as duas jovens austríacas do Pois, Café já tenham a sua posição à venda à muito tempo mas devido à exorbitância do que pedem ainda não conseguiram desfazer-se do negócio.
não vejo razão para acabar com um ataque à juventude que não mais demonstra o tipicismo de uma geração a atacar a seguinte...
o empreendedorismo não tem fronteiras e assim como há estrangeiros a fazer isso aqui também há locais a fazer o mesmo noutras paragens...
juventude letárgica = juventude sem cheta ?
É preciso não atacar a geração seguinte, com generalizações que nada ajudam.
Este não conheço, mas pelas fotos parece ter um ambiente muito agradável. Gosto!
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