Mostrar mensagens com a etiqueta Art Déco. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Art Déco. Mostrar todas as mensagens

02/10/2018

Mais uma machadada da CML no Bairro das Colónias. Haja vergonha, CML!


Mais uma machadada da CML no Bairro das Colónias (supostamente protegido no PDM), com a ampliação estilo "cabeçudo" do nº 20 da Rua do Zaire, um prédio intacto e acabadinho, aliás, de pintar e renovar... céus, e dizia o vereador Manuel Salgado que a CML iria classificar o Bairro. A CML não tem vergonha de estar a incentivar a destruição de um bairro único em Lisboa? E a DGPC calou e consentiu? Vergonha!

04/05/2017

Att. Sr. Vereador Manuel Salgado #2

Para quando o cumprimento da promessa feita em 2013 de se avançar com a classificação do Bairro das Colónias? É que cada vez há mais adulterações e falsificações neste bairro magnífico e por este andar qualquer dia só restam ... fachadas.

(fotos de Fernando Jorge)

Att. Sr. Vereador Manuel Salgado #1

Para quando o Regulamento/Caderno de Boas Práticas para o Bairro Azul, Classificado de Interesse Municipal desde 2009 e que esteve 10 anos à espera de o ser? Quantos mais anos à espera? É que sem esse regulamento a classificação vale apenas, e às vezes nem isso, para salvaguardar... fachadas.
(fotos de Fernando Jorge)

23/08/2016

Viva! Um Museu Arte Nova e Art Déco em Lisboa!


Na Rua 1º de Maio, vai nascer o Museu Berardo de Arte Nova e Art Déco... no edifício do mirante, mesmo por baixo da ponte. Boa notícia. Muita curiosidade em ver o que sai dali... (dica e foto da Inês Beleza Barreiros)

05/10/2015

Afinal de contas, CML, tanta promessa e ...


Afinal de contas, CML, tanta promessa e ... quando é que o Bairro das Colónias é CLASSIFICADO? Aguardamos... (foto: blog Bairro das Colónias)

Afinal de contas, CML, tanta promessa e ...


Afinal de contas, CML, tanta promessa e ... quando é que o Bairro Azul , que está classificado desde 2009, tem o tal Regulamento (ou manual de boas-práticas, ao menos isso)? Aguardamos... (foto: Fernando Jorge)

04/05/2015

Mais casos de sucesso e a apoiar no Bairro das Colónias:


Depois das boas práticas da Padaria Saudade (https://www.facebook.com/pages/Padaria-Saudade/1379981348993411?fref=ts, foto acima), cujo café minimalista, em respeito total pelo espaço Déco, continua a ter pão à venda no Bairro das Colónias, mais outra iniciativa empreendedora que merece o nosso aplauso e, no caso, irmos lá comer um gelado:

A Fábrica do Gelado (https://www.facebook.com/fabricadogelado?fref=ts, foto abaixo), também numa antiga padaria, que restaurou, inclusive, 3 dos 6 painéis pintados que ornamentavam a padaria.

O Bairro das Colónias vai melhorando, aos poucos, mas vai.

Só falta a CML abrir o procedimento da sua classificação como Conjunto de Interesse Municipal, que o é, indiscutivelmente.

30/03/2015

ALERTA sobre edifícios de Pardal Monteiro, em vésperas de "Lisbon Week"

Foto 1

Foto 2

Foto 2A

Foto 3

Foto 4


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. António Costa
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


Cc. DGPC, AML, Lisbon Week, Atelier PMA e Media


Considerando a feliz coincidência da 3ª Edição da “Lisbon Week”, a ter início a 11 de Abril, se debruçar sobre o legado do Arq. Porfírio Pardal Monteiro na zona de Alvalade e a sua prodigiosa obra pública construída um pouco por toda a cidade, cremos ser oportuno chamar a atenção de Vossas Excelências para a necessidade de se salvaguardar e recuperar algum desse e de outro legado que o insigne arquitecto nos deixou e que consideramos estar desaproveitado, em perigo ou, pior, abandonado e maltratado, a saber:

1. Edifício particular da Rua António Enes, nº 13-15 (foto 1)
Edifício modernista, de 1936, devoluto, à venda, janelas com vidros partidos.
Incluído na Carta Municipal do Património, anexa ao PDM (item 50.79)
Solicitamos à CML que intime o proprietário a proceder à recuperação da fachada, à reparação das janelas e à reparação urgente da sua cobertura em terraço, uma das primeiras a existirem em Lisboa.

2. Edifício particular da Av. Marquês Sá da Bandeira, nº 18-20 (fotos 2 e 2a)
Moradia modernista, datada de 1933, devoluta e abandonada.
Incluído na Carta Municipal do Património, anexa ao PDM (item 50.22)
Solicitamos à CML que intime o proprietário a proceder à limpeza e à manutenção da fachada, bem como à limpeza do logradouro.

3. Edifício particular da Avenida da República, nº 49-49D (foto 3)
Prémio Valmor de 1923, maioritariamente ocupado, mas a denotar patologias várias, desde o roubo de materiais decorativos até alguns destacamentos de estuques e rachas nas paredes.
Solicitamos à CML que intime o proprietário a proceder à recuperação, pelo menos, do hall de entrada e das escadas e da fachada a tardoz.

4. Edifício particular da Avenida Cinco de Outubro, nº 207-215 (foto 4)
Moradia Déco, datada de 1929, conhecida como “Casa António Bravo”.
É Imóvel de Interesse Público desde 2008. Esta moradia única em Lisboa e que, a nosso ver, deveria ser uma casa-museu Déco (seria a nossa Villa Necchi Campiglio), está devoluta e à venda.
Solicitamos à CML e à DGPC que garantam, em sede de caderno de encargos, quais as obras de alterações a permitir neste edifício.

5. Edifício-sede do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade.
É Imóvel de Interesse Público desde 1996 e Prémio Valmor de 1940.
Este edifício modernista, ex-libris de Lisboa, foi recentemente adquirido por um grupo empresarial ligado à construção civil e à hotelaria, desconhecendo-se o seu futuro a médio-prazo.
Solicitamos à CML e à DGPC que garantam, em sede de caderno de encargos, quais as obras de alterações a permitir neste edifício. E à CML para que inste o proprietário a proceder à recuperação da pintura de Almada na fachada norte e a dar um uso compatível à magnífica sala do piso térreo.

6. Por fim, apelamos à APL e à CML para que concebam um programa conjunto de exploração, viabilização e promoção turística e cultural das Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha Conde d’Óbidos, ambas classificadas como Monumento de Interesse Público, de modo a que o grande público as conheça e usufrua enquanto espaços de excepção, que o são.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Gonçalo Cornélio da Silva, Cristiana Rodrigues, João Oliveira Leonardo, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Maia, rui Martins, Fernando Jorge, Inês Beleza Barreiros, Jorge Pinto, Luís Marques da Silva, Maria Reiche, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Beatriz Empis

07/03/2015

Entre a fortuna e o azar vão apenas 50 metros:


A este do Arco do Cego, em frente ao mausoléu CGD, saiu-lhe a sorte grande, mau grado a praga dos perfis em pvc (não há bela sem senão).


Já este outro, coitado, também Déco, na rua antes, na Av. Barbosa du Bocage, virado para o muro das Galveias, não há meio de deixar a mala pata (mas não há mal que sem dure).

06/03/2015

Um final feliz, uma boa prática:


Esta padaria teve o futuro negro, quando fechou, pelo que este café, pelo carinho que demonstra para com o espaço único em que está, merece aplauso e incentivo. Publicidade gratuita, sem sombra de dúvida.

E estão todos de parabéns, já agora, nós aqui também.


Fotos in Faceboook

25/11/2014

4ª Visita Norte Júnior: Eixo Avenida da República


 O chamado Edifício da Versalhes
 Historiadora Catarina Oliveira. em frente do Edifício da Casa Xangai

 Av. República 55, pioneiro Art Déco em Lisboa, ameaçado de demolição
 Av. República 71, exemplo da sofisticação Art Déco de Norte Júnior


Embora raramente falado, o legado do Arquitecto Norte Júnior em Lisboa inclui dois extraordinários prédios de apartamentos no sofisticado Art Déco: Avenida da República Nº 55 de 1929 e o Nº 71 de 1933 - que Norte Júnior desenhou para uma clientela endinheirada e desejosa do luxo Art Déco que irradiava de Paris. As duas Historiadoras chamaram a atenção para o facto de o edifício de 1929 representar uma das primeiras experiências Art Déco da cidade, e do Arq. Norte Júnior, revelando por isso que estava bem actualizado com as tendências dos centros culturais da Europa. Este edifício tem ainda uma caracteristica importantíssima pois já foi construído com a então jovem tecnologia do betão armado. O FCLX informou os presentes que existe na CML um projecto que pede a demolição deste imóvel, algo que indignou todos pois consideramos ser inaceitável destruir património com este significado capital! Mais à frente, ao chegarmos ao Nº 71, fomos premiados com o ambiente de requinte de desenho e de materiais criado por Norte Júnior em 1933. O passeio terminou com a visita a mais dois prédios gémeos Art Déco na Av. de Berna e ao palacete no gaveto da Av. República e Av. Berna, actual sede da Junta de Freguesia das Avenidas Novas que apoiou esta iniciativa do FCLX.

Pela observação atenta dos edifícios que se fez ao longo de toda a manhã, e ajudados pelas competentes guias do passeio, ficamos esclarecidos quanto à urgência de salvar este património notável, muitas vezes mal compreendido ou simplesmente tratado como coisa velha e descartável. E houve de tudo um pouco durante a nossa visita: desde o maravilhosamente bem cuidado e amado palacete onde se instalou o CLUBE MILITAR NAVAL, até aos dois desprezados prédios de rendimento na Avenida da República. Há agora que mobilizar os cidadãos para que a CML não assine a pena capital deste património único de Lisboa.

01/11/2014

2 edifícios Norte Júnior, 1 estilo, 4 caras diferentes mas parecidas, 2 proprietários bastante diferentes:


Avenida António Augusto de Aguiar, 143: Prédio com fachada esburacada.

Avenida Barbosa du Bocage, 109: Prédio com fachada acabadinha de pintar.

01/10/2014

A propósito da n/reclamação recente para a necessidade de Regulamentar...


... A celebrada classificação de Interesse Municipal do Bairro Azulo, de modo a que se corrijam e evitem determinadas situações que põem em causa a estética do bairro e a própria classificação; situações por demais ameaçadoras à estética e homogeneidade do Bairro das Colónias/Novas Nações, fica a boa notícia que, FINALMENTE, há um documento escrito sobre a necessidade da CML proceder do mesmo modo com este último, ou seja, de a CML precisar de abrir o processo de classificação do antigo Bairro das Colónias (hoje oficialmente Bairro das Novas Nações), dando assim seguimento aos anseios dos moradores, de todos quantos se importam com esta "coisa" do Património e, claro, à Recomendação (MPT) aprovada na sessão de 16 de Setembro da Assembleia Municipal de Lisboa:

20/09/2013

HOJE - Bairro das Colónias: Visita guiada pelo Arq. José Manuel Fernandes - 20 Setembro 18H


No âmbito das Jornadas Europeias do Património 2013 o Fórum Cidadania Lx promove mais uma iniciativa de chamada de atenção para o Património Arquitectónico do séc. XX, organizando uma visita guiada a um conjunto urbano emblemático do Movimento Moderno do país: o Bairro das Colónias. Venha ver e compreender porque razão se defende a classificação deste bairro coerente e ainda intacto como de «Interesse Municipal».

Sexta-feira, dia 20 de Setembro de 2013 - 18h

BAIRRO DAS COLÓNIAS
Guia: Prof. Arq. José Manuel Fernandes

O ponto de encontro é a Praça das Novas Nações, frente à Escola Municipal, e a visita inicia-se às 18h00.

Esta acção tem o apoio da Comissão de Moradores do Bairro das Colónias.


As visitas são gratuitas. Participe!

Transportes: Metro: ANJOS; Autocarros: 712, 726, 730 e 734

16/08/2013

Roubo de metais não preciosos:


Em Alvalade, Areeiro, Avenidas Novas, Bairro das Colónias e Bairro Azul.

Numa reportagem do Portugal em Directo, AQUI!

07/08/2013

Mobiliário urbano a saque


In Sol (6/8/2013), por Margarida Davim. Versão online, AQUI.

19/06/2013


Exmos. Senhores
Engª Leonor Pinto,
Eng. Rui Simão,


Sendo V. Exas responsáveis, respectivamente, pela UIT Centro e pela zona dos Anjos, somos a solicitar o V/esclarecimento para o seguinte:

Como é possível que a Câmara Municipal de Lisboa inscreva, e bem, no Inventário Municipal anexo ao PDM o Bairro das Colónias, reconhecendo-o como conjunto urbano de valor patrimonial e cultural para a cidade, e depois dispense o licenciamento de dispositivos de publicidade como o que polui a fachada Art Déco do edifício sito na Rua Forno do Tijolo, nº 46, conforme documentamos em foto em anexo?

Com efeito, é essa a resposta enviada pelo site Na Minha Rua à queixa apresentada oportunamente, e referenciada com o nº OCO/82617/2013!

Maior a nossa estupefacção quando é público que os dispositivos publicitários não podem ocultar elementos decorativos dos edifícios, conforme consta no Artigo 13º da Deliberação nº 146/AM/95.

Certos da V/melhor atenção, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Luís Marques da Silva

16/04/2013

Moradores entregam à Câmara de Lisboa projecto de reabilitação do Bairro Azul


In Público Online / LUSA (16/4/2013)

«Cerca de 50 moradores e comerciantes do Bairro Azul, em Lisboa, enviaram ao presidente da Câmara um projeto de reabilitação da zona para valorizar a sua vertente turística e, consequentemente, impulsionar o comércio local.

“O Bairro Azul foi o primeiro a ser classificado como ‘conjunto urbano de interesse municipal’ e dos poucos da época déco/modernista que se mantém intacto. É muito central e está rodeado de grandes equipamentos e jardins, todos eles desenhados pelo arquiteto Ribeiro Telles, mas precisa de um plano de valorização para se tornar mais atrativo turisticamente”, disse à agência Lusa a coordenadora da Comissão de Moradores do bairro, Ana Alves de Sousa.

Por isso, cerca de meia centena de moradores e comerciantes do Bairro Azul -- na envolvente da mesquita de Lisboa, freguesia de São Sebastião da Pedreira - entregaram, na segunda-feira, um Projeto Global de Requalificação e Revitalização da zona, que contém ideias que têm sido apresentadas aos sucessivos executivos nos últimos dez anos.

Para comerciantes e moradores, o pequeno comércio do bairro “está em causa” e “precisa de um impulso”, que poderia partir de uma “valorização da arquitectura” déco e modernista da zona.

O projecto de requalificação, a que a Lusa teve acesso, propõe a divulgação do Bairro Azul como o “Bairro Déco/Modernista Património de Lisboa” e a sua requalificação, nomeadamente pela reabilitação do edificado e do espaço público.

“O nome Bairro Azul advém dos gradeamentos e persianas da zona, que eram todas azuis. Fazia sentido que a Câmara de Lisboa fizesse um ‘manual de boas práticas’, definindo paletes de cor, materiais e possíveis intervenções, para não desvalorizar o bairro”, sugeriu Ana Alves de Sousa.

Já no que diz respeito à reabilitação do espaço público, e depois da classificação do bairro como "Zona 30" (onde não é possível circular a mais de 30 quilómetros por hora), a Comissão de Moradores propõe a “libertação do atravessamento automóvel” e a conclusão do estacionamento para moradores num silo automóvel, que desde 2009 tem “conclusão para breve”.

Moradores e comerciantes pedem ainda a construção de um parque infantil, o aumento do policiamento de proximidade, mais ecopontos (enterrados) e o reforço da limpeza diária das ruas.

Para a divulgação do Bairro Azul e a atracção de visitantes e, consequentemente, a dinamização do comércio, o projecto de reabilitação propõe a realização de uma exposição, a edição de uma monografia, a realização de feiras e a venda de artigos sobre a zona.

“Não temos estimativa para o investimento necessário. Mas as medidas não têm de ser implementadas todas ao mesmo tempo. O que é prioritário é a requalificação do espaço público, das ruas e dos passeios, alguma requalificação dos edifícios e a divulgação do azul como a imagem do bairro. Mas tudo isso poderia ir sendo feito de uma forma faseada à medida que fossemos arranjando patrocínios”, admitiu Ana Alves de Sousa.

A coordenadora considerou que seria “interessante formar uma equipa liderada pela Câmara de Lisboa” que integrasse elementos da autarquia, moradores e comerciantes do bairro, tal como mecenas e patrocinadores, “talvez provenientes dos equipamentos da zona”, da Universidade Nova, à Fundação Gulbenkian ou ao El Corte Inglés.

“É um projecto global para aquilo que achamos ideal para o bairro, mas também para a cidade. Se o bairro azul fosse valorizado e se este modelo funcionasse noutros bairros seria bom para a requalificação de Lisboa”, sublinhou. Em ano de eleições autárquicas, moradores e comerciantes esperam que, passados mais de dez anos dos pedidos de requalificação e divulgação do bairro, o executivo municipal avance com este projecto.»

03/04/2013

S.O.S. Padaria Art Déco da R.Angola 1/R.Moçambique 23-B (Anjos)

Eis a resposta da CML, que muito apreciamos, colocando-nos à disposição da CML para o que ela entender por bem fazer no sentido de garantir que a bela e intacta padaria continue a sê-lo mesmo que mude de ramo:


Ex_mos Srs.
Fórum Cidadania Lx

Incumbe-me a Sra. Diretora desta Unidade Territorial de acusar a receção do vosso e-mail relativo à Padaria sita na Rua de Angola nº1 tornejando com a Rua de Moçambique 23-B na freguesia dos Anjos de informar que:

1. No que concerne ao espaço em causa e, de acordo com informação da Divisão de Salvaguarda do Património Cultural (em anexo), "De acordo com a Deliberação da Assembleia Municipal de Lisboa, publicada no DR 2ªsérie, nº168, de 30 de agosto de 2012 (aprovação do Plano Director Municipal, incluíndo o Regulamento, a Planta de Ordenamento e a Planta de Condicionantes), não só do Bairro das Colónias, como o edificio em causa, integram a carta Municipal do Património Edificado e Paisagistico de Lisboa. Tal obriga a que, por este motivo, qualquer intervenção a realizar sobre estes bens tenha de privilegiar a sua conservação e valorização, a longo prazo, de forma a assegurar a sua identidade e a evitar a sua destruição, descaracterização ou deterioração".

2. Consultado o sistema informático "Gesturbe", não consta para o local qualquer pedido de alterações.

3. Contactada a Autoridade de Saúde Alimentar e Económica - (ASAE), informaram-nos não terem tido qualquer tipo de intervenção no encerramento do estabelecimento mencionado.

4. Em deslocação de técnico destes serviços ao local, constatou que o estabelecimento se encontrava encerrado sem qualquer indicio que esteja ou tenha sofrido obras recentemente.

5.Contactada a entidade exploradora," Pregal-Padarias Reunidas da Graça e Alfama, Lda", informaram que encerraram no final do ano de 2012 por razões de organização interna e questões financeiras, não tendo decidido até ao momento qual o futuro da empresa e se reabrirão os vários estabelecimentos encerrados.

Com os melhores cumprimentos

Clara Costa
Câmara Municipal de Lisboa
Unidade de Intervenção Territorial Centro»


Exmo. Sr. Presidente da Câmara
Dr. António Costa,
Exmo. Sr. Vereador
Arq. Manuel Salgado,
Exma. Sra. Vereadora
Dra. Catarina Vaz Pinto


Assunto: RARA PADARIA ART DÉCO EM RISCO DE SER DESFIGURADA NA RUA DE ANGOLA 1/ RUA DE MOÇAMBIQUE 23-B (ANJOS)


No seguimento dos nossos sucessivos alertas em defesa de uma política camarária de Urbanismo Comercial e pela salvaguarda pró-activa do Comércio de Carácter e Tradição de Lisboa é com bastante preocupação que levamos ao conhecimento de V. Exas. que se encontra em risco iminente de destruição uma Padaria Art Déco do Bairro das Novas Nações, nos Anjos.

Referimo-nos à PADARIA sita na Rua de Angola 1 / Rua de Moçambique.

Este estabelecimento encerrou temporariamente as suas portas porque a Lei obriga as padarias a terem um balcão frigorífico. Ora, esta padaria mantém intacto e em óptimas condições o balcão original todo em mármore e lioz desenhado especificamente para o local em 1933; no que se constitui uma inestimável mais-valia para esta e para a nossa cidade, uma vez que é autêntica raridade encontrar-se em Lisboa estabelecimento similar.

A verificar-se esta exigência (camarária?) de destruição deste balcão de época, uma peça de mobiliário única e que, afinal, pode perfeitamente ser adaptada aos novos tempos, mas com sensibilidade e bom senso; tal será um crime de lesa-património! Tendo em conta as várias dezenas de padarias lisboetas que já destruíram o seus interiores (incluindo azulejos) do mesmo modo, esta "sobrevivente" deve ser aproveitada para se criar uma recuperação exemplar desta tipologia de património.

Este é um estabelecimento comercial que faz a diferença, que precisa ser acarinhado por todos nós e, em particular, pela CML. Não basta dar “protecção” via inclusão na Carta de Património no PDM e/ou em regulamentos que são letra morta; é preciso ajudar activamente na salvaguarda deste tipo de estabelecimentos, que resistem!

Nesse sentido, solicitamos a V. Exas. para que a lei da "Segurança Alimentar" não seja cega e indiferente a esta jóia do Art Deco lisboeta; e para que, tal como já havíamos feito em 2008, seja aberto pela CML, com urgência, o processo de classificação deste estabelecimento como Imóvel de Interesse Municipal.

Segue em anexo, resenha histórica sobre esta padaria Art Déco.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos,

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Ana Alves de Sousa, Carlos Matos, João Mineiro, António Sérgio Rosa de Carvalho, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Luís Marques da Silva, Alexandra Maia Mendonça, Nuno Caiaro

CC: PREGAL, AML, MUSEU NACIONAL DO AZULEJO, JF ANJOS

BREVES FACTOS HISTÓRICOS: PADARIA "ART DECO" - RUA DE ANGOLA, 1 / RUA DE MOÇAMBIQUE, 23-B Autor do Projecto de Arquitectura do imóvel: Eng. Pedro Nunes (1 Maio 1933; obra nº 46739)
Autor dos interiores e mobiliário da Padaria: Eng. Pedro Nunes (6 Novembro 1933; Processo nº 9868).
Nota: o prédio e padaria ficaram concluídos em Janeiro de 1934 tendo recebido licença da CML a 15 Abril 1934.

Esta Padaria, na sua realidade interior e exterior, está intacta desde 1934 ano em que foi inaugurada. O interior apresenta um belíssimo revestimento em azulejo, da famosa Fábrica Lusitânia, com motivos Art Déco, incluindo dois painéis ovalados retratando o fabrico de pão e criados especificamente para esta padaria. Também de origem são os belíssimos expositores e balcão em mármore e lioz de várias cores. A linguagem Art Déco pode ainda ser vista nos mosaicos do pavimento, estuques do tecto e na frente de loja/montras em elegantes caixilharias de ferro. Tudo está intacto e em boas condições de conservação. Este estabelecimento é uma raridade, uma jóia do nosso património Art Deco que a cidade não pode perder ou ver desfigurado por ignorância ou distracção. Será muito provavelmente a única Padaria Art Déco que resta na capital com este nível de autenticidade e qualidade artística. A padaria é propriedade da PRAGAL, Padarias Reunidas da Graça e Alfama, empresa que está consciente da sua beleza e do valor patrimonial, mas que se vê obrigada a fazer obras de alteração por força de uma Lei que ainda não considera as especificidades do património arquitectónico, o que a nosso ver é grave!

25/03/2013

No rescaldo da visita ao Bairro das Colónias:



No melhor pano cai a nódoa, ou como estes 2 maus exemplos, não sendo, de todo, regra no magnífico Bairro das Colónias, são a evitar de futuro, e a eliminar no dia em que a CML resolva preservar o património Déco e modernista da cidade.