Bom dia, novamente, Maria João Cardoso
Volto a escrever-lhe, mais de um mês após o seu último contacto.
São 22.00. Estou, neste momento, bloqueado em casa - tal como grande parte dos meus vizinhos - devido aos automóveis que continuam a cobrir todos os passeios do bairro. Não é ocasional. Sucede todas as noites de verão e afecta quase todos os moradores, embora estes apenas se queixem para o lado por não terem qualquer esperança que a CML lhes resolva o problema. Eu tenho. Mais ainda, tenho a noção que a CML tem, a vários títulos, o dever de pôr cobro rapidamente a esta situação.
Informa-me que a questão "está para despacho no Director, logo que possível darão resposta". Um eufemismo, sabendo nós quão despachados são os directores da CML. Pelos contactos que fui fazendo já percebi que a CML ainda não faz sequer ideia sobre o que fazer em relação ao condicionamento do trânsito.
Disse-me ainda que a Arq. Rosa Leitão estará "estudar uma situação específica para esse troço da Rua da Saudade, embora condicionada à consideração superior". É muito simpático da parte da Sra. Arquitecta mas o bairro não se limita a um troço de uma rua. E, além disso, a solução não exige muito estudo: basta colocar pilaretes em frente às entradas dos prédios e nas ruas mais estreitas.
Agradecia, mais uma vez, que me comunicasse quando se prevê dar alguma solução a este problema. É que a situação é desesperante para quem cá vive e receio que, qualquer dia, a população responda afirmativamente ao apelo do presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Fernando Ruas, "correndo à pedrada" qualquer técnico camarário que por aqui apareça.
Atentamente.
Luís Pedro Correia
30/06/2006
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