12/06/2008


Plataforma por Monsanto manifesta preocupação pela realização do festival DELTATEJO no Parque florestal de Monsanto em Lisboa.




O parque florestal de Monsanto é uma zona ecologicamente muito sensível e de grande importância para a cidade. É um local que oferece já uma quantidade muito razoável de actividades aos visitantes e é um espaço que deveria ser preservado e protegido. É um local público cada vez mais procurado para uma fruição livre e saudável pelos cidadãos.

Devido à sua beleza e centralidade está sujeito a grandes pressões de ocupação e tem sido ao longo dos tempos alvo de tentativas (algumas concretizadas) de construção e colocação de diversos equipamentos. As tentativas mais recentes foram, entre outras, a colocação no parque da feira popular e do hipódromo do campo grande ou a renovação do contrato com o Campo de tiro a chumbo. Felizmente, e devido à pressão de uma opinião publica cada vez mais atenta e da Plataforma por Monsanto estas pretensões não foram concretizadas.

As actividades realizadas em Monsanto devem reger-se pelo estrito respeito pela natureza e pelos ecossistemas existentes não devendo a CML permitir ou promover actividades causadoras de profundos impactos negativos na fauna e flora do parque e causando inconvenientes aos cidadãos que diariamente frequentam aquele espaço publico. As actividades promovidas no parque devem ter em conta sempre a fragilidade e extremo interesse ecológico do local e não devem ser autorizadas actividades que de alguma forma o possam destruir ou fragilizar.


Dentro deste contexto é com enorme preocupação que a Plataforma por Monsanto vê a realização do Festival DELTATEJO neste parque florestal da cidade de Lisboa, ocupando o espaço publico com actividades com objectivos puramente económicos, de grande envergadura, com todos os impactos negativos que daí advêm e pelo facto de este festival abrir o precedente para que outros, similares ou de ainda maior dimensão, aí possam vir a realizar-se.



Lisboa, 11 de Junho de 2008
A Plataforma por Monsanto

3 comentários:

Arq. Luís Marques da silva disse...

Tempos houve em que se pensou criar em Monsanto, não eventos festivaleiros mas simplesmente corsas, veados e cavalos, numa lógica de verdadeiro parque natural...
Bons tempos!

FJorge disse...

É muito preocupante a actual comercialização desenfreada do espaço público. Será na relação directa com a miserável situação das contas públicas da autarquia. Hoje contei 11 telões publicitários, de dimensões gigantes, a tapar fachadas de edifícios no eixo Av. Fontes Pereira de Melo/Av. da República.

Anónimo disse...

f Jorge isso já vem do tempo do Carmona Rodrigues, e com esta vereação houve um tentativa de acabar com o regabofe, infelizmente foi sol de pouca dura.

Mas estes ainda são empresas privadas a colocá-los, e parece que para isso pagam uma taxa.

No tempo do Santana, era a Camara que pagava aquela proliferação de cartazes ridiculos.....

Já viu que tapámos este buraco ?.....

Já viu que que aqui há mais 5 cm de alcatrão ?.....

Já viu que pintamos a janela do primeiro andar deste predio?.....( apesar da fachada poder ruir a todo o momento).....

Ou aquele famoso pano.... OBRAS COERCIVAS.... na esquina da Alexandre Herculano com a Av. da Liberdade, que o Santana mandou colocar logo que chegou á Camara, depois como o pano estava velho , o Carmona mandou pôr outro, e há cerca de dois meses, a zona esteve interdita pois começaram a cair do telhado placas de zinco, das tais obras coercivas que Santana e Carmona se esqueceram de fazer, ou antes era só propaganda.

Ainda se recorda?......