18/12/2008

Maioria PS quer cortar acesso pela Baixa a automóveis particulares

A maioria socialista na Câmara de Lisboa apresentou hoje um novo plano de mobilidade para a Baixa que prevê que nenhum automóvel particular vindo da Avenida da Liberdade possa atravessar a Baixa para ir para nascente ou para poente.

O "conceito" apresentado pelo presidente da Câmara, António Costa, supõe "um corte na ligação da Baixa à frente ribeirinha" para tráfego automóvel, à excepção dos transportes públicos, mas foi posto em causa pela oposição e a sua discussão adiada para a próxima reunião de Câmara.

De acordo com a ideia da maioria, os automóveis particulares só poderão ir na direcção Santa Apolónia-Cais do Sodré/Alcântara e vice-versa pela Ribeira das Naus e o estacionamento na zona ficará exclusivamente reservado a moradores e comerciantes, devendo ser construídos novos parques subterrâneos no Campo das Cebolas e junto ao edifício das agências internacionais, ao Cais do Sodré.

Todo o trânsito particular que chegue à Baixa proveniente de Norte, do Rossio ou do Marquês de Pombal, terá que voltar para trás quando chegar ao último quarteirão da Rua do Ouro, prevê o novo "conceito".

A ideia, defendeu António Costa, é "alargar o espaço para peões e bicicletas" na zona ribeirinha e no Terreiro do Paço, que passa a ficar com duas vias que ladeiam a praça (a nascente e poente) completamente livres de trânsito.

O autarca afirmou que os percursos de eléctrico mantêm-se tal como estão, considerando que a solução hoje apresentada é a melhor para evitar o tráfego de atravessamento dos quarteirões da Baixa.

"Ainda não há uma decisão final nem sequer houve debate mas pretendemos que logo que esteja concluído, seja logo aplicado, uma vez que não exige obra física, só mudança de sinalização", disse.

Este novo "conceito" substituiu outra ideia de reordenamento do tráfego na Baixa que até agora a Câmara defendia.

(...)

In RTP.pt

13 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

É para matar a baixa de vez.

Lesma Morta disse...

Idiotice pura. Prevejo o pior não s´o para a baixa em si como também para o escuamento do trafego

Anónimo disse...

Iniciativa apoiada!

Ass: Um cidadão com carta, mas sem automóvel.

Nuno Santos Silva disse...

Isto é para esvaziar a Baixa de vez...
O que aconteceu aos comerciantes de Alfama quando o trânsito "estrangeiro" foi proibido? Pois, faliram...

Anónimo disse...

Se a razão justificativa do "plano" é criar mais duas faixas para peões e bicicletas nas laterais da Praça ela pura e simplesmente NÃO EXISTE, pois essas faixas podem actualmente ser subtraídas à circulação automóvel que actualmente não necessita de SEIS faixas.
Será que o Eng. Costa e o Arq. Salgado estão a brincar às cidades ?
Ou o seu objectivo é outro, é criar confusão, enquanto aprovam dezenas de projectos para a Baixa, (onde está a candidatura a património da humanidade ? )alterando fachadas e adulterando coberturas, além de destruirem o "miolo" dos edifícios,com o pretexto de instalarem elevadores e reabilitarem sanitários ?

Anónimo disse...

Só fantasias

Anónimo disse...

Deve haver algum equívoco de raciocínio na parte dos restantes comentadores.
A rua com maior sucesso comercial da baixa é a rua Augusta, não é preciso têr a quarta classe para perceber isso - e passam lá latas móveis??
Em amsterdão não há comércio estará tudo falido?? ou em Veneza?? ou em Copenhaga onde
uma das maiores ruas vai ser fechada ao trânsito?
Se calhar eles é que são burros, mas então quero que sejamos burros como eles pois parece dar bom resultado.
Abram essas cabeças um pouco mais para ver se lá entra algo de jeito, além de passeios dos tristes devidamente enlatados.Qualquer dia defendem o comércio drive in na baixa, porque o drive thru não está a dar resultado nenhum como se vê, apesar disso há espertos que ainda o defendem como o babaca do presidente do ACP....Só num país destes era possível um tal personagem ultrapassar uma carreira brilhante de engraxador de sapatos e passar a presidente de uma instituição, mesmo uma tão corporativista e egoísta como o ACP.Uns juntam-se aos bons, outros aos maus e vilões....

Anónimo disse...

Só no nosso provinciano Portugal é que se pode ridicularizar propostas destas. Se esta proposta tem algo de negativo será precisamente a falta de coragem pois podiamos ir mais longe, seguir os exemplos das capitais do Norte da europa

Filipe Melo Sousa disse...

é o que se viu com a iniciativa de cortar o terreiro do paço. da afluência, só se vê lá os mitras que dormem debaixo das arcadas

Anónimo disse...

Esta proposta é um disparate começam sempre pelo final.
Pura demagogia politica, estas ideias avulsas prejudiam a cidade.
Parece simpatico, sem transito, mas não funciona, enquantoo comercio estiver moribundo.
Lá fora na europa do norte, onde faz frio, todos têm esplanadas, todos andam na rua, aqui, até a vendedora de castanhas, é fiscalizada pela ASAE e se fica mais umas horas paga taxas inacreditáves.
Enquanto este conceitos economicistas continuarem dificilmente teremos uma verdadeira cidade.
Gostariamos de ver os centros comerciais a serem taxados fortemente, e os seus utilisadores dos parques de estacionamento destes centros comerciais pagarem uma taxa, uma contribuição para a cidade.
Estamos a pagar os erros de um mau planeamento, enquanto essa gente não sair das câmaras não teremos cidades em Portugal

Anónimo disse...

so funciona a reducção do transito na baixa se existirem alterantivas séria de desvio de transito.

as outras cidades europeias com os centros vedados ao trânsito funcionam porque existem desvios suficientes. veja-se madrid ou barcelona.

embora concorde com a redução de transito na baixa, tenho de concordar que não estão criadas as condições.

desviar o transito para a rua da alfandega e arsenal só irá complicar.

terão de existir desvios em avenidas anteriores, como na av. mouzinho de albuquerque, para quem vem do parque das nações, na avenida infante santo ou av. d. carlos, para quem vem de alcantara ou no marquês, para quem vem do norte da cidade.

têm de existir circulares dentro da cidade, que atenuem, sucessivamente, o atravessamento da cidade.

não se pode permitir que o transito chegue todo á baixa e só aí se façam os desvios.

Anónimo disse...

sr filipe melo sousa

não é mais ou menos trânsito que tira "os mitras" das aarcadas da praça do comércio.

aliás, os "mitras" são sem abrigo.

resolve-se com o encamihamento dos mesmos para centros de acolhimento e pela ocupação dos andares térreos da praça.

ele só lá estão porque as arcadas estão desocupadas com garagens ou meras entradas para serviços administrativos do Estado.

Anónimo disse...

terão sempre de existir ruas de acesso automóvel.

o que não se pode permitir é que alguém que venha do parque das nações, de belém ou das venidas novas, utilize a baixa para seguir para o lado contrário da cidade.

as pessoas têm de, naturalmente, ser encaminhadas pelas avenidas interiores da cidade e não pela baixa.

o problema é todo esse.