05/12/2010

MICRO-PASSEIOS de Lisboa: Rua de S. José

Estes passeios têm entre 35 e 38 centímetros! Estes canais não são, com certeza, para seres humanos. Segundo a lei em vigor, são ilegais. Porque razão a CML os vai manter apesar de estar a realizar uma obra profunda de repavimentação da Rua de S. José? Resposta: é apenas mais um exemplo da secundarização do peão. Entre os peões e as viaturas de transporte individual, a CML claramente dá prioridade as máquinas conduzidas por alguns lisboetas.

9 comentários:

Anónimo disse...

Querem apostar como vão aparecer muito em breve comentários dos cromos do costume com saídas do género:

«de que é que se estão a queixar? afinal vejo peões a circular nos passeios!»

ou

«ainda bem que a câmara dá prioridade aos carros pois é um exemplo do desenvolvimento de Lisboa; as pessoas já não têm de andar a pé como na idade média!»

Aguardemos...

Pedro M. Fonseca disse...

Pois eu pergunto como é possível que não tenham aproveitado para redimensionar o passeio, retirando o estacionamento. É por causa de 30 lugares que se faz a diferença? E mesmo que faça, entre a facilidade de deslocação das pessoas em geral (incluindo aqui as que têm dificuldades de locomoção), e o estacionamento, não deveria haver dúvidas. Mais uma vez, a CML privilegia as boas intenções, mas esquece-se oportunamente de lhes dar seguimento: http://acessibilidade.cm-lisboa.pt/

Anónimo disse...

é mais uma oportunidade perdida. Tirassem o estacionamento e ganhavam-se os passeios.

Anónimo disse...

Será que vão aparecer mais 30 comentarios iguais a dizer para tirarem o estacionamento?

Anónimo disse...

Onde passará um carrinho de bebé ou cadeira de rodas nesta rua??

Anónimo disse...

Como é possível alguém ter pensado que valia a pena fazer passeios com 30 cm (sim, porque se tirarmos o lancil, ficamos com menos de 30 cm de passeio!).

João Garcia disse...

ok, então aqui vai um comentário diferente...

A C. M. Lisboa em 2010 ainda faz passeios minúsculos desprezando o peão a favor do carro como é reportado aqui no blog. Já se sabe que quem sofre mais com esta política, são sobretudo as pessoas com mobilidade reduzida ou cegos, por exemplo...
Grande confusão, hoje no Facebook da C.M.L. vem lá uma notícia de um acordo de parceria com o Instituto Nacional de Reabilitação... Eu pergunto, têm mesmo interesse em ajudar estas pessoas? A tratar as pessoas abaixo de um mero monte de lata com rodas, eu duvido muito...

http://www.facebook.com/home.php?sk=lf#!/album.php?aid=309647&id=349200576453

Xico205 disse...

Monte de lata esse que tem dono e que secalhar é tambem imprescindivel à mobilidade de quem o conduz.

Quem está em maioria, cidadãos de mobilidade reduzida e cegos, ou pessoas normais a que o carro lhes faz falta?
Se vamos lá por maiorias então não é preciso responder, e democracia é a lei das maiorias, logo do mais forte.

Miguel Carvalho disse...

Caro FJorge,

quando dizes "Entre os peões e as viaturas de transporte individual, a CML claramente dá prioridade as máquinas conduzidas por alguns lisboetas" estás a menosprezar o problema. Não está em causa circulação automóvel vs circulação pedonal! Se estivesse saberíamos qual seria a escolha.
A circulação automóvel está mais que garantida. É apenas uma função secundária do automóvel que está a ser posta à frente da circulação do peão.