GABINETE VEREADORES CIDADÃOS POR LISBOA
COMUNICADO DE IMPRENSA
Os vereadores do gabinete Cidadãos por Lisboa, Helena Roseta e Manuel João Ramos, apresentaram para agendamento da reunião do executivo do próximo dia 3 de Janeiro, quatro novas propostas.
Foi ainda submetida novamente uma proposta adiada de reuniões anteriores.
Juntam-se em anexo as propostas
NOVAS PROPOSTAS:
P34-17R Pavilhão Portugal
P33-17R Mercados
P36-17R Alameda Universitária
P35-17R Sete Rios Peões
NOVO AGENDAMENTO DE PROPOSTAS
Metodologia valores de solos - 560/07
Esta proposta foi pela primeira vez apresentada em 12 de Dezembro
Das propostas CPL em agenda salientamos:
1 - Pavilhão de Portugal – abertura e usufruto público
Considerando que:
O Pavilhão de Portugal no Parque das Nações da autoria de Álvaro Siza Vieira, tendo sido concebido como área de exposição e permitindo a adaptação a funções museológicas e culturais, encontra-se fechado à utilização pública, para além da realização de eventos esporádicos, sendo incompreensível a sua tão escassa utilização actual.
Propõe-se que a CML defina uma estratégia de actuação com vista à adaptação, abertura e fruição pública do Pavilhão de Portugal, sendo possível instalar no pavilhão a colecção de Design Francisco Capelo, adquirida pelo município com o objectivo de ser publicamente exibida, colecção que a CML acaba de desistir de instalar no Bairro Alto, no Palácio de Santa Catarina. Recorda-se ainda que, não existe na cidade de Lisboa (nem no país) um espaço cultural dedicado ao urbanismo e à arquitectura, com mostras permanentes e debates sistemáticos sobre os projectos urbanos e arquitectónicos e possibilidades de divulgação e participação pública nos mesmos.
O Pavilhão de Portugal reúne condições excepcionais para este efeito, que aliás esteve presente na sua concepção original.
2- Mercados - Revitalização do comércio livre de rua
Considerando que o encerramento dos antigos mercados de rua, a pretexto da higienização dos espaços públicos, coincidiu com a criação de grandes espaços comerciais que, para além de terem causado graves perturbações no pequeno comercio tradicional urbano, criaram hábitos de dependência da viatura automóvel na população, propõe-se que a CML delibere promover uma politica de revitalização do comércio livre de rua nos vários bairros da cidade de Lisboa, promovendo ainda, através de mercados livres temáticos, valorizar o espaço pedonal da Praça da Figueira, fazendo assim reviver uma tradição antiga da cidade que terminou com a demolição do mercado coberto em 1949, assim como da área do Martim Moniz.
3- Situação da Alameda Universitária (Cidade Universitária)
Considerando os graves problemas que se verificam na Alameda da Universidade, os quais já se arrastam há diversos anos, relativamente a situações de pavimentação e ordenamento, e o estado degradado dos acessos e as suas consequências para a circulação pedonal, além da ausência de ordenamento paisagístico, propõe-se que a Câmara Municipal de Lisboa delibere, que os serviços informem a vereação sobre os projectos que pretendem vir a desenvolver para a Alameda Universitária.
4- Sete Rios Peões - Problemas com a circulação pedonal
Considerando os problemas relacionados com a insegurança dos peões na área envolvente do Jardim Zoológico (Sete-Rios), com frequentes e perigosas travessias de peões em zonas de exclusiva circulação automóvel como a curva na entrada do Eixo Norte-Sul (saída da Av. Forças Armadas), junto às Twin Towers, por baixo da Av. dos Combatentes junto à embaixada dos EUA e da urbanização das Laranjeiras, referenciados pelos Cidadãos por Lisboa durante a campanha eleitoral, bem como todo o estado de abandono em que se encontra a área referida, propõe-se que a Câmara Municipal de Lisboa delibere que os serviços competentes executem, com carácter de urgência, um plano que salvaguarde a circulação e a valorização pedonal, e que promova a segurança nas áreas referidas.
Cumprimentos,
Luisa Jacobetty
Pelos Cidadãos por Lisboa
Gabinete dos vereadores
Helena Roseta e Manuel João Ramos
27/12/2007
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1 comentário:
É bom ver que se começa a tentar inverter situações aberrantes que se instalaram na cidade mercê de um conjunto de premissas atávicas e pouco inteligentes. Talvez seja demasiado tarde para que o comércio próprio da cidade (que não é o mesmo que núcleo urbano, será porventura até o seu mais forte contrário) se possa restabelecer com a vitalidade e a dignidade que deveria e que lhe advém, como sempre aconteceu, de uma grande espontaneidade que o planeamento e o ordenamento jamais conseguirão substituir, mas ainda assim vale a pena tentar.[Talvez seja pertinente advertir que a tematização à luz das premissas da moda (artesanato, produtos biológicos, etc.)fará deles apenas o contraponto dos centros comerciais, mas desta vez não para o povo todo e sim para uma franja de iluminados que querem (e parece que vão podendo) impingir modos de vida a toda a gente que assim terá um mercado à porta mas de pouco lhes servirá].
No caso de Sete Rios e da Alameda Universitária assistiremos brevemente a uma intervenção (obviamente necessária)mas que dará o golpe de misericórdia na continuidade da cidade que ali se perdeu com a ponte estúpida e com as sucessivas adaptações no plano inferior. Dentro de quinze anos estaremos a tentar inverter a situação como tentamos agora com os mercados.
O Pavilhão de Portugal é também um perfeito exemplo das intervenções bem intencionadas que em nada resultam (10 anos e ainda andamos a estudar o assunto). Lembra-me o Chiado, que morreu, não do incêndio mas da intervenção (e tomo a liberdade de apontar o modesto dedo a que decidiu o programa e a quem deu forma ao projecto). De qualquer modo a bela escultura do arquitecto Álvaro Siza na Expo merece melhor sorte, talvez um uso para que volte a ser arquitectura.
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