«Na Av D Carlos I número 37 estão a partir os azulejos verde água da fachada do prédio. Já fiz denuncia a polícia municipal por favor ajudem a travar esta barbaridade. Mais uma loja de gelados italianos que achou por bem não cumprir regras. Manecos Vila-Nova.»
19/05/2017
Destruição de azulejos no nº 37 da Avenida D. Carlos I (a decorrer - URGENTE)
26/03/2017
Parlamento aprova 6 de maio como Dia Nacional do Azulejo
Fotografias de Fernando Jorge
In Observador (24.3.2017)
13/02/2017
25/05/2016
SOS Azulejo distingue Câmara de Lisboa
«A Câmara Municipal de Lisboa foi distinguida com o Prémio SOS Azulejo 2015, na categoria de Boas Práticas, pela sua intervenção de salvaguarda do património azulejar, do Miradouro de Santa Luzia. A reabilitação dos azulejos do Miradouro de Santa Luzia valeu à Câmara Municipal de Lisboa a atribuição do Prémio de Boas Práticas, no âmbito do Projeto SOS Azulejo, uma iniciativa do Museu da Polícia Judiciária, da Escola de Polícia Judiciária.
A entrega do prémio, que decorreu no Palácio Marquês da Fronteira, dia 23 de maio, é o reconhecimento pela intervenção de salvaguarda do património azulejar do Miradouro de Santa Luzia, realizada durante o ano de 2015, por iniciativa da Unidade de Intervenção Territorial Centro Histórico (UITCH) da Unidade de Coordenação Territorial (UCT), da Câmara de Lisboa.
Isabel Maciel, diretora da Unidade de Intervenção Territorial do Centro Histórico, e os historiadores Rui Matos e Helena Lopes, receberam o prémio. Um galardão que distingue “os trabalhos de conservação e restauro dos azulejos de revestimento dos panos murários dos bancos do miradouro (Fábrica Viúva Lamego), do painel de enquadramento do pequeno fontanário (padrão em esfera armilar) e do grande painel com a vista panorâmica da Lisboa nos anos 30 do século XX (desenho de Jaime Martins Barata, pintura de José Vitória Pereira, 1939). Trabalhos que foram desenvolvidos pela equipa de conservadores restauradores do Atelier Samthiago.
Mais painéis em requalificação
O projeto da UCT/ UITCH teve por objetivo “assegurar a preservação de património azulejar do século XX, no contexto da memória histórica do Miradouro de Santa Luzia e da sua valorização no âmbito das ações de reabilitação, promovidas pelo município, no edificado da Rua Norberto de Araújo e do espaço público na envolvente do miradouro, que englobou também a melhoria das acessibilidade à Colina do Castelo”, com a instalação de um elevador.
Esta intervenção é “a primeira etapa de um trabalho que se pretende tenha continuidade com a requalificação do espaço público, correspondente à plataforma superior do Miradouro de Santa Luzia, que incluirá, entre outras componentes técnicas, a conservação e restauro de painéis de azulejos do séc. XVII e XVIII e a conservação e restauro do troço de Cerca Velha de Lisboa das Escadinhas e Rua Norberto de Araújo.”
Em paralelo, indica a UCT/ UITCH, foram iniciados já em Abril deste ano os trabalhos de reabilitação de “cinco painéis sinaléticos em azulejo, da autoria de Fred Kradolfer, situados nos miradouros de São Pedro de Alcântara, Nossa Senhora do Monte, Monte Agudo e Castelo de São Jorge, tendo em vista a requalificação dos espaços públicos das respetivas freguesias”. Estima-se que estas intervenções possam estar concluídas até final do verão. [..]»
19/02/2016
Ah, mas temos "instrumentos de gestão" à maneira: PDM, Plano de Pormenor e "Salvaguarda" da Baixa, Baixa Conjunto de Interesse Público e, cereja no bolo, PISAL! Ora bem! Bah!
14/12/2015
09/09/2015
17/07/2015
Apesar de mais protegidos, azulejos de Lisboa são ainda um património em risco
Por Isabel Braga
...
O problema, Corvo, é que essa alteração ao REMUEL, que se menciona, é completamente caricata, pois não é minimamente cumprida (ex.recente, o prédio do Solar dos Presuntos, exemplo HOJE, na Tomás Ribeiro). Aliás, penso que ninguém na própria CML acredita nela, ou acredita? e falar-se dos roubos que diminuíram, Santíssimo Sacramento... terão diminuído os roubos aos azulejos pombalinos e similares, mas os do século XIX e XX têm sido um fartote... claro que um dia, quando houver poucos por escavacar ou roubar, então a regulamentação em vigor terá tido 100% de eficácia. Céus!
01/06/2015
CASA DA SORTE na Rua Garrett: parcialmente vandalizada pelo novo proprietário
17/04/2015
15/03/2015
Largo da Anunciada
Chegado por e-mail:
«Bom dia,caros amigos,
Sendo esta a primeira vez que me dirijo a vossas excelencias,não posso deixar de vos parabenizar,sobre o vosso trabalho,que acho fantástico em todas as vertentes.
Dito isto tenho esperança de conseguir a vossa ajuda na divulgação do que vos irei descrever.
Passo com frequencia no largo da anunciada,e é gritante a forma selvagem e caotica como o estacionamento de automoveis aqui é feito.
não compreendo como num local tão perto da avenida da liberdade,e numa extensão tão grande,não existem ao menos parquimetros (um mal menor a meu ver),com pilaretes nos passeios,para evitar o estacionamento em cima dos mesmos.
Mas não é esta a principal razão,pela qual me dirijo ao vosso blog.
No largo da anunciada,mesmo em frente ao elevador do lavra,existem uns lindos paineis de azulejo,como fachada num pequeno(mas muito simpatico) restaurante,a relembrar o que em tempos foi uma das primeiras leitaria de lisboa.
Com a conversa que tive com alguns funcionários,fiquei a saber que esse pequeno restaurante deu os primeiros passo em 1927,com a venda de leite,com os respectivos animais dentro do mesmo.
Ora aí está uma estória com história,que poderá e no meu entender deverá ser melhor descrita por quem o saiba fazer.
Voltando aos azulejos que foi o que trouxe até aqui.
Foi com espanto e bastante revolta que ao retornar ao mesmo local,vejo que os paineis começaram a cair,estando mesmo em risco iminente de se perderem para sempre.
Indignado perguntei aos mesmos funcionarios que me atenderam anteriormente,o porquê de nada ter sido feito,pelo que me foi respondido que sendo o predio propriedade da epal(empresa publica de aguas livres),nada podiam fazer,alem de informar a mesma,coisa que já tinha sido feita algumas vezes.
Ao fazer uma pequena pesquisa,no vosso blog,tive a oportunidade de encontar,uma referencia ao mesmo predio,mas sem a referencia aos azulejos,pelo que presumo,que os mesmos nessa altura,não deveriam estar no estado em que actualmente se encontram.
Enviarei respectivas fotos do que vos descrevo,e tenho esperança que com a vossa ajuda se consigar manter este testemunho da cidade.
Agradeço a leitura deste email,assim como a vossa atenção nesta matéria.
Me despeço com os melhores cumprimentos.
jorge manuel costa»
07/03/2015
Lisboa, Capital do Azulejo: R. Capitão Renato Baptista 1
Um cenário cada vez mais frequente: azulejos de fachada caindo para a via pública por falta de manutenção, furto..
22/01/2015
Fachada de azulejo
Chegado por e-mail:
«Boa tarde,
No nº 116 da Rua da Misericórdia, ao Largo da Trindade, foram removidos os azulejos da fachada. Desconheço se tinham qualquer relevância histórica, mas era uma composição muito original que não é habitual ver em Lisboa (ver anexo 1). A promotora da obra, a Coporgest, pretende o acabamento que é proposto na imagem anexa (2), que retirei do site da empresa.
Sei que o RGEU não permite a remoção de azulejos de fachada, salvo em casos excepcionais.
A quem me posso dirigir para saber mais informações sobre este assunto?
Obrigado,
Nuno Pinho»
19/01/2015
Rua das Janelas Verdes n 15
«Boa tarde
Gostaria de saber se foi apresentada queixa na CML sobre o estado de degradação da fachada de azulejos no prédio sito na Rua das Janelas Verdes n15. Já apresentei uma queixa, daí a minha questão. Grato
Miguel Flora»
09/01/2015
Casa da Sorte do Chiado foi vendida. E agora vai ser uma pastelaria
In Dinheiro Vivo:
01/12/2014
Prédio com fachada de azulejos Arte Nova na Av. Almirante Reis, N.º 74
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Dr. Pedro Santana Lopes
Vimos alertar V. Exas pelo péssimo estado de conservação do edifício propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sito na Avenida Almirante Reis, nº 74, em Lisboa, um prédio datado de , com decoração Arte Nova, e que é Imóvel de Interesse Público desde 1978 (Decreto n.º 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978): http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3036.
. Não compreendemos como é possível este edifício estar nesta situação, ano após ano, sem que nenhuma Provedoria da Santa Casa da Misericórdia consiga alterar este estado e coisas.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge e Bernardo Ferreira de Carvalho
C.C. CML, DGPC, JF Arroios, PISAL, SOS Azulejo
03/11/2014
Ritz e Casa da Sorte, Lisboa: Querubim Lapa, uma obra pelas ruas da cidade
In Público (2.11.2014)
Por ALEXANDRA PRADO COELHO e MÓNICA CID
«Ter obras espalhadas por ruas, lojas e esquinas significa que todos podem usufruir delas. Mas significa também que alguns as podem destruir. O mestre ceramista está preocupado com a Casa da Sorte.
PUB Querubim Lapa atravessa o hall do Hotel Ritz em passos pequenos. Há dez anos que não entrava aqui, conta-nos. Combinámos este encontro para que o mestre ceramista, actualmente com 88 anos, nos falasse da coluna decorada com painéis de cerâmica que fez há precisamente 55 anos, quando Lisboa ganhou o seu mais luxuoso hotel, um pouco acima da Rotunda.
Olha em redor para as tapeçarias de Almada Negreiros que decoram as paredes do salão onde nos encontramos (conhecido precisamente como Salão Almada Negreiros) e recorda como nesses tempos os artistas se cruzavam pelos espaços de um Ritz ainda em obras — projecto inicial do arquitecto Porfírio Pardal Monteiro — e que, mais do que um hotel, parecia um museu com tanta e tão variada arte nas suas paredes.
Querubim Lapa recebeu a incumbência de “disfarçar”, como ele próprio diz, uma coluna no final da escadaria que conduz à entrada principal do Salão Nobre. Descemos essa magnífica escadaria, uma elegante curva suspensa no ar, que nos transporta primeiro junto a uma enorme janela e depois ao longo da parede dourada com juncos incrustados, um trabalho de Pedro Leitão e António Louro de Almeida.
Degrau após degrau, o artista aproxima-se da sua coluna, contorna-a, observa-a, toca-lhe. Diz que nunca se esquece de nenhuma das suas obras mesmo que não as veja durante muito tempo. Na sua memória elas estão vivíssimas, ainda que outros pormenores das histórias ligadas ao aparecimento do Ritz em Lisboa só voltem à medida que conversamos.
A história do Ritz fica para outra reportagem que em breve há-de aparecer neste jornal. Esta crónica é sobre Querubim Lapa e sobre como um artista se relaciona com uma obra que está espalhada pela cidade. Se a coluna do Ritz aqui está, cuidada e preservada, o mestre sabe que isso está longe de garantido com outras peças suas. E é assim que começamos a falar da Casa da Sorte, numa esquina do Chiado, entre a Rua Garrett e a Rua Ivens — a propósito da triste notícia de que se encontra encerrada.
Por acaso, antes de sair da redacção, tinha recebido um email do Fórum Cidadania Lx chamando a atenção da Câmara Municipal para os riscos “da enorme perda patrimonial para a cidade de Lisboa que representará um eventual roubo/mutilação/remoção dos azulejos de Mestre Querubim Lapa”, e alertando para “o facto de as letras em latão terem sido já arrancadas, no interior e exterior do espaço”.
“Confirma-se, então? Quando me disseram isso, fiquei aterrorizado”, confessa Querubim Lapa. “A Casa da Sorte é toda em cerâmica, no exterior e no interior, e o meu receio é que venha a suceder o mesmo que na Loja das Meias, onde destruíram a cerâmica e nem tiveram o cuidado de tirar as peças para as oferecer ao Museu da Cidade.”
Recorda que a Casa da Sorte “antigamente era uma tabacaria, onde o Eça ia comprar os seus charutos”. Depois, o espaço transformou-se, no início dos anos 1960, com o projecto do arquitecto Conceição Silva, que convidou o ceramista para ali fazer uma profunda intervenção.
No início dos anos 1960, o arquitecto Conceição Silva fez o projecto de remodelação da Casa da Sorte e convidou o ceramista para uma intervenção
Os pormenores sobre a obra, vou encontrá-los num texto de Luís Maio na Fugas. “É uma das intervenções esteticamente mais arrojadas alguma vez impressa num edifício pombalino”, escreve Luís Maio, sublinhando que “desta vez a arte não se submeteu à arquitectura mas aconteceu o inverso”. Conta depois que Querubim perguntou na Fábrica Viúva Lamego quais as medidas máximas que as placas cerâmicas podiam ter e criou o seu trabalho a partir dessa medida, evitando assim que houvesse cortes nas placas.
No exterior, em azul e branco — num contraste absoluto com a “explosão psicadélica avant la lettre”, nas palavras de Maio, que encontramos no interior —, o ceramista criou um desenho a partir de números, um tema que se adaptava bem à Casa da Sorte, mas que, diz-nos agora Querubim, “serve para qualquer outro tipo de estabelecimento”.
A indefinição sobre o futuro do local preocupa profundamente o mestre. “O meu trabalho ali é total, estou com muito receio. Ao tirar as placas, se é que vamos chegar a esse ponto, é preciso que elas não se partam, porque é um material com fragilidade. Mas esse é o último recurso, nem quero pensar que vamos chegar aí.”
Com a mão encostada à sua coluna no Ritz, o pensamento de Querubim Lapa está agora nessa esquina do Chiado. Pode não ver as suas obras durante anos, mas na sua cabeça elas estão tão vivas como no dia em que as executou. E a perspectiva de a cidade perder uma delas dói-lhe profundamente. Aconteceu na Loja das Meias e, escreve ainda Luís Maio, por essa perda, “Lisboa deveria vestir-se de luto”.
17/10/2014
Casa da Sorte na Rua Garrett fechou
Cc: AML, Sr. Vereador Manuel Salgado e Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
Exmos. Senhores
Serve o presente para alertar V. Exas. para o encerramento da Casa da Sorte, na Rua Garrett, e da enorme perda patrimonial para a cidade de Lisboa que representará um eventual roubo/mutilação/remoção dos azulejos de Mestre Querubim Lapa.
Trata-se, inclusive, de um espaço integrado na Carta Municipal do Património, pelo que eventuais impactos negativos em resultado de alterações nos interiores terão que ser acautelados pela CML. Chamamos a atenção de V. Exas. para o facto das letras em latão terem sido já arrancadas, no interior e exterior do espaço.
Melhores cumprimentos
Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge e Júlio Amorim