In Público (12/1/2011)
«A documentação do arquivo histórico da Câmara de Lisboa vai voltar a estar disponível para consulta pública a partir de 21 de Fevereiro, em Campolide. Este acervo, que integra documentos que remontam aos primeiros anos do século XII, estava inacessível desde 2002.
A novidade foi ontem anunciada pela Câmara de Lisboa, num comunicado em que se explica que o acervo histórico do município poderá ser consultado na Rua B do Bairro da Liberdade, em Campolide. É aí que está localizada a sede do Arquivo Municipal, na qual foi reabilitado um espaço para albergar aquele espólio. A câmara acrescenta que foram "acondicionados, higienizados e transportados mais de 1700 contentores com toda a documentação".
A confirmação feita por D. Afonso II do foral outorgado a Lisboa por D. Afonso Henriques, o Foral Manuelino (século XVI) e o Livro Cartulário Pombalino (século XVIII) são alguns dos documentos agora disponíveis para consulta presencial, desde que se faça uma reserva prévia através do site do Arquivo Municipal. O arquivo histórico integra ainda os espólios de arquitectura do século XX de José Luís Monteiro, Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy de Athouguia.
Este arquivo chegou a funcionar nos paços do concelho, mas, depois do incêndio de 1996, foi transferido para as caves de um edifício de habitação social em Sapadores. Essas instalações acabaram por encerrar no fim de 2002, depois de o Instituto Ricardo Jorge as ter considerado impróprias em termos ambientais e de saúde pública.
O ex-presidente da câmara Pedro Santana Lopes chegou a anunciar a construção de um centro cívico no Vale de Santo António, que albergaria a totalidade dos arquivos camarários e a biblioteca central. Depois de terem sido gastos perto de três milhões de euros com projecto, escavação e contenção de terras, o actual líder camarário António Costa desistiu da empreitada. A partir de dia 21, a documentação do arquivo histórico pode ser consultada aos dias úteis, entre as 9h30 e as 17h00. Inês Boaventura »
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F-I-N-A-L-M-E-N-T-E
Agora falta a parte maior, a questão de fundo: construir de raiz, ou reabilitar um edifício histórico, central e em risco de desaparecer e nele alojar TODO o Arquivo Municipal e definitivamente? Face aos bons exemplos por essa Europa, a começar pela vizinha Espanha, e tendo em conta o imenso património do Estado em processo de venda e a ameaçar transformar-se em mais do mesmo, i.e., condomínios multiusos, continuamos a defender como local IDEAL o conjunto edificado do Hospital Miguel Bombarda, em co-existência pacífica e valorizadora de toda a colina de Santana, o Museu de Outsider Art e Neurociências, como é ÓBVIO.
Mas, mais do que isso, o actual executivo camarário tem que mostrar claramente que o Arquivo Municipal é uma PRIORIDADE da CML, e ainda não o fez, e se quer resgatar o Miguel Bombarda para o efeito, das garras da especulação imobiliária, tem que o mostrar JÁ, iniciando contactos com o Governo para que aquele conjunto seja propriedade da CML.
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