31/05/2022
25/02/2021
O Plátano da Estrela
Que benefícios para os lisboetas ? - Nenhuns.
Que benefícios para a estética do local ? - Nenhuns.
Então para quê esta atrocidade?
Quando a Lei nº. 56/2012 de 8 de Setembro que consagrou a reorganização administrativa do Município de Lisboa, conferindo às 24 Freguesias então criadas competências próprias em diversos domínios nos quais se incluem a manutenção e gestão dos espaços verdes e árvores de alinhamento, entrou em vigor, foi desencadeada uma autêntica pandemia contra as árvores da cidade de Lisboa, em espaços públicos e privados, com podas anuais indiscriminadas, muitas delas radicais, descaracterizando e colocando muitas vezes em risco a sobrevivência dos exemplares intervencionados.
Mais uma vez chamamos a atenção de todos para o fenómeno sensível da poda, agora em grande moda, para que prevaleça o bom senso, incentivando as Juntas de Freguesia a substituirem o esforço financeiro e humano posto na poda, pela plantação de novas árvores nos locais sinalizados, alguns já há vários anos, nas áreas das suas Freguesias.
Pinto Soares
04/11/2020
Aspecto da Rua das Praças. Uma nova forma de fazer cidades?
Dada a grande resistência das entidades responsáveis em plantar árvores na via pública da cidade de Lisboa, bem como o desleixo no seu tratamento posterior, associados ao desinteresse da maioria da população em criar e desenvolver uma filosofia de amor pelas árvores e flores, elementos indispensáveis para uma boa qualidade de vida nas cidades; considerando ainda que esta ausência de árvores, bancos e floreiras é mais gritante nos bairros tradicionais de Lisboa, onde a população é mais idosa e não encontra bancos nem sombras, tendo de se socorrer, em muitos casos , das soleiras das portas para descansar, verificamos com agrado a obra levada a efeito na Rua das Praças, Freguesia da Estrela, que demonstra a ousadia de se tentar um novo paradigma de cidade, com acalmia de transito e a possibilidade de dar aos cidadãos o usufruto da sua cidade de uma forma mais equilibrada. Esperemos que este ensaio venha a ter continuidade em Lisboa, oferecendo bancos, árvores e flores aos lisboetas em todos os locais onde tal seja possível.
João Pinto Soares
24/11/2019
Redução de passeios (Rua da Imprensa)
24/11/2019, 12:24 (há 20 horas)
Chegado por e-mail:
«Bom dia,
Constatei hoje ao descer a Rua da Imprensa à Estrela que ou a CML ou a JF da Estrela estão a proceder a uma redução drástica do passeio que me parece francamente ilegal, para aumentar os lugares de estacionamento.
Creio que existe uma dimensão mínima legal que estas obras violam. Ademais, é visível que o passeio ficará tão pequeno que não passam cadeiras de roda ou carrinhos de bebé. Como é que um retrocesso destes é autorizado, numa zona consolidada e quando a CML anda a fazer precisamente o oposto no resto da cidade?
Nas fotos é perceptível a dimensão original do passeio e a dimensão que agora lhe vão dar... Uma vergonha.
Vejo muitas vezes obras das juntas de freguesia em direto contrassenso com o que tem sido a direção da CML.
Obrigado à Cidadania LX»
16/10/2019
Obras na Rua da Imprensa (Estrela) e Jardim Elisa Baptista de Sousa Pedroso/pedido à JF Estrela
Presidente da Junta de Freguesia da Estrela
Dr. Luís Newton
C.C. PCML, AML e media
Na sequência do aviso público do início de obras de requalificação do estacionamento automóvel ao longo da Rua da Imprensa (à Estrela), e considerando que é indispensável que se atenue, ainda que de forma ligeira, a evidente dificuldade de estacionamento para os moradores, serve o presente para solicitarmos a V. Exa. que a anunciada criação de estacionamento “em espinha” ao longo do passeio nascente daquela rua não implique a retirada de parte significativa do passeio e, consequentemente, da “moldura” em calçada que delimita o Jardim Elisa Baptista de Sousa Pedroso ou coloque em perigo as raízes das árvores que se encontram mais perto do passeio.
Aproveitamos a ocasião para solicitar os bons ofícios da Junta de Freguesia da Estrela no sentido de promover, quanto antes, a reabilitação deste jardim, reabilitação que há muito se justifica, e, nesse sentido, promova a recuperação fidedigna do projecto inicial da autoria do arq. Faria da Costa, que em 1938 o desenhou na sequência da empreitada de prolongamento da Rua da Imprensa.
Solicitamos a V. Exa. que o projecto a implementar pela Junta de Freguesia siga os desenhos que junto anexamos, quer no que respeita à planta do jardim, quer em relação aos materiais usados, mobiliário urbano, equipamentos de apoio e embelezamento e espécies de árvores e arbustos descritos em planta anexa.
Mais sugerimos que os bancos de jardim em madeira sejam pintados de encarnado, à semelhança dos jardins do Alto de Santo Amaro e da Luz, cujo resultado é facto notável em termos estéticos.
Chamamos ainda a atenção de V. Exa. para a não necessidade de poda drástica da árvore cuja ramada caiu recentemente em cima do parque infantil, não só porque tal é desnecessário, como a árvore já lá se encontrava quando foi aberto o parque infantil e, sublinhe-se, os equipamentos não devem ser instalados nas áreas de protecção das árvores de grande porte.
Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Araújo, Virgílio Marques, Pedro Jordão, Rui Pedro Martins, Júlio Amorim, Luís Mascarenhas Gaivão, Filipe Teixeira, Maria Maia, Rosa Casimiro, Pedro Jordão, Pedro de Souza, Helena Espvall, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Maria Teresa Goulão, João Oliveira Leonardo, Maria do Rosário Reiche, Henrique Chaves, Miguel de Sepúlveda Velloso
Fonte (imagens): Arquivo Municipal
06/09/2019
The vandalism of Lisbon by philistines!
«Good afternoon,
I came across your website after reading on Lisboa Live about the destruction of yet another beautiful old building in the historical centre of the city (the pink house on Rua da Lapa). A shocking story that now has 11,000 likes on Lisboa Live's Instagram page!
I am sick and tired of the the constant destruction going on in Estrela, especially, by the local town hall. What the hell do they think they are are doing!? Who gave them the right to destroy Lisbon's architectural heritage like this? The very thing millions of visitors come to the city to see every year. Talk about killing the goose that lays the golden egg. Blind and foolish - how much more idiotic can planning approvals be?
James»
(texto editado a pedido do autor)
...
«My Instagram is now up and running and it can be found @savelisbon. It would be great if you were able to post this on the forum and would be much appreciated.» (6.10.2019)
06/12/2018
O Sítio da Estrela
É uma realidade em Lisboa a existência de um grande número de conventos que, com a sua igreja e "Cerca" adjacentes constituem verdadeiros núcleos históricos que devem ser preservados para a posteridade. As "Cercas" eram espaços murados, que proviam o sustento e o recreio dos religiosos e religiosas que viviam nos conventos, ao mesmo tempo que permitiam um certo recolhimento e afastamento do bulício da vida exterior. Hoje, as "Cercas" representam verdadeiros núcleos verdes, espaços que contribuem para uma boa qualidade de vida na cidade. Está neste caso, o convento do Sagrado Coração de Jesus da Estrela, adjacente à Basílica, que era um convento feminino e pertencia à Ordem dos Carmelitas Descalços.
A Basílica da Estrela, em Lisboa, obra a cargo do arquitecto Reinaldo Manuel dos Santos, nasceu da devoção de D. Maria I ao culto do Sagrado Coração de Jesus, ao qual fez um voto de lhe erguer uma igreja e convento para as religiosas da Regra de Santa Teresa, pedindo o nascimento de um filho varão, o que aconteceu em 1761. Em 15 de Novembro de 1789, realizou-se a sagração da Basílica com o título de Sagrado Coração de Jesus.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.O convento foi extinto em 29 de Abril de 1885, por morte da última religiosa.
O Hospital Militar Principal, sediado desde 1837 no antigo convento da Estrelinha, frente à Basílica da Estrela, expandiu as suas instalações ocupando parte da "Cerca" do Convento do Santíssimo Coração de Jesus, com construções de ambos os lados da Avenida Infante Santo, artéria que respondendo à necessidade de expansão da cidade de Lisboa, começou a ser construída em 1949 e atravessou a "Cerca" do convento, dividindo-a ao meio.
O Futuro:
Com o fim da actividade do Hospital Militar Principal na Estrela, os edifícios e anexos situados do lado Nascente e Poente da "Cerca" do Convento do Sagrado Coração de Jesus, ficaram desocupados.
Mantendo as tradições e o espírito que transformou a "Cerca" do Convento em instalações hospitalares, e aproveitando as construções existentes na ala Poente da "Cerca", a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa comprou ao Ministério da Defesa o espaço ocupado pelo Hospital Militar Principal para aí instalar uma Unidade de Saúde de Cuidados Continuados Integrados, cujas obras estão neste momento em execução.
Do lado Nascente, junto à Basílica da Estrela encontra-se o Edifício do Convento, onde, perpetuando a memória da presença da Saúde Militar na Praça da Estrela, seria importante e adequado instalar o Museu da Saúde Militar, envolvido por uma vasta área verde.
Considerando que o Convento do Sagrado Coração de Jesus pertence ao Estado Português sob a administração da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças e que ao Estado compete a valorização do património a seu cargo e que é de todos nós, e sabendo a grande pressão imobiliária sobre aquele espaço, consideramos, contudo que o solo da cidade de Lisboa não deve ser um banco de terrenos aberto à especulação imobiliária, mas antes que o interesse colectivo se possa sobrepor ao dos interesses particulares. Assim, preconizamos a instalação do Museu da Saúde Militar no Convento do Sagrado Coração de Jesus da Estrela presentemente devoluto, com aproveitamento ou demolição dos edifícios e anexos entretanto construídos pelo Hospital Militar Principal e actualmente desocupados
João Pinto Soares
17/07/2017
14/12/2016
S.O.S. Salvaguarda e recuperação do conhecido "Prédio do Tijolo" (Estrela)
C.c. PCML, JF Estrela, AML, DGPC e media
No seguimento das notícias de última hora dando conta da evacuação pela Protecção Civil dos moradores do edifício sito na Rua Possidónio da Silva, 19-31, mais conhecido por "Prédio do Tijolo", no seguimento de uma inspecção feita ao local, somos a solicitar a V. Exa. que desenvolva urgentemente todos os esforços considerados necessários para a salvaguarda e recuperação integral deste edifício emblemático da cidade.
De facto, o "Prédio do Tijolo", que foi mandado erigir por José Joaquim de Almeida Junça, em 1891-1892, para habitação de operários da Cerâmica Junça (Fábrica Progresso Artístico), que existia defronte na mesma rua, ex-libris de toda uma era industrial na cidade de Lisboa, é um edifício notável do ponto de vista plástico, mormente pela sua fachada de grande riqueza cromática e beleza nas formas geométricas, bem como pelo uso do ferro (galerias a tardoz).
É assim um exemplar único na cidade, inexplicavelmente ainda por classificar, que importa preservar, tanto mais que a CML anunciou recentemente a excelente iniciativa de recuperar algumas das vilas e dos pátios operários de que é proprietária. Não sendo este o caso presente, porque se trata de propriedade particular, é porém este um caso de oportunidade para que, também aqui, no campo da habitação social de cariz operário, a CML adopte as boas práticas, optando pela posse administrativa deste edifício e pela execução de obras coercivas.
Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Miguel Atanásio Carvalho, José João Leiria, Miguel de Sepúlveda Velloso, Inês Beleza Barreiros, Maria Ramalho, Rui Martins, Jorge Pinto, Gonçalo Cornélio da Silva, Pedro Henrique Aparício, Fernando Silva Grade e Pedro de Souza
Fotos: Apontamentos de Lisboa
http://ocorvo.pt/2016/12/13/junta-de-freguesia-da-estrela-acusa-camara-municipal-de-lisboa-de-ignorar-desalojados/
http://ocorvo.pt/2016/12/13/junta-de-freguesia-da-estrela-acusa-camara-municipal-de-lisboa-de-ignorar-desalojados/
06/11/2016
Jardim das Francesinhas
Este jardim, que recebeu uma intervenção da CML há poucos anos, ficou com o lago sem funcionar passados poucos meses da inauguração. Entretanto a degradação vai atingindo outras frentes (bancos partidos, coberto vegetal com manutenção insuficiente ou inexistente, graffitis, etc.).
14/07/2016
22/02/2016
O PROBLEMA DOS LOGRADOUROS NA CIDADE DE LISBOA
Os logradouros são espaços verdes muito importantes para a qualidade de vida dos moradores das cidades, promovendo a riqueza da biodiversidade, suavidade da paisagem, permeabilização dos solos e qualidade do ar. Constituindo no seu conjunto uma riqueza excepcional, eles representam hoje um problema para a cidade de Lisboa.
A Câmara Municipal de Lisboa tem disso consciência e frequentemente apela à defesa da biodiversidade e à necessidade urgente da melhoria da qualidade do ar que respiramos, mas não faz o suficiente para a salvaguarda dos logradouros, como o prova o Plano Diretor Municipal em vigor desde 2012 e cujo regulamento foi por ela e pela Assembleia Municipal aprovado.
De facto, o artigo 44.º do PDM que regula a ocupação dos logradouros na cidade de Lisboa, sendo de interpretação confusa, não defende convenientemente aquelas estruturas, permitindo a sua ocupação. Também, a introdução de fórmulas matemáticas denominadas “superfície vegetal ponderada” tornam difícil a sua aplicação prática.
Quanto a nós houve um retrocesso no que se refere à defesa dos logradouros e o artigo 44.º deveria ser reformulado. Compreendemos que a ocupação total dos logradouros por construção valoriza a propriedade de quem vai construir, mas empobrece a cidade de Lisboa, comprometendo o seu futuro que temos obrigação de legar valorizado às gerações vindouras.
João Pinto Soares