29/12/2012

O Comércio de Proximidade


Estudo diagnóstico elaborado pela CIP - Confederação Empresarial de Portugal, no âmbito da iniciativa Regeneração Urbana. Analisa a evolução histórica do comércio de proximidade em Portugal, a sua caracterização e distribuição geográfica, passando também por uma caracterização do comércio na União Europeia.

De destacar os 10 princípios apresentados com vista à “regeneração” do comércio de proximidade, onde se estabelecem os princípios que poderão viabilizar o comércio de proximidade, como “formato” comercial, mas também, e essencialmente, como ferramenta fulcral num processo mais integrado de regeneração urbana do centro das urbes, e os exemplos de experiências em curso apresentados - EUA, Inglaterra e Portugal (Bragança, Porto, Figueira da Foz, Lisboa, Coimbra, Portalegre e Viana do Castelo).

Em ano de eleições autárquicas e relativamente à cidade de Lisboa, que nos últimos anos tão fustigada e mal tratada tem sido pelo actual executivo municipal, é tempo de parar de experimentalismos e de com humildade olhar para este e outros trabalhos que apresentam propostas e apontam caminhos para uma cidade mais sustentável, em vez de se andar a querer "inventar" propostas eleitorais.

Consultar aqui o estudo diagnóstico.

Relativamente à iniciativa Regeneração Urbana, podem ser consultados no seu site, diversos estudos, propostas e documentos, que merecem uma leitura atenta, de onde destaco as Propostas que a CIP apresenta ao País, orientadas para FAZER ACONTECER A REGENERAÇÃO URBANA, face à actual situação da economia portuguesa, do mercado da construção e do imobiliário e tendo presente a degradação dos edifícios que constituem o património das cidades.

8 comentários:

Cesar Travassos disse...

Estou absolutamente convencido que o declínio acentuado do comercio da Baixa se deveu ao encerramento do estacionamento da praça do comercio, sem que o do município e o da figueira estivessem feitos. AsAmoreiras sem duvida deram a tacada final, mas as ruas da baixa foram atiradas para uma situação de total inacessibilidade por ausência de estacionamento. Hoje, como em tempos idos, os clientes compradores circulam de automóvel. Hoje temos ainda a circulação por passeio. O estacionamento do Município, do camões, do Grandela, da Praça da Figueira e do próprio Chiado são já insuficientes e por isso estão caríssimos. Para ajudar, há cada vez menos lugares de estacionamento na rua, agora muitas vezes apenas para moradores. E para encurtar a duracao dos lugares de estacionamento que restam, aumentam-se as tarifas da Emel. Estamos portanto a querer ter clientes numa zona onde o comercio perdeu atractividade, onde nao e fácil chegar e caro estacionar. Alguém reparou que as Amoreiras já nao cobram parque ao fim-de-semana? Normalmente a Mundicenter antecipa e age com rapidez... Estava na altura de mudar de política e perceber o que significa realmente acessibilidade, facilidade de acesso e EXPERIÊNCIA POSITIVA DE COMPRA, um conceito essencial que escapou ao estudo que acabem de publicar. Bom 2013! César Travassos

Julio Amorim disse...

Se existissem mais lugares para estacionamento.....as ruas da Baixa não podem "digerir" assim muito tráfego ao mesmo tempo. Não compreendo esta obsessão pelo popó que viciou este povo. De Benfica à Baixa leva-me meia hora de Metro (a contar já com ter que chegar ao Metro a pé). Na Baixa não tenho preocupações com arrumações de carros e custos derivados. Estou prontinho para ir procurar o que desejo. À volta não necessito de esperar mais de 5-10 minutos pelo Metro que me vai levar de volta a Benfica e, em Benfica, tão pouco tenho que dar voltinhas para estacionar o carro. Poupei dinheiro, saúde e, dei uma voltinha despreocupada por esse centro fabuloso de Lisboa. Um povo com maus hábitos que não dá valor ao bom que tem. Amoreiras....não obrigado !

Xico205 disse...

Viva as vidas faceis, em que há uma hora por dia para gastar em movimentos pendulares desnecessários...

Trabalhasses entre 12 e 19 horas por dia como eu e vias que não tinhas uma hora por dia para dispender no metro.

mas se eu fosse rico e tivesse um carro novo tambem proibia os carros velhos de circular, do mesmo modo que me é indiferente as imagens de fome que o telejornal transmite do Sudão quando estou a almoçar chanfana de cabrito com arroz de sarrabulho num restaurante em Arganil.

Anónimo disse...

Xico, ponha uma "coisa" na sua cabeça! O tempo dos zês e dos seus popós em zonas como a Baixa e semelhantes ACABARAM.
Agora o Rei é o peão e a nova geração sem um tostão para o carrão e que quer viver a sua cidade sem agitação, os Zé que se adaptem se não o peão arranja confusão!

Cesar Travassos disse...

Compreendo, pelos comentários expostos, que temos uma óptima acessibilidade de transportes públicos. Já o sabia. O que referi foi a falta de acessibilidade para os automóveis. A baixa nao foi criada só com passeios. Tem ruas. Em tempos circularam carros de bois. Hoje temos os carros. Independentemente disso, nao chega o transito pedonal para sustentar o comercio e os negócios da Baixa. Quem quiser acreditar nisso esta a tomar uma posição extremista e pouco democrática. O sr. De benfica pode ir muitas vezes de metro, mas se tiver que comprar varias coisas, ou pesadas, ou grandes, hesitara levar o seu carro? Os peões nao gostam de ruas desertas. Por isso já abandonaram varias ruas da Baixa, onde o comercio ja nao se aguentou. Ponderem esta questao. Ha espaco para todos na cidade.

Xico205 disse...

Anónimo disse...
Xico, ponha uma "coisa" na sua cabeça! O tempo dos zês e dos seus popós em zonas como a Baixa e semelhantes ACABARAM.
Agora o Rei é o peão e a nova geração sem um tostão para o carrão e que quer viver a sua cidade sem agitação, os Zé que se adaptem se não o peão arranja confusão!

4:24 a.m.

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Não acabou não. Você não vê ninguem com uma posição social elevada a andar de transportes publicos, logo quem pode evita-os.

Eu sou da nova geração e tenho dinheiro para o carrão porque trabalho para isso, o problema dos jovens "à rasca" é que são muito finos para a maioria dos empregos que há. Habituaram-se a ter os paizinhos por trás a cobrir tudo! Eu estou bem na vida mas faço muitos sacrificios, sacrificios esses que a maioria dos enrascados não está para fazer. São opções. Mas a mim ninguem me apanha em manifestações porque nem sequer tenho tempo para ir a elas.

Anónimo disse...

Estamos a gostar deste diálogo.
Como é possível fazer mais estacionamento no subsolo e aumentar o tráfego na Baixa e na Periferia?
Ser possível é.
Existem cidades pelo Mundo mais caóticas e insustentáveis do que Lisboa.
As consequências desses parques de estacionamento para o veios freáticos e para o que corre no subsolo?
A problemática da ÁGUA.
A Baixa tem esta situação geográfica.
Não tem outra.
Ribeiras na Av. da Liberdade, na Rua da Palma, etc.
O Estuário, o Rio.
As chuvas continuam a cair e a escorrer para as partes mais baixas.
A Canalização dos leitos das Ribeiras trás graves problemas.
As alterações dos ciclos climáticos ou das estações, têm provocado picos de intensa pluovisidade.
Catástrofes.
Em Lisboa tivemos um tsunami.
O que fazer?
A maciça abertura de minis, pequenos,médios e grandes superfícies comerciais, abalou o comércio da Baixa.
A desertificação, isto é, a população que por ali morava há cerca de 40 anos e que alimentava também o comércio, baixou drásticamente.
Um dos motivos foi porque as forças vivas não souberam e não quiseram, juntamente com os proprietários, fazer a Reabilitação e a recuperação dos edifícios.
O que fazer?
O Comércio, os comerciantes da Baixa, dos pequenos aos grandes, têm que criar um novo espírito de cooperação e de colaboração uns com os outros. Para isso servirão também as suas Associações de classe, indo aprender com experiências em cidades no estrangeiro.
Têm motivações suficientes para esse diálogo?
O que temos ouvido, incide sempre em reclamar.
É claro que os governantes e a Câmara têm fugido também deste diálogo.
A Baixa e as suas periferias têm que exigir melhor Planeamento e um Urbanismo mais consentâneo e dialogante com os paisagistas.
É complicado.
Finalmente melhor oferta de Transportes Colectivos.
Públicos e Privados.
É fácil, mas não vemos o Dr.António Costa a querer assumir a coordenação de toda esta epopeia e assumir com mais autoridade esta defesa da Baixa Pombalina e do seu Comércio.
Talvez seja muita ou pouca "areia".
Talvez os seus objectivos sejam outros, talvez ser primeiro-ministro ou Presidente de um cargo mais importante.
Mas há que continuar e melhorar a discussão sobre a Baixa.

César Travassos disse...

Ate que enfim um comentário interessante!