04/02/2007

Câmaras mortuárias

Acabado de chegar de um velório, recordei-me que não existe em Lisboa nenhuma câmara mortuária "neutra". Significa isto que as condições para uma última homenagem antes da realização do funeral são um monopólio das confissões religiosas, razão pela qual o nosso município deverá diligenciar no sentido da criação de uma câmara mortuária municipal, aberta a todos.
p.s. - Não, este post não é uma piada à actual situação da CML... mas podia ser...

4 comentários:

José Carlos Mendes disse...

Caro NSS,
Por acaso existe mesmo uma casa mortuária em Lisboa: é no Cemitério de Carnide. Foi concluída em 1999.

Mas devia haver mais, claro.

Anónimo disse...

Não é o vereador Proa o responsável por isso? É que parece que vai mesmo haver um novo tanatório...

cidadao disse...

Este assunto vem mesmo a calhar, é que já se tinha falado de quase tudo, só faltava agora irem buscar o negócio latente entre a Câmara e a Servilusa (o tal..o do tanatório e crematório!) isto deve ser para lhe dar um empurrãozinho!ao negócio, claro! É que está em vias de se "dar" o cemitério de Carnide para a Servilusa construir aquilo que tanto almeja: o seu tanatório(conjunto de salas mortuárias confortáveis, e com os apoios necessários) em terreno municipal, e tornar finalmente mais felizes os municipes desta Capital.. pagando quantias brutais, actualmente fora do universo dos portugueses. Claro que falta Salas motuárias dignas em Lisboa, mas estão todas na mão da Igreja e da Servilusa. Esclarece-se que a Servilusa é uma empresa privada de capitais espanhois e que controla o negócio dos funerais em Portugal. No cemitério de Carnide há desde 1996, 5 dignas salas de vigília municipais e ecuménicas(dá para qualquer crença ou nenhuma) como é do conhecimento de todas as agências funerárias. Concordo com o tanatório mas sim municipal, ou intermunicipal, nunca particular.

Nuno Santos Silva disse...

Mea culpa: errei ao não fazer referência à Casa Mortuária de Carnide.
De qualquer das formas, parece-me que (desculpem a linguagem) não chega para "cobrir a procura", apesar de as famílias, nessas alturas, tenderem para o conforto religioso...
Já agora, existirão dados fiáveis sobre o dinheiro que o Patriarcado deixaria de receber se a utilização de casa mortuárias civis fosse um pouquinho mais comum?...