16/06/2010

ESTÁTUAS DE LISBOA: CAMÕES, GRANDE CAMÕES

Esta é, como todos sabemos, a bela estátua de Camões, inaugurada em 1867 e cujo autor foi Victor Bastos.
Foi, há pouco tempo, alvo de restauro e requalificação, que incluíu todo o Largo.
Estaria tudo aparentemente bem, não fosse o caso de:

... não haver redes para precaver as porcarias que os pombinhos fazem...

... e as porcarias que os humanos fazem...

... como grafitis...

... lixo, cerveja entornada e vomitado...
É Lisboa no seu melhor...




7 comentários:

Anónimo disse...

Á pouco tempo? Quem assim escreve precisa de ler. Camões, por exemplo.

João Morais disse...

Com todo o respeito pelo autor mas a frase 'é lisboa no seu melhor' é deprimente e irritante. Estas situações acontecem por toda a europa, no que diz respeito à opção entre 'deformar' o impacto visual da estatuária pública com os espigões ou rede anti-pombo ou assumir a manutenção do aspecto original do conjunto pese embora a óbvia exposição aos dejectos desses animais. Quanto às inscrições, são as pessoas que assim são, em lisboa, onde quer que as encontre... acha que na escandinávia bêbado vomita para saquinho cuidadosamente trazido de casa para uma 'eventualidade'? Perdoe a reacção à sua contribuição, mas esta psicose colectiva da crítica malfadada e melodramática da nossa forma colectiva de ser já não tem como se aturar.

Arq. Luís Marques da silva disse...

João Morais, respeito as suas dúvidas, opiniões e mesmo as suas irritações, mas a verdade é que a "nossa forma colectiva de ser" não é argumento nem desculpa para a bandalhice em que aquele local e muitos outros de Lisboa, se transformaram:
Não se pedem saquinhos para o vómito; pede-se limpeza para o local, feita pelos serviços competentes.
Grafitar um monumento é desculpável com a "nossa forma colectiva de ser"?
O grafiti, para além de demonstrativo de uma grande falta de educação e respeito pelo espaço público, é igualmente destruidor do mesmo:
Cada vez que é necessário fazer uma limpeza á pedra, são mm que se gastam. Para estes casos, existe e pode ser utilizado uma espécie de verniz apropriado, que evita que esta nossa forma colectiva de ser acabe com as estátuas e monumentos da capital...
A caca de pombo, como sabemos, é altamente ácida e corrosiva para o calcário e portanto, o cuidado a ter em Lisboa com estas peças, deve ser redobrado; em muitas cidades europeias é usada rede de protecção; mal se vê...
João Morais, conheço alguma coisa do mundo e muito bem Portugal e esta forma colectiva de ser e de conseguir transformar uma bela e aprazível praça, num local porco e sujo, garantidamente, só em Lisboa!. Por isso, aceitando a sua critica, troco a frase “É Lisboa no seu melhor” por “É Lisboa no seu pior”…

Arq. Luís Marques da silva disse...

Ao corrector automático das 2:09:
Há pessoas que, de um fruto inteiro, a única coisa que conseguem retirar e aproveitar é o caroço...

João Morais disse...

Quanto as soluções técnicas não discuto, é correcto o que apresenta. Sou seu colega de profissão. Mas sublinho mais uma vez o meu ponto chave de desacordo: 'a nossa maneira de ser'. Eu vivi em Londres vários anos, e digo viver não visitar. Neste ponto Luís, não tem razão. A noção de uma predisposição cultural à ordem é um lugar comum que se tende a desvanecer no tempo. Simplesmente já não é assim. Tem dúvidas? Caminhe pelas margens do Tamisa... Vá do parlamento a Tower bridge... E já agora aproveito e deixo uma palavra de apreço a uma das equipas municipais, a da limpeza urbana, mais maltratadas em termos de opinião pública. Habito junto ao largo do carmo, vejo o estado deplorável em que o jardim de são pedro de alcântara fica nas noites/manhãs de fim de semana. Regra geral é muitissímo profissional a abordagem das equipas de limpeza em restaurar alguma ordem ao 'caos' da diversão nocturna. Eu creio que o que se passa em lisboa é um fenómeno urbano que não é exclusivamente português. E não não uso a natureza humana para desculpar o comportamento que descreveu. Uso a natureza humana para o explicar. Somente isso. (já agora, costumo correr de manhã no terreiro do paço... aproveite ir lá agora que os graffitis ainda não chegaram lá... faço figas a ver se esses mentecaptos não se lembram daquele espaço...).
Mas com o lisboa no seu pior (em termos de espaço público) concordo!

Arq. Luís Marques da silva disse...

Boa tarde João. Só agora vi o seu comentário e por isso só agora lhe respondo.
Vou-lhe responder só com o link que deixo mais abaixo. É que em Lisboa João, nada escapa...

http://cidadanialx.blogspot.com/2010/06/estatuas-de-lisboa-terreiro-do-paco.html

Estas fotos foram tiradas em inicíos de Junho.

Filipe Melo Sousa disse...

isto são coisas do eleitorado típico do bloco de esquerda