18/04/2012

Praças de Lisboa

Chegado por e-mail:

«Boa noite,


Não sei se este assunto já teve destaque no vosso blogue, mas a verdade é que é um problema que me ocorre frequentemente. No Marquês de Pombal, a única maneira de ir da Rua Braamcamp para a Avenida Duque de Loulé é indo pelo túnel do Metro. Quando há greve do Metro, fecham-se os portões, tem de se dar a volta: subir um pouco a Joaquim António de Aguiar, descer, contornar a orla da Rotunda, atravessar a Fontes Pereira de Melo, passar em frente à EDP e à AXA e estamos finalmente na Duque de Loulé. Isto tudo porque não há uma passadeira na Avenida da Liberdade e, como acontece infelizmente muitas vezes nas praças lisboetas, estas estão feitas para o trânsito automóvel e não para os peões.

Já várias vezes quis ir ler o que está escrito no arco da Praça de Espanha, mas não posso: não há passadeira. Depois há outro problema: as praças, mesmo acessíveis, não foram feitas para usufruto da população. Nos restauradores há quatro míseros bancos e nem uma árvore, no Rossio a situação é quase idêntica. O Largo do Rato, por exemplo, existe exclusivamente para os automóveis, não há qualquer local onde um peão possa estar, se assim o desejar. Isto para não falar das incontáveis ruas que nem passeios têm.

Será que estamos condenados a viver de costas voltadas para os espaços da nossa cidade? A não podermos usufruir de um património que é de todos, mas onde poucos (ou nenhuns) acedem? A viver na ditadura dos automóveis?


Cumprimentos,
João Pedro Pincha»

Sem comentários: