06/12/2012

Câmara de Lisboa aprovou extinção da EPUL com voto contra do PCP.



Câmara de Lisboa aprovou extinção da EPUL com voto contra do PCP
Na rua, uma centena de trabalhadores juntou-se em defesa da empresa. Na sala de sessões, os vereadores decidiram extingui-la
In Público
A Câmara de Lisboa aprovou ontem à tarde a extinção da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) com os votos favoráveis da maioria liderada pelo PS, do PSD e do CDS e com o voto contra do PCP.
"Foi a decisão mais acertada para proteger o vasto património da cidade de Lisboa, para garantir os direitos dos credores e salvaguardar o melhor possível os direitos dos trabalhadores", disse o presidente da autarquia, António Costa, no final da reunião de câmara extraordinária destinada a debater a extinção da empresa.
António Costa anunciou na semana passada a intenção de extinguir a EPUL, assegurando a integração da actividade da empresa na autarquia para "preservar património" e "direitos dos trabalhadores".
No decurso da reunião do executivo camarário mais de cem trabalhadores da EPUL concentraram-se junto aos Paços do Concelho, na Praça do Município, numa acção de protesto contra a extinção da empresa.
Trajando camisolas e coletes reflectores cor de laranja com o nome da empresa, os trabalhadores entregaram a cada pessoa que entrava nos Paços do Concelho uma cópia do discurso do presidente da autarquia por ocasião dos 40 anos da EPUL, em Novembro do ano passado.
Em destaque estava o último parágrafo desse discurso, no qual o autarca afirma que os contributos que a EPUL dá a Lisboa "podem ainda ser mais ambiciosos [...], para bem da cidade e, sobretudo, para bem das pessoas que lhe dão vida".
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da comissão de trabalhadores, Pedro Vicente, afirmou - enquanto no interior do edifício decorria já uma reunião camarária privada em que foi aprovada a proposta de extinção apresentada por António Costa - que é um "grande erro dar este passo sem uma profunda reflexão e sem uma redefinição da forma como esta estrutura técnica pode desenvolver-se em prol da cidade de Lisboa".

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