Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
Serve o presente para manifestarmos a V. Exa. o nosso regozijo pelo vosso projecto de alterações que permitirá ao edifício Arte Nova do nº 74 da Avenida Almirante Reis, V/propriedade e Imóvel de Interesse Público desde 1978, voltar ao seu esplendor!
Só podemos aplaudir esta V/iniciativa, bem como a sua imediata aprovação pela CML (Processo CML nº 161/EDI/2020), que não só corresponde da melhor maneira ao nosso apelo feito em 2014, como a sua concretização servirá de exemplo de boas-práticas, uma vez que por via de um projecto de alterações, e ao contrário do que é habitual na cidade de Lisboa, se garante desta vez a recuperação de um imóvel e a eliminação de todos os elementos espúrios e atropelos acrescentados ao longo de décadas, quer a nível das fachadas como dos interiores e logradouro, desde logo recuperando os magníficos azulejos da fachada principal, repondo as caixilharias em ferro, retirando a pála, etc.
Sendo este edifício Imóvel de Interesse Público, a sua recuperação à imagem do que já foi e que o fez digno daquela classificação, só pode merecer o elogio e o aplauso da cidade.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Helena Espvall, Júlio Amorim, Rui Pedro Barbosa, Carlos Moura-Carvalho, Luís Carvalho e Rêgo, Virgílio Marques, Miguel Jorge, Gustavo da Cunha, Pedro Jordão, Beatriz Empis, António Araújo, Pedro Fonseca, Maria João Pinto, Jorge Pinto, Paulo Pedro, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Ribeiro, Nuno Caiado, Maria do Rosário Reiche, Mariana Carvalho, Fernando Jorge, João Oliveira Leonardo
Exmo. Senhor Provedor de Justiça
Prof. Doutor José de Faria Costa
C.c. PCML, AML, DGPC, JF Arroios e media
Somos a apresentar queixa a Vossa Excelência pela circunstância de não terem sido tornados públicos os propósitos da demolição já em curso nos edifícios sitos na Avenida Casal Ribeiro, 37-55, e Rua Actor Taborda, 20-24 e 26-34, iniciada ao abrigo do licenciamento do processo nº 1334/EDI/2009.
De facto, fomos surpreendidos não só pela mudança repentina de promotor (no que se configura ser uma operação de pura especulação imobiliária do anterior proprietário – a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – para um novo proprietário, privado) como do próprio projectista, ou seja, do atelier do arq. Manuel Graça Dias para o atelier Saraiva & Associados (conforme mensagem do primeiro, no facebook, cópia em anexo).
A questão que colocamos ao Senhor Provedor é a seguinte:
Até que ponto é legal o facto de serem feitas as demolições em curso em edifícios em relativo bom estado de conservação (longe, portanto, da ameaça de derrocada, condição exigível ao abrigo do PDM em vigor
e desvirtuando definitivamente duas frentes de quarteirão), tendo por base o licenciamento de um projecto aprovado pela CML, para depois, com os prédios demolidos, se avançar com um novo projecto de um outro projectista?
Chamamos a atenção, ainda, para o facto de a operação de loteamento inicial (Proc. 2/URB/2007), que seria o instrumento de gestão adequado a uma operação de construção civil envolvendo 3 prédios em 2 ruas distintas, ter sido chumbado pela própria CML.
Como nota final, acrescente-se que não existe qualquer aviso prévio de obra no local.
Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Filipe Teixeira, Rui Martins, Gonçalo Cornélio da Silva, Miguel Atanásio Carvalho, André Santos, Paulo Guilherme Figueiredo, Pedro Henrique Aparício, Pedro Malheiros Fonseca, Júlio Amorim, Luís Rêgo, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fátima Castanheira, Jorge Pinto
As obras de fundo que estão para começar no convento de São Pedro de Alcântara (pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa) - e cujas maquetas estiveram expostas no átrio de entrada - prevêem uma espécie de centro comercial de charme com lojas de roupa, esplanadas e escritórios (?), e evidenciam que os azulejos de várias paredes interiores serão removidos em algumas salas.
Ora, estes azulejos são relativamente antigos e actualmente muito valorizados em antiquários e afins. A sua remoção afigura-se-nos, pelo menos, um crime patrimonial, senão um roubo.
De acordo o projecto que esteve publicamente exposto (projecto do Arq. Luís Almeida e que aguarda licenciamento na CML), pode ver-se que está prevista a remoção de azulejos em determinados locais, a saber:
1. salão com paredes de azulejos pombalinos
2. corredor com paredes de azulejos
3. salão com friso de azulejos acima do rodapé de madeira
4. refeitório com paredes de azulejos pombalinos
5. sala com paredes de azulejos pombalinos
Ora, estes azulejos pombalinos, vistos em ampliação,
são semelhantes aos da entrada exterior da igreja,
não é muito diferente, por exemplo, deste outro padrão também referenciado como pombalino.
Os azulejos de flor amarela do convento de São Pedro de Alcântara são ainda semelhantes a este "Azulejo séc. XVIII, decorado com flor amarela e argolas azuis" vendido individualmente por 17,25€ neste leilão,
e ainda aparentados deste "Painel de 4 azulejos séc. XVIII, decorado com flor ao centro e enrolamentos" vendido por 34,50€ noutro leilão.
Mesmo ali ao lado, num dos antiquários da Rua D. Pedro V, podemos ver azulejos do género à venda,
e nas casas indianas de bugigangas encontramos os mesmos padrões que fazem as delícias dos turistas em forma de íman.
Tememos ainda pelo destino dos azulejos da cozinha, possivelmente tão gastos quanto idosos e tanto mais valiosos.
Com tudo isto, cabe perguntar: pensa a Santa Casa da Misericórdia que é assim que se protege o património histórico? E onde pretende a SCML vender as relíquias removidas das paredes, nas boutiques que vão abrir no convento?
«É um edifício
que se encontra num estado razoável de conservação sofrendo,
porém, de algumas patologias e necessitando, por isso, de obras de
recuperação e de conservação em algumas áreas. Antes de uma
intervenção mais profunda, que será também a mais demorada e que
carece de um projecto de reconversão em desenvolvimento, estão a
ser executadas ações para
a preservação do edificado, bem como para a eliminação de alguns
elementos dissonantes.»
Dissonantes, disse? Dissonante será a pretensa requalificação (já antes aqui comentada) que vai transformar o aprazível claustro no novo-riquismo de uma piscina para turista ver...
Esperamos não ter que reportar este caso ao SOS Azulejo, pois as práticas de protecção do azulejo não se aplicam só aos mais antigos, mas também às imitações mais recentes bem como aos azulejos industriais para revestimento de prédios dos séculos XIX e XX. Todos eles fazem parte do nosso património arquitectónico e, se forem salvaguardados, um dia chegarão à bela idade de duzentos anos.
Temos, e teremos sempre municípios inaptos para saberem amar com amor de artistas esta infeliz capital entregue em suas mãos, pois raro as vereações são cultas, dessa cultura especial que impõe pontos de vista, e atira o espírito para além das comesinhas questiúnculas de roupa suja e marmita ("Lisboa Monumental", Fialho de Almeida, 1857-1911)
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