25/05/2011

Movimento contesta alterações em prédio classificado


Uso do vidro na ampliação foi aprovada pelo vereador do Urbanismo

Movimento contesta alterações em prédio classificado( por Marisa Soares in Publico )

O Fórum Cidadania Lisboa apresentou queixa na Provedoria de Justiça e na Inspecção-Geral da Administração Local por causa das alterações ao projecto de requalificação do edifício situado no número 25 da Avenida da República, em Lisboa. O movimento cívico pede que seja reposta a estética original da fachada, por se tratar de um edifício classificado.

Em causa estão, por um lado, as ampliações, laterais e em altura, feitas em vidro e não em tijolo e cantaria como previsto no projecto aprovado em 2005 e na licença de construção aprovada em reunião de câmara, em Julho de 2008. O resultado é uma “aberração”, diz Paulo Ferrero, porta-voz do movimento, sublinhando que a alteração estética do edifício “contraria claramente” os pareceres iniciais do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) e do Núcleo Residente da Estrutura Consultiva do Plano Director Municipal.

O projecto, a cargo da empresa Rui Ribeiro, previa a manutenção das fachadas e a respectiva ampliação procurando manter a linguagem arquitectónica. A técnica utilizada seria o pastiche, que consiste na colagem de diferentes estilos arquitectónicos. Este é, porém, um método “muito contestado” e “sem reconhecimento pelas cartas e convenções internacionais do património”, esclarece o gabinete do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.
Por isso, a proposta de alteração feita pelo promotor, com a colocação de vidro nos espaços ampliados, foi “muito bem recebida” pelo vereador, que aprovou o projecto num despacho de 13 de Abril deste ano. Segundo a autarquia, “o edifício mantém a sua proporção original nas fachadas, em contraponto com uma clara desproporção que resultava da ampliação feita através de pastiche”.

O Fórum Cidadania Lisboa critica ainda o facto de as alterações terem sido aprovadas durante a execução da obra directamente por Manuel Salgado. Por se tratar de um edifício incluído no Inventário Municipal do Património, o movimento entende que a discussão das alterações em reunião de câmara seria o “procedimento correcto”.

A câmara esclarece, por sua vez, que o vereador do Urbanismo tem, desde 12 de Novembro de 2009, competência para decidir sobre projectos em edifícios incluídos no Inventário Municipal do Património. Em 2008, quando foi aprovada a licença de construção, a competência para decidir sobre a execução deste tipo de projectos era da câmara municipal, pelo que a então vereadora Gabriela Seara teve de levar o assunto a reunião de câmara.
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Continua a confusão de valores e de conceitos à volta do conceito “pastiche” ... a primeira versão seria uma contextualização mais correcta no Projecto original do edifício ... a segunda, “foi muito bem recebida” ... o que implica uma escolha subjectiva “à priori” pelo Arquitecto Manuel Salgado ( segundo os seus conceitos pessoais ) e imposta ao promotor, que provávelmente, assim, foi“educado” e “encaminhado”no bom caminho ... o Vereador utilizou, omnipotente, a sua pregorrativa para criar mais um projecto “Cyborg” na moribunda e híbrida Avenida.
Confirma-se assim, a ausência de uma cultura de Conservação e Restauro em Portugal ... e isto tem a ver com o facto de o Ensino estar controlado e dominado exclusivamente por Arquitectos Criadores, que “interpretam” o Património e o “recriam” ... à sua vontade, utilizando, neste caso, os “poderes” ... nele ... Vereador ... depositados pelo voto, mas contra a vontade popular .
António Sérgio Rosa de Carvalho

35 comentários:

Anónimo disse...

Oh Manuel Salgado, pasticha-mos...
Estes arquitectos, sinceramente, que classe. Que metam essas cartas num sítio onde o sol não brilha, cambada de intelectuais da treta...
"Obrigados" a fazerem obras feias. Vale a pena dizer mais alguma coisa?

Já agora, segundo o site do promotor:
http://www.republica25.com/
Está praticamente tudo vazio. Eu pergunto-me se teria o mesmo "sucesso" com "pastiches"?
É que pior que estar totalmente vazio é difícil...

O Salgado, e a cambada de arquitectos e as suas cartinahs de atenas ou lá o raio que o parta devem ficar horrorizados quando passam frente a este edifício:
http://maps.google.pt/maps?f=q&source=s_q&hl=pt-PT&geocode=&q=lisboa,+marques+de+pombal&aq=&sll=39.639538,-7.849731&sspn=9.201654,19.753418&ie=UTF8&hq=marques+de+pombal&hnear=Lisboa&ll=38.723496,-9.151086&spn=0.004344,0.009645&t=h&z=17&layer=c&cbll=38.724414,-9.15055&panoid=3YFS9hmQnTuLxDBhPqj-8A&cbp=12,183.25,,0,-9.51

Cambada de inúteis. Vocês, arquitectos que lambem a bota a papéis pseudo-intelectuais que têm como objectivo propositado o culto ao feio, é que não merece outro nome, é o culto ao feio e o desprezo de muitos anos de evolução de arquitectura, são tão nojentos como os carros estacionados em cima do passeio, como os graffitis, como as ruas sujas porcas. Vocês, actualmente, dão cabo de uma cidade. Serão uma nódoa na história da vossa classe, serão motivo de gozo no futuro. Imbecis Inúteis

Anónimo disse...

Basicamente, o Salgado, com a pseudo-intelectualidade vigente no mundo dos arquitectos fez o seguinte:
1) Aumento de custos de projecto do dono de obra;
2) Provável diminuição da rentabilização do empreendimento, porque o resultado ficou muito infeliz;
4) Eventuais futuras confusões em tribunal pela alteração do projecto.
3) Mais uma descaracterização feita na Av. da República, ainda para mais num edifício que pelas suas características é infelizmente um pouco raro em Lisboa.
4) E aqueles graffitis horríveis pintados pela Câmara nuns edifícios bonitos no Saldanha e na Fontes Pereira de Melo? Não desrespeitam nenhuma "carta"? Espero que não seja preciso nenhuma carta para se perceber a imbecilidade daquilo...

O Costa está-se a tornar num dos piores presidentes da CMLisboa. Se este gajo for Primeiro-Ministro como pretende não vai fugir muito dos governos de merda do Sócrates e do Guterres... Estamos entregues à bicharada...

Já agora, já que têm tanto respeito pelas "cartas", que tal também começarem a respeitar o Código da Estrada? É que estou farto de ver carros mal estacionados, inclusive perto deste novo mono... faço votos para que passem a ter o cuidado.

Julio Amorim disse...

Nota: isto que se vê na imagem é um mero insulto a qualquer carta internacional de conservação e restauro. Qualquer demolição total é bem mais honesta....

Anónimo disse...

Puxa poucas vezes tenho visto comentários mais absurdos, mesmmo neste blog! Só mesmo o vosso umbigo é bom!

Anónimo disse...

os comentadores têm toda a razão em criticar fortemente estas aberrações de arquitectos que promovem o seu ego com lixo imobiliário.

Para meter um cubo de vidro atrás da fachada até um engenheiro faz. estão a denegrir a profissão

Anónimo disse...

Uma vergonha para a arquitectura e para a cidade de Lisboa. com um primeiro projecto tão bom para a cidade, passou-se para esta bela MERDA. apoio incondicionalmente este blog na sua luta contra esta intervenção medíocre. desde 1970 a destruir a cidade de Lisboa!

Anónimo disse...

Anónimo disse...

Puxa poucas vezes tenho visto comentários mais absurdos, mesmmo neste blog! Só mesmo o vosso umbigo é bom!

10:52 AM

Se você gosta de coisas feias é um sério problema seu, não meu ou do meu umbigo!

Anónimo disse...

Eu sei que muita gente vai descordar, mas eu até gosto do resultado final :)

Arq. Luís Marques da silva disse...

«O projecto, a cargo da empresa Rui Ribeiro, previa a manutenção das fachadas e a respectiva ampliação procurando manter a linguagem arquitectónica. A técnica utilizada seria o pastiche, que consiste na colagem de diferentes estilos arquitectónicos. Este é, porém, um método “muito contestado” e “sem reconhecimento pelas cartas e convenções internacionais do património”, esclarece o gabinete do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado».
O sr arq Salgado, viu bem o projecto que aprovou?
A ampliação em vidro, não é uma colagem, resultando em vários estilos, tão contrária ás cartas e demais papeladas evocadas?
O que chamar a retirarem os elementos decorativos da platibanda do 5º piso e "pastichá-los" no 4º?
É caso para dizer que "em terra de cegos, quem tem olho é rei"

Anónimo disse...

Boa Anónimo das 2:46PM, mas atenção neste Blog quem não está com "eles" é parvo, só eles e o seu umbigo têm razão e bom gosto!

Anónimo disse...

Caro Arqº Luís Silva:

Antes de escreve pare e pense!

Basta uma observação atenta dos elementos presentes neste blog para perceber que aquilo que diz é uma parvoíce.

Ora vejamos:

Edificio Original:
http://2.bp.blogspot.com/-skoopjQDm2M/Tcvrcz_pZtI/AAAAAAAABC0/i1sEk3axl9w/s1600/Av.Rep.25.jpg

Proposta COM Pastiche:
http://3.bp.blogspot.com/-2b-voZIxOhs/TcvrXWo4MDI/AAAAAAAABCs/xrTm97ZtU8I/s1600/avrep25iiib.JPG

Obra já segundo a proposta SEM pastiche:
http://2.bp.blogspot.com/-w9Rzlw5ZFDU/TcvrQYqPeQI/AAAAAAAABCk/Zu2aKzYrmtY/s1600/avrep25iiic.JPG

Se precisar ainda de mais ajuda, eu explico:

Na origem havia um edificío com R/C mais 4 pisos, coroado de platibanda.

Depois propôs-se crescer um piso (o tal quinto) mais um troço lateral em PASTICHE.

De seguida, e BEM, o Vereador Manuel Salgado pelos motivos expressos, aprovou a alteração do referido 5 piso e do troço lateral para vidro, destacando-se da fachada original.

Ora, caro colega, pela sua confusão ilustrou bem o motivo pelo qual TODAS as recomendações internacionais condenam o pastiche, pela falta de veracidade histórica - e porque pessoas desatentas, não perceberem onde está o original e a nova intervenção.

Cumps.
f.

Anónimo disse...

Oh palerma, o quinto piso é uma ampliação nova, achas que alguem ia demolir a fachada original para a trocar por vidro!

Irra!

Anónimo disse...

já tenho dito varias vezes aqui, não há solução de curto prazo para isto!
É ISTO QUE SE ENSINA NAS UNIVESIDADES!

Uma corrente Arquitéctónica que baseia toda a sua identidade em ser contra e fazer ao contrário do que estava, só para poderem ter a ilusão que estão a serem originais e dar lustro ao EGO no pior sentido.

Xico205 disse...

Se este edificio é feio, o que serão os das Galinheiras!

Vítor Vasconcelos disse...

Uma verdadeira desilusão arquitectónica ao pior estilo dos anos 90... Podemos chamar a isto uma Salganhada?

Anónimo disse...

"Artº11º- Os contributos válidos das diferentes épocas referentes à edificação de um monumento devem ser respeitados, não sendo a unidade de estilo um objectivo a alcançar no decurso de um restauro. Desde que um edificio comporte várias épocas sobrepostas, a evidência de uma época subjacente não se justifica senão a título excepcional e na condição de que os elementos eliminados tenham pouco interesse, de maneira a que a composição final constitua um testemunho de alto valor histórico, arqueológico ou estético e que
o seu estado de conservação seja aceitável. O juízo sobre o valor dos elementos em questão e a decisão sobre as eliminações a efectuar não podem depender unicamente do autor do projecto."
in Carta de Veneza.

Tanta ignorância e tanto ódio.

Anónimo disse...

Ó Arquitecto:

Na ânsia de criticar nem se apercebeu que o quinto piso proposto é que era o pastiche... o vidro foi a alteranativa encontrada ao chumbo da Câmara.

Está a perceber agora a confusão que dá fazer novo "à maneira" do antigo? É por isso que todas as recomendações internacionais condenam o pastiche.

cumps.

João Garcia disse...

Anónimo disse...

"Artº11º- Os contributos válidos das diferentes épocas referentes à edificação de um monumento devem ser respeitados, não sendo a unidade de estilo um objectivo a alcançar no decurso de um restauro. Desde que um edificio comporte várias épocas sobrepostas, a evidência de uma época subjacente não se justifica senão a título excepcional e na condição de que os elementos eliminados tenham pouco interesse, de maneira a que a composição final constitua um testemunho de alto valor histórico, arqueológico ou estético e que
o seu estado de conservação seja aceitável. O juízo sobre o valor dos elementos em questão e a decisão sobre as eliminações a efectuar não podem depender unicamente do autor do projecto."
in Carta de Veneza.

Tanta ignorância e tanto ódio.

12:48 AM


Ah, ok, então, Lisboa é uma selva, não se respeita nada, nadinha, a não ser uma carta de Veneza. Obrigado, caros arquitectos...

E olhem, o escândalo, gosto de pastiches, assim como sei lá, talvez 99% da população não-arquitecta... :(


A sério, eu penso no que a vossa classe irá pensar da vossa geração, e o que não se irá rir, de vocês e as vossas cartinhas...
Um pouco como se gosta agora com as marquises...
"Olha filho, aquela merda foi feita porque eramos anti-pastiches, (lo0lo0l0ol0ol), é que os arquitectos na altura achavam que eram muita bons"

Anónimo disse...

Puxa João Garcia, a reclamar o apoio de 99% da população faz lembrar o Hitler! ... e esse sempre ganhou umas eleições democráticas só DEPOIS é que se proclamou de Guia da Nação (Führer)!

cumps.
f.

Anónimo disse...

e qual o problema do pastiche? estes tipos preferem deitar tudo abaixo ou deixar uma lembrancinha da antiguidade (fachada) e colocar um cubo espelhado atrás.


parecem umas bichas, houvem falar de pastiche e ficam logo enojadas;

o comentário do f. a falar de hitler?? focê só pode ser comuna que vê fascistas em todo lado. já agora deve defender os caixotes com marquises bem ao estilo sovietico

Arq. Luís Marques da silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Arq. Luís Marques da silva disse...

Dos factos que interessam:
A intervenção efectuada leva a todo o tipo de interpretações e como é lógico, nem sempre as mais correctas.
Isso não tira nem põe o que anteriormente referi:
O que aqui foi feito, foi uma ampliação ilegal, em vidro, num edifício classificado.
As tais cartas e demais papeladas evocadas, são para intervenções que estejam dentro da legalidade, com os pareceres vinculativos e obrigatórios dos organismos competentes, nomeadamente do IGESPAR…

A tal Carta de Veneza, refere-se e passo a citar:

"Artº11º- Os contributos válidos das diferentes épocas referentes à edificação de um monumento devem ser respeitados, não sendo a unidade de estilo um objectivo a alcançar no decurso de um RESTAURO. Desde que um edifício comporte várias épocas sobrepostas, a evidência de uma época subjacente não se justifica senão a título excepcional e na condição de que os elementos eliminados tenham pouco interesse, de maneira a que a composição final constitua um testemunho de alto valor histórico, arqueológico ou estético e que
o seu estado de conservação seja aceitável. O juízo sobre o valor dos elementos em questão e a decisão sobre as eliminações a efectuar não podem depender unicamente do autor do projecto."
in Carta de Veneza.

Ora aqui, neste caso concreto, há que saber interpretar o que se lê:
Não estamos a tratar de um restauro mas, tão somente, de uma obra de fachada, onde o edifício perde a sua identidade; o que resulta desta intervenção, é pura e simplesmente um edifício novo com a manutenção da fachada. É uma obra de fachada; não é um restauro!
Assim, onde é que alguém aqui, neste caso concreto, pode aplicar o articulado da tal Carta?

Tanta ignorância e tanto seguidismo…

Se a ampliação “pastiche” é condenável pelas cartas internacionais, nada há que sustente estes projectos de “fachadismo”, estas ampliações espelhadas, que são produto das mais básicas e ultrapassadas soluções, para intervenções em edifícios com estas características arquitectónicas. Ainda por cima numa cidade com a insolação que Lisboa tem, numa altura em que um dos primeiros pressupostos de uma boa intervenção, deve ser pugnar por atingir a máxima eficiência energética possível.

É uma má intervenção no património arquitectónico existente e nem sequer consegue ser uma boa intervenção nova.
Resultado, uma miscelânea “insonsa”…

Anónimo disse...

Caro F,
não pretendo fazer a defesa do Sr. Garcia porque não o conheço e para tal não fui encomendado. Mas não posso deixar de referir que o constante uso da desculpa "ditadura" já passaram de prazo, e há muito porque em 37 anos de democracia o resultdo é aquele que se pode constatar na classe política, no estado económico e no nível cultural da população que faz marquises ilegais à revelia de qualquer valor patrimonial, que muda janelas a seu belo prazer acabando a fachada como um mostruário mau de caixilharias diversas, que abarraca quando pode, que não vê que as "recuperações" que se têm feito por esta cidade fazem da nossa cidade uma urbe cada vez mais pobre e descaracterizada - quero ver até quando os turistas vão se enganar e vir a Lisboa com a idea de ver história e cultura - que não respeita o espaço público, que estaciona onde lhes dá geito, entre outras pérolas civilizacionais.
Os arquitetos portugueses, salvo raríssimas exeções, não estão preparados para intervir em cidades com história como Lisboa e se quer uma prova do que escrevo é reler o que escreveu e as palavras do Arq. Salgado que não vejo a hora de ser saneado do nosso panorama político. Não se envergonha quando vê este edifício na Av. da República e o compara com outros de igual importância noutras cidades europeias?
Ponha a mão na consciência porque a sua classe tem culpas no cartório.
Quanto ao pastiche, não fosse ele não haveria mais de 60% da cidade de Londres destruída na II Grande Guerra, e não haveria uma Igreja de Maria em Dresden, um Palácio de Catarina em São Petersburgo, e milhares de outros exemplos. Não venha mais com argumentos a suportar este tipo de intervenções descrita no post porque por mais palavreado técnico que invoque não fará deste ou de outro projeto semelhante bons projetos.

Anónimo disse...

Boa Arqº Luís Marques, tanto paleio e nem uma palavra sobre a sua gafe, afinal já percebeu que o Quinto piso é uma ampliação e ninguem demoliu o existente?

Anónimo disse...

Caro anónimo das 12:02 PM, só os comunistas sabem reconhecer o fascismo?

Quando vejo alguém reclamar o apoio de 99% da população à sua causa, só me posso lembrar do tal alemãozinho do bigode esqisito, e até esse, lembro-lhe, nas eleições democráticas que o levaram ao poder só teve 90% dos votos.

cumps.
f.

Anónimo disse...

Caro Anónimo das 12:18 PM

Que a minha classe (que é a mesma do colega Marques da Silva) tem culpas no cartório, não dúvido!

Tal como tem a sua - seja ela qual fôr!

Somos um pais de ignorantes que na ânsia de modernidade recusa o "velho"... e se os promotores não recuperam mais e melhor é porque não há nem procura suficiente, nem imposições legais nesse sentido, e quem faz as leis não são os Arquitectos.

Retomo, porque mantenho, o meu comentário a este mesmo edificio neste blog em Dezembro último:

"O desenho proposto não é feliz, mas o príncipio da distinção das épocas de intervenção está correcto."

E quanto aos arquitectos, uma coisa posso assegurar-lhe das pessoas que conheço morar em casas recuperadas POR DESEJO, e não POR RECURSO, bem mais de metade são arquitectos (ou pessoas ligadas à industria da criatividade).

cumps.
f.

Arq. Luís Marques da silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Parece que o anónimo das 2:48, para além de não saber interpretar a tal da "Carta", não sabe ler comentários: Condicionantes...

Anónimo disse...

Caro F.,
fico a saber pelo seu post que a sua área de conhecimentos e amizades se reduz a uma maioria de arquitetos e que conhece pouquíssimos casas antigas conservadas, restauradas e habitadas. Nada mais!
Volto a afirmar: o projeto é criminoso e lesivo para o património, é pobre como nenhum tipo de pastiche proposto poderia vir a ser, não tem desculpa para existir e em tempos vindouros será reprovável como deveria já ser hoje.

Julio Amorim disse...

Carta de Veneza....e um edifício onde resta 5-10% (?) dos materiais, formas e estruturas de origem....POR FAVOR !!!!

Anónimo disse...

"O desenho proposto não é feliz, mas o príncipio da distinção das épocas de intervenção está correcto."

Só nesta época é que não se aceita fazer de outra forma que não seja esta.
Até termo de pensar o que vai acontecer a Lisboa quando for novamente destruida pela Natureza.

Anónimo disse...

Caro Anónimo das 5:11PM:

Nunca nas minhas palavras leu a defesa da demolição de interiores de época, nem o "fachadismo", apenas, ao contrário de outros o considero um mal menor à destruição total.

Quando diz que este projecto "é pobre como nenhum tipo de pastiche proposto poderia vir a ser" concerteza que está apenas a falar da fachada em vidro do 5º Piso e das laterais porque os interiores com ou sem pastiche iriam á vida em ambas as opções - discordo!

Mantenho, isso sim, que quando se trata de ampliações, "pastiche" nunca será a melhor opção, veja a confusão do meu colega Marques da Silva, que apesar de ser arquitecto (e portanto pressupoe-se mais atento a estas coisas) até ficou baralhado a pensar que o 5º piso era uma pre-existência e não uma ampliação nova.

Cumps.
f.

Xico205 disse...

Anónimo:
Até termo de pensar o que vai acontecer a Lisboa quando for novamente destruida pela Natureza.

11:57 AM

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Pode ser que os donos deste blog morram todos já que gostam de velharias sem construção antisismica, e aí Lisboa fica com os residentes mais modernos a fazer a cidade e o país evoluirem.

Arq. Luís Marques da silva disse...

Velharias sem construção anti-sísmica? Boas recuperações no edifícios antigos, nomeadamente nos pombalinos e nestes e os problemas com os sismos seriam muito diminuidos. Aliás o plenário do Parlamento é disso exemplo...

Xico205 disse...

O parlamento é que podia cair num sismo com os deputados (ladrões/chulos)todos lá dentro. Era da maneira que havia uma total renovação da classe politica.