DEPOIS !!!
Encontramo-nos na Rua Gomes Freire, na antiga escola de Medicina Veterinária, onde irão funcionar as futuras instalações da Polícia Judiciária. Neste recinto foram sacrificadas todas as árvores que embelezavam aquele espaço, inclusivamente o Pinheiro-manso que a fotografia documenta, demonstrando, uma vez mais, um total desrespeito pela Natureza e pelos seres vivos que a constituem, o que vem sendo uma característica dos responsáveis políticos pelo governo da cidade de Lisboa.
“O nível cultural de um povo avalia-se, também, pela forma como ele trata os animais e as plantas.”
Como pôde chegar a este estado o relacionamento com a Natureza de uma cidade que se diz de vanguarda e assina todos os acordos internacionais em sua defesa, bem como em defesa da biodiversidade?
Face ao exposto, perguntamos:
Que levantamento e estudos foram feitos em relação ao coberto vegetal existente na zona agora intervencionada?
Quem autorizou e, portanto, é o responsável pelo abate de todas as árvores?
Se o departamento de Ambiente e Espaços verdes foi consultado e se pronunciou sobre a acção praticada.
Se os lisboetas foram informados.
Teria sido necessário o “massacre” verificado, ou teria sido possível e até aconselhável a manutenção de algumas espécies existentes como é o caso do pinheiro monumental recolhido num canto e que provavelmente não constituiria obstáculo à realização das obras em curso.
O que está previsto em matéria de área verde permeável para o local, em substituição da agora subtraída à cidade de Lisboa.
Para terminar, e fazendo referência ao título deste artigo, para quando a implementação, na prática, da proposta 102/2009, PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE PROTECÇÂO DE ESPECÌMENES ARBÓREOS E ARBUSTIVOS, aprovada por maioria em reunião de Câmara Municipal de Lisboa de 11 de Março de 2009?
É que, as árvores em Lisboa, precisam mesmo, urgentemente, de protecção !!!
João Pinto Soares
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