05/06/2008

Cidadania e as floreiras da discordia

Os moradores do cruzamento da Rua Augusto Rosa com a Rua do Barão junto à Sé de Lisboa, colocaram umas floreiras no gradeamento deste cruzamento, uma pequena praceta triangular, bastante agradavel e voltada a poente, protegida pelo muro da Sé e pelos edificios contíguos.



Esta instalação foi partilhada nos custos pelos moradores, desde a sua montagem. As graciosas floreiras em ferro provém de um edificio vizinho, compraram-se braçadeiras, vasos, pintou-se o gradeamento, e todos têm contríbuido, alimentando os vasos com diversas flores.

Este espaço público desde então tornou-se bastante agradavel, e tem sido elogiado por todos.
Os moradores têm vindo a ocupar-se da manutenção, que vai desde regar, adobar, cuidar das plantas, até à pintura do gradeamento.
A atitude destes moradores é uma característica tradicional de Lisboa que só existe nos bairros históricos, a absorção de pequenos espaços públicos pela população.

Acontece este pequeno cantinho de Lisboa tão apreciado pelos seus moradores e tão fotografado incomoda alguns técnicos camarários mais zelosos, que não aceitam e teimam em retirar as floreiras, pois não está licenciado ou autorizado!

A situação é óbviamente caricata e tem incomodado os seus moradores que apelam ao bom senso dos funcionários da autarquia, nomeadamente quem melhor defende os interesses deste bairro histórico ou seja a Unidade de Projecto da zona e a Junta de Freguesia da Sé, para a defesa destes espaços, afinal tão característicos de Lisboa, e que representam um local de descanso não só para os seus moradores como também de tantos turistas nas suas caminhadas pela nossa Cidade.

10 comentários:

Anónimo disse...

Faz lembrar a história do tipo que foi multado, por estar a fotografar no passeio....com tripé.
Realmente numa cidade que tem os seus jardins em estado de ruína, compreende-se a caça às floreiras clandestinas. Eu metia esses bairristas todos na prisão....


JA

Anónimo disse...

Agora é que eu percebi porque é que não há quem fiscalize o estacionamento, o estado dos passeios, as obras ilegais, ou a manutenção dos jardins! Estão todos ocupados a tentar acabar com o flagelo das floreiras e dos tripés, de facto há que estabelecer prioridades.

Anónimo disse...

O vereador dos espaços verdes já se esqueceu de em campanha ter andado a mostrar onde costumava plantar árvores nos jardins nos seus tempos livres de vulgar cidadão. Agora há que pagar licenças pelas flores ou desobstruir a terra que dá mais em plantio de skodas.

António Ferra disse...

Conheço bem esse jardim. Se continuarem com atitudes destruidoras ditadas pela ignorância, seria interessante divulgar isto ao máximo.
Pode fazer-se uma petição a sério nem que seja para salvar uma flor

Chapa disse...

Criminosos!
Tem algum jeito plantar flores? Dediquem-se a espalhar lixo e a destruir o passeio, para ficar integrado na paisagem e nos bons costumes. E o Pimentel que se atreva a tocar guitarra no banco de jardim, sem tirar licença.
Estamos no país do absurdo!

Anónimo disse...

A Sé é uma freguesia parece ser uma freguesia especial...já não é a 1ª vez que oiço falar bem nessa zona.Parabéns!

Anónimo disse...

se for lixo nos bairros historicos ou, carros em cima dos passeio , ou mamarrachos junto ao tejo projectados por vereadores, a venda de praças a troco de trocos, não incomoda nada.Agora Flores,porra onde é que voçes estão com a cabeça. E o vereador Sá Fernandes , antes tão solicitad o e solicito na oposição, anda onde? Que dirão os que de boa fé deram a car por ele nos cartazes?

Anónimo disse...

Valeu a pena! O Senhor Presidente da Junta de Freguesia sempre na defesa dos interesses dos moradores, mandou pintar o gradeamento e demonstrou ser sensível a estes actos de cidadania. O Senhor Francisco pintor ao serviço da junta de Freguesia, fez um excelente trabalho sem necessidade de retirar as floreiras. Obrigado e bem hajam.

um morador

Anónimo disse...

O grau de evolução mental do mundo camarário português é chocante...

Em vez de motivarem a conservação individual dos espaços como forma de manterem a cidade habitável e agradável, ainda batem por cima.

Põem-se a esbanjar dinheiro em projectos urbanísticos que deviam ser entregues ao privado e quando o privado com miolos avança, é bloqueado.

Filipe Pontes disse...

Bonito exemplo....

Ao menos a Junta de freguesia colaborou...