04/09/2012

Sugerido à Carris acabar com bilhetes a bordo do 28



Eléctricos de Lisboa
Sugerido à Carris acabar com bilhetes a bordo do 28
Por Carlos Filipe in Público
Acabar com a sobrelotação nos eléctricos de Lisboa, evitar perturbações na circulação e transtornos aos seus utilizadores e à comunidade turística é a mais recente chamada de atenção da plataforma cívica Fórum Cidadania Lx (FCLX), que lançou sugestões às administrações da transportadora e da cidade, e fê-lo saber às editoras de guias turísticos estrangeiros dedicados a Lisboa.
Segundo aquela associação de cidadãos, a supressão da venda de bilhete de bordo na carreira 28 do eléctrico, que serve as comunidades locais, mas também por ser a de maior afluxo turístico no Verão, é tida como medida fulcral para melhorar a circulação, os tempos de espera e filas de acesso, mas também para ajudar a resolver o que diz ser um "escândalo que todos envergonha": o elevado número de carteiristas que operam naquele transporte público.
...Na carta dirigida aos agentes de promoção turística, à Carris e ao presidente da câmara, António Costa, o FCLX encoraja os visitantes a utilizarem estes transportes públicos, mas sugere que os guias os alertem para a vantagem de adquirirem os bilhetes pré-comprados e para terem em atenção que aqueles transportes históricos da cidade, eléctricos, elevadores e ascensores, muito antes de terem aptidão turística, já serviam as comunidades locais.
O apelo é também dirigido à transportadora e à direcção da autarquia, para que encontrem formas de promover outros percursos menos utilizados, apontando o exemplo do ascensor do Lavra e a reabilitação do espaço público nas envolventes do Lavra e do ascensor da Glória. No mesmo sentido, apelam os subscritores da carta que se retome o diálogo para o regresso do eléctrico 24 às linhas (entre Cais do Sodré e Campolide).
O regresso daquela carreira, descontinuada em 1997, estava nos planos camarários de circulação da Baixa e de reformulação do Cais do Sodré, anunciada para depois da empreitada da Ribeira das Naus, desejo que não era partilhado pela Carris. Em Fevereiro de 2011, ainda que dissesse estar a ser objecto de estido, a Carris precisou ao PÚBLICO que tal projecto, "face aos grandes financeiros e à existência de boas alternativas de transporte público naquele eixo, não é prioritário no curto prazo."

2 comentários:

Cristina Carvalheiro disse...

O problema do electrico 28 não é existir venda de bilhetes a bordo, é justamente venderem-se cartões viva e bilhetes pré-comprados a turistas.
Caso se fizesse como na Holanda, onde é necessário provar a residência para aquisição destes bilhetes, bastaria ter uma tarifa de bordo superior ao bilhetes dos eléctricos turísticos que fazem o mesmo percurso.
No dia em que o eléctrico 28 ficar mais caro ao turista que o eléctrico turístico, ele deixa de andar como sardinha em lata com 30ºgraus de temperatura no 28.
É simples, não é?
Bestante mais simples que tirar tarifas de bordo que não são quase utizadas pelos turistas e que as crianças que utilizam o eléctrico para ir para escola às vezes têm de utilizar, pelos esquecimentos do costume.

BRUXA disse...

É pena os turistas continuarem a ser vistos como as "galinhas dos ovos de oiro" e só faltava realmente depená-los, como sugere a sra.Dona C.Carvalheiro!
Os turistas "carregam o Lisboa Viva" e acabam por se ir embora sem o terem gasto, agora diga-ma lá, quem ganha com isso? Acha que os turistas precisam de Lisboa ou de Portugal para passarem férias ou será que Portugal precisa dos turistas?
Pense 2 ou 3 vezes antes de dizer tais disparates....!!!!!