10/10/2015

Em Alfama a CML tem vindo a perder a cabeça

R. das Escolas Gerais. Praticamente em toda a sua extensão não há casa apalaçada qie não tenha sido esventrada para cosntruir a garagem. desfiguram-se para sempre fachadas que, em alguns casos, terão resistido ao terramoto. o que antes obdeecia a um código harmonioso, é hoje vítima do oportunismo e das visões de curto prazo que regem Lisboa.

De acordo com a informacao recebida por um leitor anónimo do blogue, a quem agradeco, estas garagens desta casa já aqui estavam pelo menos desde 2009. O que só agrava a cegueira da CML a qual em vez de inverter más práticas em boas, cava fundo e agrava-as.

Para além das garagens poderemos sempre acrescentar outras escolhas criteriosas dos serviçoes de urbanismo desta CML. Casa no Largo Chafariz de dentro. Entre esta intervenção e uma em Quleuz, Avenidas Novas, Amadora, etc, qual é a diferença?




Será esta a política de reabiltação de Manuel Salgado e seus ajudantes? Será este o "diálogo de contrastes" que o Turismo de Lisboa se vangloria de vender aos estrangeiros? No bairro mais emblemático de Lisboa, o nivelamento para baixo prossegue em todo o seu ímpeto. E ninguém os pára.

Janela da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior. PVC em todo o seu esplendor, note-se que esta casa tem uma entrada do século XVII, janelas de sacada e varandas seiscentistas. Nada disso importa. Dar o exemplo não vale a pena e quanto mais iluminada a asneira, melhor. 





Intervenção na ruína que já existia do Palácio D. Rosa em Alfama. Lá dentro havia uma escadaria com belos azulejos polícromos. deles nada se sabe, do interior já nada resta, da escadaria também nada deve ter susbstido.  Alfama não está a salvo das loucuras urbanísitcas cometidas por esta CML em toda a cidade: Avenidas Novas, Bairro Alto, Santa Catarina, Baixa, Castelo, Príncipe Real.

Dirão alguns que a cidade não é imutável. Pois não, mas a verdadeira gestão urbana procura o equilíbrio entre o pré-existente e os futuros projectos. Não a sua destruição e/ou descaracterização que tornam grande parte do edificado de época, em Lisboa, a caricatura de si próprio. A CML tem vindo a promover uma reabiltação de fachada, tem mobilizado os agentes económicos para o que é fácil, tem-se demitido de estipular normas, critérios rigorosos, cadernos de encargos precisos e vinculativos. Hoje campeia o vale tudo e o pato-bravismo. Ambos sinónimos de mau-gosto e de facilitsmo.

Quem não tem unhas não toca guitarra. E esta CML, em larga medida, não tem sabido orquestrar os interesses que giram em torno da necessidade imperiosa de reabilitar a cidade e da obrigação de salvaguardar o seu execpcional carácter.


3 comentários:

Anónimo disse...

Demasiado mau para ser verdade.

Anónimo disse...

Caro Miguel, o primeiro edifício sempre teve aquelas garagens. Poderá confirmar aqui com imagens de 2009: https://www.google.pt/maps/@38.7130767,-9.1288483,3a,90y,124.82h,75.84t/data=!3m6!1e1!3m4!1sULl0_S8vf5zdt42L_fmlEw!2e0!7i13312!8i6656

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

Caro Anónimo das 10.52,


Obrigado pela info que irei acrescentar ao post. mas a questao de fundo das garagens e de se encontrar uma solucao para o estacionamento e para a manutencao das fachadas, permanece válida.

Nessa mesma rua e em ruas um pc por todo o lado, em Alfama e no Castelo, as destruicao de fachadas continua a todo o vapor.

Cumprimentos,