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05/07/2022

Letreiro da loja Zilian /(antiga) Retrozaria Irmãos David)/ Apêlo

Exmos. Senhores

CC. Vereadora Urbanismo CML, AML, ACL/CCIP

Como será do v/ conhecimento, a fachada da vossa loja na Rua Garrett, nº 112, em Lisboa, encontra-se classificada na Carta Municipal do Património do Plano Director Municipal em vigor, item 27.26A “(Antiga) Retrozaria Irmãos David”.

Nesse âmbito, chamamos a V/atenção para a necessidade de se proceder ao restauro dos letreiros existentes sobre as montras dessa loja, e à recolocação das letras em falta neste momento (conforme imagem em anexo).

Tendo esta Associação como objecto a defesa do património de Lisboa (artigo 2º dos nossos estatutos) e desenvolvendo para tal as actividades que se considerem necessárias e convenientes para assegurar a sua prossecução (artigo 3º), solicitamo-vos que diligenciem para a salvaguarda e boa manutenção do magnífico letreiro que embeleza a v/loja.

Colocando-nos à v/disposição para ajudar no que for possível, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Gustavo da Cunha, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Rui Martins, Carlos Boavida, Fernando Jorge, Irene Santos, Maria do Rosário Reiche

...

Resposta do GVJA, em 18/7/2022:

Exmos. Senhores,

Relativamente ao assunto em epígrafe, encarrega-me o Coordenador de Gabinete, Dr. Henrique Galado, de informar que, em 15 de julho de 2022, após visita técnica ao local, o proprietário do estabelecimento foi notificado para proceder à recolocação dos elementos em falta no letreiro instalado na fachada do edifício.

Com os melhores cumprimentos,

Nelson Coutinho Alves

Assessor

Câmara Municipal de Lisboa
Gabinete da Vereadora Joana Almeida

17/02/2022

Pedido de chumbo ao projecto da USF Ribeira Nova/SRU

Exmo.Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Presidente do C.A. da SRU Lisboa Ociental
Prof. António Lamas


CC. AML, Vereadora do Urbanismo e Agência LUSA

Serve o presente para apelarmos a V. Exas. para que, contrariando uma prática de 15 anos de CML de demolições e construções novas na zona histórica de Lisboa, não aprovem a demolição do edifício do antigo Dispensário Central Rainha D. Amélia (hoje utilizado pela USF Ribeira Nova), demolição integral prevista no projecto de construção nova sob processo refª GU/2022/310, submetido à CML em Janeiro de 2022 e em apreciação pelos Serviços da CML.

Com efeito, este projecto da iniciativa da SRU Lisboa Ocidental - cuja oportunidade e justificação, aliás, se nos afiguram questionáveis, dado não só o preço base previsto de 2,6 milhões de euros da nova construção, como as obras avultadas por que este mesmo edifício passou há pouquíssimo tempo com vista à sua adequação às exigências de então (2014, foto 3) em termos de prestação de cuidados de saúde, obras essa também custeadas pelo erário público - implicará a demolição integral de um edifício que, embora adulterado por dentro e reconstruído há cerca de 25 anos, foi desenhado originalmente pelo arq. Carlos Ramos em 1932, com base em estudos de Raul Lino, seguindo um projecto tipo de construções para aquele fim, implementado por todo o país.

Pelo exposto e, certamente, também pelo facto de se tratar de um edifício perfeitamente enquadrado naquele lugar específico da Lisboa, numa zona histórica consolidada (São Paulo), “abrindo-se à rua”, este edifício que agora se pretende demolir (fotos 1 e 2), consta da Carta Municipal do Património (item 49.48 Antigo Serviço de Luta Anti-Tuberculosa, Instituto Rainha D. Amélia) e, como tal, não nos parece plausível defender-se a sua demolição, tratando-se, para mais, de um prédio em boas condições.

Acresce que o projecto de demolição integral, proc. GU/2022/310, defende a construção de um edifício claramente dissonante para a zona de São Paulo, um edifício monolítico de impacte intrusivo, cujo desenquadramento em termos da leitura do quarteirão é bem visível nos cortes constantes da montagem incluída memória descritiva (foto 3). O edifício proposto não tem nenhuma mais valia cultural, seja arquitectónica ou urbanística: a operação proposta resulta numa perda para a cidade por assentar em pressupostos meramente pragmáticos, o que não se afigura como critério suficiente para justificar a demolição do que lá existe.

Pelo exposto, renovamos o nosso pedido de reprovação a este projecto naquele local.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Maria Ramalho, Luís Carvalho e Rêgo, Pedro Jordão, Helena Espvall, Fernando Jorge, Luís Mascarenhas Gaivão, Martim Galamba, Pedro Malheiros Fonseca, Inês Beleza Barreiros, Fátima Castanheira, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Jorge Pinto, Gonçalo Cornélio da Silva, Carlos Boavida, João Oliveira Leonardo, António Araújo, Marta Saraiva, Raul Nobre, Nuno de Castro Paiva, Pedro Cassiano Neves, Virgílio Marques, Filipe Teixeira, Beatriz Empis, Maria do Rosário Reiche

12/02/2020

Entretanto, no nº 23 da Av. António Augusto de Aguiar:


Entretanto, o nº 23 da Av. António Augusto de Aguiar [em foto do estúdio Horácio Novais (in Arquivo Municipal de Lisboa)], que é de 1945 e consta na Carta Municipal do Património (item 50.72), provavelmente da autoria de Reis Camelo ou de João Simões ou de outro nome da altura, quiçá de … Cassiano Branco, foi totalmente esventrado para dar origem a uma coisa modernaça (até piscina, mon Dieu ) com manutenção de fachada (julgo que esta coisa: https://www.youtube.com/watch?v=CMWhMDFaRZo), claro.

Ou seja, como o prédio não estava a cair nem precisava de ser esventrado até ao tutano para ser “reabilitado”, é mais um incumprimento que devia ir até às últimas consequências. Mas, lá está, who cares?

P.S. A seguir irá o nº 7, como já foi há tempos o nº 5.

01/10/2019

Adeus Minhota, restará a fachada?!


Espectáculo! A Minhota é Loja com História, fecha e é trespassada para restaurante indiano, cujos promotores se apressam a destruir o interior. A CML embarga a obra. Lisboa é um espectáculo! Fica a fachada, apostamos? (foto de Ana Alves de Sousa)

25/10/2018

Painel azulejar da Leitaria da Anunciada - novo apelo à EPAL (EDITADA)


Ex.mo Senhor
Presidente do Conselho de Administração da EPAL
Dr. José Sardinha


CC. PCML, AML, Vereadora da Cultura da CML, Vereador do Urbanismo da CML, JF, LNEC, S.O.S. Azulejo, Leitaria da Anunciada e Media

No seguimento do nosso apelo de 22 de Dezembro de 2017 (http://cidadanialx.blogspot.com/2017/12/azulejos-da-leitaria-anunciada-apelo.html), serve o presente para congratularmos a EPAL pela obra de reabilitação no edifício sito no Largo da Anunciada, nº 1-4; Ruas das Portas de Santo Antão, nº 183-185, edifício que é vossa propriedade.

No entanto, fomos informados no local que é pretendida por V. Exas. a remoção, a muito breve trecho e para restauro, da totalidade dos azulejos existentes na fachada da Leitaria da Anunciada, mas sem estar garantida a sua posterior recolocação.

Lembramos a V. Exas. que se trata de um painel azulejar publicitário dos mais importantes e genuínos existentes em Lisboa (painel da autoria da Companhia Lusitânia), que data provavelmente de 1927, e se encontra inscrito na Carta Municipal do Património anexa ao Plano Director em vigor e, portanto, está sujeito às disposições regulamentares com vista à sua salvaguarda.

Apelamos, portanto, a V. Exas. para que garantam:

- A boa remoção daquele painel de azulejos, seguindo as boas práticas recomendadas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que apontam preferencialmente, aliás, para o restauro in situ;
- O restauro cuidado do referido painel, e a execução de réplicas fiéis dos azulejos entretanto roubados e motivo do nosso alerta do ano passado;
- A recolocação do mesmo na fachada da Leitaria da Anunciada.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira da Carvalho, Fernando Jorge, Rui Martins, Jorge D. Lopes, Nuno Vasco Franco, Helena Espvall, Ana Alves de Sousa, Paulo Lopes, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Alexandra de Carvalho Antunes, Pedro Fonseca, Inês Beleza Barreiros, Fátima Castanheira, João Oliveira Leonardo, Jorge Pinto, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Silva Grade, Maria do Rosário Reiche, Jozhe Fonseca

...

O painel será restaurado e recolocado na fachada da leitaria (ufa). A garantia foi-nos dada por escrito pela EPAL, hoje dia 25.10.2018. Boas notícias, portanto:

«Exmas(os) Senhoras(es),

Acusamos a receção da Vossa comunicação, datada de 16 de outubro de 2018, que mereceu a nossa melhor atenção e agradecemos a Vossa legitima preocupação em relação ao importantíssimo painel azulejar existente na fachada da “Leitaria Flor da Anunciada”, a qual é arrendatária de uma fração do edifício propriedade da EPAL, sito na Rua das Portas de Santo Antão n.ºs 169 a 185, em Lisboa.

Existe também da parte da EPAL preocupação em assegurar a recuperação e manutenção do referido painel na fachada do edifício, no seu local original, repondo o mesmo, devidamente recuperado, assim que oportuno.

Para o efeito a EPAL promoveu um concurso tendo em vista a retirada e total recuperação, por especialistas, dos azulejos originais e o completamento do painel com réplicas de todos os elementos em falta. O painel azulejar original, recuperado, será colocado no seu local de origem quando da empreitada de reabilitação do edifício.

Mais se informa que à data, a intervenção de recuperação do painel já se encontra devidamente autorizada pela CML e em breve dará entrada na CML o necessário pedido de ocupação de via pública para inicio dos trabalhos.

Ao dispor para qualquer esclarecimento adicional.

Com os melhores cumprimentos,

Marcos Sá
Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.
CEA - Direção de Comunicação e Educação Ambiental
Diretor
»

02/10/2018

Mais uma machadada da CML no Bairro das Colónias. Haja vergonha, CML!


Mais uma machadada da CML no Bairro das Colónias (supostamente protegido no PDM), com a ampliação estilo "cabeçudo" do nº 20 da Rua do Zaire, um prédio intacto e acabadinho, aliás, de pintar e renovar... céus, e dizia o vereador Manuel Salgado que a CML iria classificar o Bairro. A CML não tem vergonha de estar a incentivar a destruição de um bairro único em Lisboa? E a DGPC calou e consentiu? Vergonha!

24/11/2017

Demolição do nº 64 Alameda D. Afonso Henriques - queixa ao MP


Exma. Senhora Procuradora Geral da República
Juiz​a Joana Marques Vidal​


CC. PCML, AML e media

Vimos pelo presente apresentar queixa ao Ministério Público relativamente à aprovação pela CML, em 4 de Julho deste ano, por despacho do Vereador, de pedido de informação prévia (Proc. 117/EDI/2017) relativo à demolição do edifício sito na Alameda Dom Afonso Henriques, nº 64, em Lisboa, com manutenção da fachada principal e do hall de entrada.

Por tratar-se de um edifício que data dos primórdios da Alameda Dom Afonso Henriques e ainda se mantém conforme o seu estado original, encontra-se inscrito (todo ele e não apenas fachada e átrio) em sede de Inventário Municipal do Património, anexo ao Plano Director Municipal (lote 03.35), pelo que a demolição do seu interior e transformação de uso para fins hoteleiros dependerá da avaliação feita por peritos de inquestionável competência acerca das suas condições estruturais.

Assim, apesar do evidente mau estado de conservação das traseiras do edifício e dos últimos andares (em especial as cozinhas), apresentando algumas rachas (datam, muito provavelmente de deslizamentos aquando das obras de construção da 2ª estação de Metropolitano da Alameda, em 1997) duvidamos da existência de justificação clara sobre a inevitabilidade da demolição do edifício e expulsão dos seus inquilinos, em vez da sua reabilitação.

Com efeito, este prédio ainda está habitado, apesar de só em dois dos seus apartamentos. Como tal, inclusive, foi o seu senhorio anteriormente intimado pela CML a proceder a obras de conservação do edifício, sem que tal tenha sido acatado. Antes foram deixados a degradar os pisos cimeiros, com janelas abertas, etc. Mais se informa que este edifício foi propriedade do Estado até há relativamente poucos anos, nunca tendo o mesmo exercido quaisquer obras de conservação.

A presente queixa visa o apuramento de responsabilidades a nível administrativo (eventual violação de normas de direito do urbanismo/administrativo), bem como, eventualmente, criminais.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Serpa, Rui Martins, André Santos, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Carlos Moura-Carvalho, Alexandra Maia Mendonça, Fernando Jorge, Fernando Silva Grade, António Araújo, João Oliveira Leonardo, Maria do Rosário Reiche, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria de Morais

25/09/2017

Antiga "Casa das Águas" - pedido à CML


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmos. Senhores Vereadores
Dr. Duarte Cordeiro
Arq. Manuel Salgado
Dra. Catarina Vaz Pinto


CC. AML e media

Vimos por este meio solicitar a V. Exas, Senhor Presidente e Senhores Vereadores, a melhor atenção para a antiga loja “Casa das Águas”, sita na Rua do Ouro, nº 243, que se encontra encerrada desde há pouco tempo e cujo recheio importa preservar antes que o novo proprietário do edifício decida fazer obras que o destruam.

Com efeito, a antiga “Casa das Águas”, contém não só o seu invólucro de origem (montras, chão, vãos - a loja é a entrada do próprio prédio) como todo o recheio material (armários, etc.), que lá ficou, basicamente tudo quanto remonta ao projecto da década de 50.

A “Casa das Águas”, apesar de não constar do programa Lojas com História, usufrui da protecção, ainda que ténue, que resulta de estar inserida na Baixa Pombalina (Conjunto de Interesse Público) e o inventário anexo ao Plano Director Municipal (lote 48.118).

Solicitamos, portanto, a melhor atenção da Câmara Municipal de Lisboa por forma a garantir-se a integridade do espaço no âmbito de eventual processo de alterações que venha a ser submetido aos serviços de Urbanismo da CML.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rita Filipe Silva, Fernando Jorge, Rui Martins, Gustavo da Cunha, António Araújo, Luis Mascarenhas Gaivão, Fernando Silva Grade, Gonçalo Cornélio da Silva, Carlos Moura-Carvalho, Júlio Amorim, Beatriz Empis, Maria do Rosário Reiche, João Leitão, Miguel de Sepúlveda Velloso, José Maria Amador, Pedro Henrique Aparício

29/04/2016

Enquanto a CML entrou em "loop" com o Lojas com História, as lojas históricas de Lisboa vão-se a um ritmo alucinante:


Adeus, confirmado, à Casa Pessoa, por confirmar mas parece que realmente é definitivo, à Sapataria A Deusa, e, talvez, dizem que, à Retrosaria Brilhante:

Foto: Pedro R.


Foto: blog Cais do Olhar


Foto: CML


20/04/2016

Serviços de tráfego da câmara arrasam projecto para a Vila Martel


Por agora, a Vila Martel não vai poder ser demolida. O promotor terá de apresentar um novo projecto para o local (Miguel Manso)

In Público (20.4.2016)
Por José António Cerejo

«Serviços de tráfego da câmara arrasam projecto para a Vila Martel

Manuel Salgado vai ter de chumbar a proposta de demolição da Vila Martel. Os serviços de Tráfego da câmara qualificam como “insólita” a proposta de estacionamento robotizado para o local.

Primeiro foi a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) que inviabilizou a proposta apresentada pelo promotor para a Vila Martel, entre a Av. da Liberdade e o Principe Real. No início deste mês foi o Departamento de Gestão de Mobilidade e Tráfego da autarquia que, com um parecer demolidor, obrigou os serviços de Urbanismo da Câmara de Lisboa a propor ao vereador respectivo, Manuel Salgado, a homologação desfavorável (indeferimento) do Pedido de Informação Prévia (PIP) apresentado. O promotor deverá ainda pronunciar-se antes da decisão final da autarquia.

O PIP em causa contempla a destruição das nove habitações unifamiliares e de dois dos quatro ateliers existentes na Vila Martel e a construção, no seu lugar, de um edifício de 14 andares — oito dos quais enterrados — com 12 pisos de estacionamento robotizado (186 lugares) e dois pisos para ampliação do hotel que está em fase final de construção no mesmo logradouro encravado na encosta.

A história e a importância patrimonial da Vila Martel, onde, ao longo de mais de um século, pintores como Columbano e Malhôa tiveram os seus ateliers, levaram a que se gerasse um movimento em sua defesa, com tomadas de posição por parte de vários partidos representados na Câmara de Lisboa e com numerosas munícipes a manifestarem-se nas redes sociais.

Os serviços de Urbanismo da autarquia expressaram desde o início um claro apoio ao projecto. Os técnicos da Estrutura Consultiva Residente, um serviço camarário que se pronuncia sobre intervenções em imóveis inscritos, como é o caso, na Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico, foram, porém, os primeiros a exprimir as suas reservas. Em parecer emitido em Fevereiro, que a Câmara sempre escondeu ao PÚBLICO, concluiram que não existe nos regulamentos em vigor “base de sustentação para a intervenção nos moldes em que se pretende”. Na sua opinião, qualquer obra do género exigiria a aprovação prévia de um plano de pormenor para o local. Não foi esse o entendimento do coordenador daquela estrutura que, subscrevendo aquilo que era notório ser a posição da hierarquia, veio escrever, no seu despacho, que a proposta constituía “uma enorme mais valia para esta zona e para a cidade”. E, em conclusão, defendeu que ela se enquadrava nos regulamentos, desde que fossem mantidos os ateliers.

Câmara escondeu despachos
No mesmo sentido pronunciou-se a 9 de Março o director municipal de Urbanismo, Jorge Catarino, “reiterando a importância da intervenção” e ordenando o “prosseguimento da apreciação” do PIP. Questionado pelo PÚBLICO em 18 de Março sobre o conteúdo do despacho assinado por Jorge Catarino nove dias antes, o gabinete de Manuel Salgado respondeu apenas: “O parecer [da Estrutura Consultiva] foi emitido mas ainda não foi despachado, não havendo decisão sobre o assunto.”

A voltas dadas no Urbanismo foram entretanto trocadas pela DGMPC que, no dia anterior à falsa resposta da câmara, chumbou o PIP frisando, no seu parecer vinculativo, que as “características morfológicas e tipológicas” da Vila Martel teriam de “ser respeitadas”. Já em Abril, o técnico de Departamento de Gestão e Mobilidade de Tráfego que apreciou o PIP não teve dúvidas. “Do ponto de vista de mobilidade viária a Rua das Taipas [onde seria construído o único acesso ao estacionamento e ao hotel] não tem capacidade viária para servir um estacionamento deste tipo e envergadura.” Na informação que assinou, o técnico aponta um conjunto de problemas, nomeadamente ao nível da segurança de pessoas e viaturas, mas também em matéria de incumprimentos regulamentares, que o levam a defender a rejeição da proposta.

Entre muitas outras objecções, a informação nota que o acesso a uma das zonas do parque automático “não dispõe das dimensões necessárias para a manobra das viaturas [e para que] consigam entrar na máquina numa só manobra”. Numa outra zona, salienta, “não se consegue realizar numa só manobra a inversão de marcha” gerando-se o risco de provocar filas de espera na Rua das Taipas.

Mais contundente foi o seu superior imediato que, em despacho, qualificou a proposta como uma “insólita instalação para arrumação de veículos em máquinas, num sistema alternativo de arrumação para 186 viaturas na zona histórica da encosta do Bairro Alto, com arrumação sobreposta de viaturas com interdependência de uso do mesmo espaço”.»

11/02/2016

Delapidação do interior da alfaiataria Nunes Corrêa/ exortação ao Presidente da CML


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina


C.c. Vice-Presidente CML, Vereadores da Cultura e do Urbanismo, AML, JF Santa Maria Maior e media

Tomámos conhecimento da completa e escandalosa delapidação do interior da antiga Alfaiataria Nunes Corrêa, sita na Rua Augusta, nº 250-252, desmantelamento que, segundo o descrito na Informação 54542/INF/ECR_CMP/GESTURBE/2015 (relativa ao Proc. Nº 1541/EDI/2015), terá sido levado a cabo pelos donos da alfaiataria.

Com efeito, desapareceram daquela loja histórica todos os elementos que caracterizavam a loja e o seu ambiente, decorrentes do projecto de arquitectura de 1970, do arq. António Portela - estantes expositivas e painéis de madeira que forravam as paredes, balcões, candeeiros, etc. Apenas não desapareceu a montra e o que do interior não podia ser removido. (fotos em anexo)

Face à gravidade da situação e tendo em conta que a Alfaiataria Nunes Corrêa faz parte da Carta Municipal do Património anexa ao Plano Director Municipal (PDM) da cidade de Lisboa (item nº 48.16-A), exortamos V. Exa., Senhor Presidente, para que dê instruções aos Serviços para desencadearam o procedimento de contra-ordenação aos donos da alfaiataria, decorrente do não cumprimento dos artigos 27º e seguintes do PDM, no caso dos mesmos se recusarem a recolocar a decoração retirada.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, José Morais Arnaud, Jorge Lima, Jorge Santos Silva, Miguel Atanásio Carvalho, Mariana Ferreira de Carvalho, Maria Ramalho, Virgílio Marques, Pedro Henrique Aparício, Luís Marques da Silva, Júlio Amorim, António Branco Almeida, Maria João Pinto, Gustavo da Cunha

14/07/2015

Interior de prédios da Duque de Loulé demolido por ordem da Câmara de Lisboa


In Público (14.7.2015)
Por José António Cerejo

Risco de “colapso iminente” é a explicão da autaquia. Licença obrigava a manter o interior dos prédios rico em decoração art déco.

«Estava escrito nos astros. Os três edifícios considerados dos “mais elegantes conjuntos habitacionais” da Lisboa do início do século XX, com os números 86 a 96 da Av. Duque de Loulé, estão desde há um mês reduzidos a pouco mais do que as fachadas.

O projecto aprovado em 2009 obrigava à manutenção e recuperação do miolo dos edifícios, mas já em Maio de 2012 a fiscalização camarária dera conta de que tinham sido ilegalmente demolidas algumas paredes, antes de as obras serem interrompidas no final de 2011.

Em Março de 2013, o PÚBLICO relatou que uma boa parte dos telhados tinha sido retirada e que o conjunto estava abandonado e em degradação acelerada. Nos primeiros meses deste ano as máquinas voltaram e a quase totalidade do que restava entre fachadas foi abaixo, acabando nos vazadouros de entulho.

Questionada pelo PÚBLICO a câmara respondeu, por escrito, que “a 30 de Janeiro de 2014 os proprietários foram intimados à demolição dos edifícios por existir a possibilidade iminente de colapso de paredes”. Os serviços de Urbanismo da autarquia acrescentam que “os trabalhos em execução, devidamente autorizados, limitam-se ao estritamente necessário para assegurar as condições de segurança estrutural dos edifícios, nomeadamente a retirada de todas as estruturas e elementos que derrocaram e o reforço das estruturas que resistiram, não correspondendo à demolição integral dos mesmos”.

Quem olha através dos vãos das janelas e de alguma porta entreaberta percebe, no entanto, que em dois dos prédios nada sobrou para lá dos átrios de entrada e que, mesmo no terceiro, na esquina com a Luciano Cordeiro, muita coisa foi arrasada.

Passados 13 anos ficou assim satisfeita a pretensão inicial dos proprietários, que então viram aprovado um pedido de informação prévia que contemplava apenas a manutenção das fachadas. Foi a polémica desencadeada depois da aprovação do projecto, em 2004, que levou a câmara a recuar, não licenciando a obra. Já em 2009 foi aprovado um outro projecto que obrigava à preservação dos interiores, incluindo a “organização espacial do desenho original” e a “maior parte dos elementos decorativos existentes”.

Adquirido pelo Grupo Espírito Santo (GES) no final de 2012, o conjunto passou logo a seguir para a Coporgest, participada em 25% pelo GES. Recentemente foi comprado pela Imopatrimónio, uma empresa com sede no mesmo local que a Coporgest e dirigida pelas mesmas pessoas.

De acordo com a câmara está agora aprovada para o local a construção de 97 fracções habitacionais e de três comerciais, “mantendo-se a volumetria licenciada e a recuperação da totalidade do existente”. O que significa “recuperar a totalidade do existente” não é explicado. Quanto às demolições ilegais, a câmara diz que “para o local existem processos de contra-ordenação em curso, em fase de instrução”.»

01/07/2015

Câmara de Lisboa demarca-se de fecho de loja com 99 anos no Chiado


In Público Online (30.6.2015)
Por Inês Boaventua

«Município diz que "não tem nem é suposto que tenha" conhecimento de que o proprietário do espaço vai despejar o estabelecimento. Câmara de Lisboa sublinha não ter "quaisquer competências na regulação dos arrendamentos comerciais entre particulares"

A Câmara de Lisboa diz que “não tem, nem é suposto que tenha” conhecimento de que o proprietário do prédio na Rua do Alecrim em cujo rés-do-chão funciona a loja da Fábrica de Sant’Anna tenha dado ordem de despejo à empresa, instalada no local há 99 anos, acrescentando que não tem competências nesta matéria.

A notícia do despejo, marcado para Outubro e motivado pela transformação do prédio num hotel, gerou uma onde de indignação e de solidariedade para com aquela que se apresenta como a “última grande fábrica de azulejos e faianças artesanais da Europa”. Além dos muitos privados que fizeram chegar à Fábrica de Sant’Anna mensagens de apoio, saíram em defesa desta causa o Fórum Cidadania Lisboa e a União de Associações do Comércio e Serviços.

Também a Junta de Freguesia da Misericórdia, presidida pelo PS, se pronunciou contra o fecho anunciado da loja, apelando ao promotor, o Grupo Visabeira, para que a integrasse no seu “projecto de requalificação do edificado”. Já a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, por unanimidade, uma recomendação do MPT, na qual se pede à câmara que “acompanhe o processo entre o proprietário do imóvel e os proprietários da Fábrica de Sant’Anna, de forma a possibilitar a permanência desta montra de azulejaria portuguesa no seu actual local”.

Nessa recomendação, que foi apresentada a 16 de Junho, sugeria-se ainda ao município que “considere a loja da Fábrica de Sant’Anna como um estabelecimento a preservar no âmbito do programa Lojas com Histórias”, um programa camarário que foi criado no início deste ano com o objectivo de promover o comércio tradicional da capital. Em nome do PS, o deputado Pedro Delgado Alves considerou que está em causa “património relevante, que urge preservar e manter naquele local”.»

...

A CML pode demarcar-se do despejo, claro que sim, mas não do facto de ter aprovado em reunião de CML, sem saber, imagino, um projecto de alterações que implicava o despejo de uma loja centenária que ao mesmo tempo quer proteger recentemente por via de um programa válido chamado "lojas com história". Ou seja, deve fazer tudo quanto estiver ao seu alcance para convencer o promotor (Visabeira/Atlantis/Vista Alegre) a encontrar o bom senso que parece não ter, e manter a loja da Sant'Anna no seu futuro hotel. Todos têm/temos a ganhar com isso :-)

12/06/2015

Loja de cerâmica da centenária Fábrica de Sant’Anna vai fechar para dar lugar a hotel


In O Corvo (12.06.2015)
Texto: Samuel Alemão « A aparentemente inabalável vaga turística faz mais uma vítima no epicentro da capital portuguesa. Desta vez, trata-se da loja de uma das mais emblemáticas unidades de produção de azulejaria e de cerâmica portuguesas a ser obrigada a sair do coração de Lisboa. Isto porque o prédio onde se situa desde 1916 vai acolher um hotel. E não se sabe se o estabelecimento, muito procurado por estrangeiros, vai reabrir noutro local. Está em vias de acontecer uma “perda irreparável”, diz ao Corvo o director comercial da empresa.

A acção de despejo está a ser contestada judicialmente, mas tudo leva a crer que a loja da Fábrica de Sant’Anna, na esquina da Rua do Alecrim com o Largo Barão de Quintela, se ficará pelos 99 anos de vida. De portas abertas naquele local desde 1916, deverá fechá-las em breve, porque o prédio onde se encontra dará lugar a uma nova unidade hoteleira, por vontade dos seus proprietários, a Vista Alegre, pertencente ao Grupo Visabeira. “Já passámos por muitas crises, ao longo dos anos, mas esta situação é mesmo muito complicada e ainda não fazemos ideia de como vamos resolvê-la”, confessa ao Corvo o director comercial da empresa, Francisco Tomás. “Nunca pensámos que isto nos pudesse acontecer”, admite.

A loja – “cuja história e arquitectura são irreprodutíveis noutro local”, refere o responsável da empresa fundada em 1741 – é tida como um referência ímpar da azulejaria e cerâmica nacionais, sendo visitada por turistas de todo o lado. “Vem aqui gente de todo o mundo, recebemos encomendas de todo o mundo. Das vendas que fazemos nesta loja, 90% são para o estrangeiro”, salienta Francisco Tomás, que ficou a saber das intenções do senhorio, “há cerca de dois meses”. Ironia suprema, a sua existência naquele local é ameaçada por um dos íncones maiores da cerâmica portuguesa, a Vista Alegre. “Esta é uma loja emblemática, que vem em tudo o que é guias e o seu encerramento representará uma perda irrecuperável”, considera o director comercial.

O estabelecimento é vital na estratégia comercial da firma, pois o mesmo funciona como montra da Fábrica de Sant’Anna, a produzir desde a fundação azulejos e demais peças cerâmicas na Calçada da Boa-Hora, na Ajuda, onde emprega três dezenas de pessoas – a loja emprega duas. Mas Francisco Tomás prefere destacar o simbolismo e a preservação da memória que lhe estão associados. “Nesta actividade da azulejearia, existe uma espécie de culto, em que estamos aqui um pouco para fazer um trabalho de defesa desta forma única de expressão artística. Não é tanto pelo valor do dinheiro, mas sim pela história. Quando a Fábrica de Sant’Anna fechar, não haverá muito mais gente a fazer as coisas como nós fazemos”, afirma. As técnicas usadas são as mesmas do século XVIII.

O responsável comercial da Fábrica de Sant’Anna salienta o imenso conhecimento acumulado, o qual teme se possa perder irremediavelmente, caso o encerramento da loja se venha a revelar prejudicial para as perspectivas de negócio. Afinal, estamos a falar de produção artesanal e não massificada. “Temos pessoas a trabalhar connosco, na fábrica, que são já a terceira geração da mesma família. E esta é daquelas áreas em que, quando uma unidade fabril encerra, quase sempre se perde o know-how”. Francisco Tomás diz ao Corvo “não ter nada contra o hotel”, mas sim muito preocupado com a preservação da memória da azulejaria portuguesa. Uma apreensão que já extravasou fronteiras. “Mal isto se soube, começámos a receber manifestações de solidariedade de muita gente. Já tivemos até quatro ou cinco telefonemas dos Estados Unidos da América, de pessoas a perguntar se era mesmo verdade e dando palavras de apoio”. ...»

10/06/2015

Apelamos ao promotor e à CML pela manutenção da loja centenária da Fábrica Sant'Anna (Rua do Alecrim)!


Exmos. Senhores


No seguimento de notícias vindas a público dando conta da emissão de ordem de despejo à loja histórica da Fábrica Sant’Anna, sita na Rua do Alecrim, pelo proprietário do imóvel onde a loja funciona desde 1916 (Vista Alegre Atlantis/Grupo Visabeira), com o fim de dar prossecução à transformação deste em estabelecimento hoteleiro;

E considerando:

· Que a loja da Fábrica Sant’Anna faz parte integrante do imóvel (palácio) registado no Inventário Municipal do Património anexo ao Plano Director Municipal em vigor (item 15.68);
· Que a loja em causa é por si própria “a” referência desta Fábrica aquém e além-fronteiras, e, caso deixe de o ser, poderá pôr em causa a boa laboração da mesma, pondo em perigo assim a última produção artesanal de azulejaria de Lisboa;
· Que a CML lançou recentemente o Programa “Lojas com História”, no qual, naturalmente, cabe uma loja com o historial da presente;
· A boa solução recentemente conseguida pela CML junto do proprietário do imóvel onde se encontra a Ginjinha Sem Rival e Eduardino, em que perante projecto com fim idêntico se conseguiu a prorrogação do contrato de arrendamento respectivo por 8 anos;

Apelamos:

· Ao bom senso e bom gosto do promotor, para que reformule o seu projecto com vista a permitir a manutenção da loja da Fábrica Sant’Anna;
· À CML para que tudo faça em prol da manutenção deste fabuloso espaço praticamente centenário de Lisboa, tal como fez no caso acima referido e no da Ourivesaria Aliança-Tous.

Melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Serpa, Virgílio Marques, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Mariana Ferreira de Carvalho, Nuno Vasco Franco, António Branco Almeida, Jorge Santos Silva, Júlio Amorim, Maria do Rosário Reiche, Luís Marques da Silva, João Oliveira Leonardo, Jorge Pinto, Inês Beleza Barreiros, Fernando Jorge, Gonçalo Cornélio da Silva, Diogo Moura, Carlos Leite de Sousa, Alexandre Marques da Cruz, Nuno Castro Paiva, Fátima Castanheira e Catarina Portas


C.C. AML, JF Misericórdia, Media
Fotos: © Artur Lourenço

02/05/2014

Está-se a tornar um mau hábito:


Janelas abertas e imaginamos o que não irá pelos telhados e pelas traseiras. O convite à degradação e ao facto consumado da demolição de interiores. Afinal de contas, sr. Paulo Rebelo, o que nos disse em 2013 a um post aqui colocado, foi pura retórica:

«Exmos Senhores,

Agradecemos o vosso alerta relativamente às janelas abertas no edifício*. Já reportámos o assunto ao proprietário e esperamos que tome as providências necessárias para que estas se mantenham permanentemente fechadas e desse modo evitar a deterioração do interior do edifício.

Entendemos a utilidade do vosso blog. Aos que se nos dirigiram em termos civilizados, agradecemos sinceramente o alerta. No entanto gostaríamos de lamentar os e-mail recebidos com caráter insultuoso. A Cushman & Wakefield é uma consultora imobiliária que defende ativamente a preservação e proteção do edificado.

Neste processo fomos mandatados para a comercialização de um projeto aprovado pelas instâncias competentes e não temos qualquer responsabilidade na preservação dos edifícios.

Pensamos que a nossa ação responsável de encontrar viabilidade económica para os muitos edifícios que estão parados, respeitando a sua traça e memória, é crucial num momento em que tantos baixam os braços perante as dificuldades que a economia e o mercado hoje apresentam.

Uma vez que o assunto das janelas está resolvido solicitamos que seja retirado do blog o link direcionado à nossa página Web. Estaremos certamente mais atentos. Se no entanto, verificarem que tal aconteceu de novo, e se não vos for inconveniente pois deduzimos que estão próximos ao edifício, agradecemos que nos alertem para que prontamente informemos o proprietário.

Cumprimentos,

Paulo Rebelo
Departamento de Reabilitação Urbana
»


Daí que ponha aqui foto actual do prédio em causa, e, já agora, de outros dois na mesmíssima situação, na Rua Sousa Martins e na Rua Viriato.

* Prédio da Duque de Loulé (1ª foto)

Fotos: NCB

08/02/2014

R. Alexandre Herculano 40/ R. Mouzinho de Albuquerque: «ampliação com demolição» vulgo, mais um cabeçudo:


Já está concluído e aberto ao publico - é mais um cabeçudo, com mais 2 pisos em cima e vários em cave... Outro hotel de demolição de "charme" claro! Ainda por cima, o prédio estava em estado óptimo, pelo que não havia nenhuma razão objectiva para o esventrar por completo, por despacho, mais a mais estando, como estava, no Inventário Municipal do Património (isso é o quê, mesmo?!)

Receia-se agora por aqueles dois gémeos do outro lado da Rua Mouzinho de Albuquerque, em estilo "neogótico"...

13/01/2014

Janelas abertas para a destruição:


Muita atenção ao nº 13 da António Enes/Filipe Folque! Há que sensibilizar o senhorio, solicitar à CML a intimação de obras. O edifício está no Inventário Municipal (é de Porfírio Pardal Monteiro e os relevos são de Leopoldo de Almeida), é genuíno e está descaradamente ao abandono. Não queremos mais casos como os da Av. Elias Garcia!

19/06/2013


Exmos. Senhores
Engª Leonor Pinto,
Eng. Rui Simão,


Sendo V. Exas responsáveis, respectivamente, pela UIT Centro e pela zona dos Anjos, somos a solicitar o V/esclarecimento para o seguinte:

Como é possível que a Câmara Municipal de Lisboa inscreva, e bem, no Inventário Municipal anexo ao PDM o Bairro das Colónias, reconhecendo-o como conjunto urbano de valor patrimonial e cultural para a cidade, e depois dispense o licenciamento de dispositivos de publicidade como o que polui a fachada Art Déco do edifício sito na Rua Forno do Tijolo, nº 46, conforme documentamos em foto em anexo?

Com efeito, é essa a resposta enviada pelo site Na Minha Rua à queixa apresentada oportunamente, e referenciada com o nº OCO/82617/2013!

Maior a nossa estupefacção quando é público que os dispositivos publicitários não podem ocultar elementos decorativos dos edifícios, conforme consta no Artigo 13º da Deliberação nº 146/AM/95.

Certos da V/melhor atenção, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Luís Marques da Silva