O documento refere que os transportes públicos ferroviários e rodoviários «necessitam de resolver urgentemente» o défice operacional crónico e dívida financeira crescente e adianta que a redução da dívida será concretizada «através da alienação de activos não essenciais e da privatização de participadas».
O programa do Governo destaca ainda que devem ser encontradas «formas de minorar eventuais aumentos tarifários, sobretudo para com os cidadãos de menor rendimento, através de medidas de discriminação de preços».
Por outro lado, será promovida uma «clarificação do modelo de relacionamento do Estado com os diversos operadores na área dos transportes».
In SOL
A meu ver esta pode ser uma medida positiva mas somente se for acompanhada por uma Autoridade Metropolitana de Transportes com poder de facto para gerir estrategicamente a oferta de transporte em toda a área metropolitana. Também é essencial que toda a comunicação fique a cargo desta entidade de forma a garantir a sua coerência e de forma a proporcionar ao cliente uma experiência integrada. A cargo dos concessionários ficaria nada mais que a operação dos veículos propriamente dita.
Ou seja, como parte de uma estratégia devidamente planeada para a mobilidade na Grande Lisboa parece-me positivo. Se não passar de uma maneira de reduzir os custos então só pode ser uma má opção. Isto porque não só certamente vai redundar em operadores a actuar de costas uns para os outros como não reduzir custos porque uma oferta de transportes completamente descoordenada vai resultar em maior utilização do transporte individual com custos globais mais elevados para economia.
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