11/09/2012

Viagens pela Minha Cidade - Rua Carlos Mardel e Arredores

Caros leitores,

quando há seis anos decidi adquirir um apartamento na Rua Carlos Mardel não sabia que, passado esse tempo veria o meu investimento tão valorizado, assim como a minha qualidade de vida.
Não sei bem a quem agradecer e por isso dedico este artigo a quem de direito contribuiu e contribui, ativamente ou por omissão, para este meu estado atual de gratidão.
Senão vejamos: há seis anos paguei o que pensei ser demasiado por um apartamento de cinco assoalhadas mas como o mercado estava deveras inflacionado pensei que não haveria outra forma de adquiri-lo. Também tinha noção que era uma área quasi popular, habitada por uma maioria de cidadãos muito enraizados, onde negócios tradicionais se mantinham estoicamente contra os grandes centros comerciais. Fiquei entusiasmado com o desafio e com o que poderia aprender com a experiência, malgrado não haver jardins ou árvores na rua, espaço de estacionamento e outras mordomias sem as quais pensamos não poder passar.
Mas hoje percebo, claramente, como tomei a decisão certa que passo a demonstrar com imagens (desculpem-me a gabarolice):

Não havia jardins ou árvores mas agora a natureza premiou-nos com uma rua florida e verde




Aqui não precisamos de contentores que, dentro dos regulamentos camarários, são colocados na rua a determinadas horas e recolhidos a outras. Deixam-se os sacos nas ruas, pelas caldeiras das árvores, pelos cantos e os serviços camarários recolhem regularmente pelo que nem sentimos a diferença:








A minha rua é verdadeiramente uma rua histórica e a comprovar isso temos os passeios e lancis, originais do século XVIII.






Na minha rua há comércio de qualidade. E sempre sensíveis ao bom gosto e património.








E quem quer publicitar o seu negócio encontra aqui uma parede, caixa de eletricidade ou de gás amigas.






Sempre se encontra estacionamento e respeitam-se as vias de circulação, sinalização vertical e horizontal, espaços de descarga.








Aqui o peão tem o primado e é rei...







Aqui vivem pessoas importantes, como um médico...






E somos todos dados à modernidade e comodidade. O portão aqui mostrado substitui um outro, antigo e estilísticamente da mesma época da casa, mas claro, nada moderno como agora, bastante melhor!






Também protegemos e apreciamos a arte de rua.


Por tudo o que aqui vos pude mostrar, estou grato. Não posso deixar de fazer referência às autoridades, políticas, administrativas e policiais, por apoiarem a livre expressão dos cidadãos e aos cidadãos que tanto contribuem para o bem estar de todos.




5 comentários:

Anónimo disse...

Já vivi 2 vezes nessa rua. Gostei muito da primeira vez e acabei por voltar. Só que agora está nesse estado, é um nojo, simplesmente. Por isso, fui-me embora mais uma vez, e desisti de viver em Lisboa.

Anónimo disse...

a zona leste do eixo gago coutinho - almirante reis deve ser evitada para viver ou passear.

Anónimo disse...

São as maravilhas de que desfruta quem mora na favela... só falta a vista para a baía de Guanabara.

Paulo Nunes disse...

Mas a rotunda do Marquês vai ficar um espetáculo! ;->

Ao menos que cativassem parte das verbas dos reboques da EMEL para benefício direto dos residentes ...

Anónimo disse...

Boa noite. Vim morar à cerca de 5 meses para o Bairro Dos Actores/Carlos Mardel. Gosto do bairro,da harmonia da arquitectura dos edificios e da casa que comprei. O oposto da mixórdia que existe espalhada por esta cidade. Infelizmente as pessoas transformam diariamente as ruas numa autentica lixeira, passadeiras e passeios em estacionamento particular, sanita dos cãozinhos e afins, paredes riscadas pelos "ilustres" estudantes universitários e outros, também alguma falta de manutenção dos serviços camarários, etc. Gosto da cidade onde nasci, moro e vivo e nada me leva para subúrbios.
Tenho pena, no entanto, que os lisboetas e portugueses em geral sejam tão por..s e terceiro-mundistas no comportamento cívico. Reclamam só os direitos mas não exercem as suas obrigações como as de cidadania e civismo. Disse..