02/12/2013

PLANETA EMEL: estacionar no passeio no BA é legal

Neste local existe sinalética a informar que é legal estacionar em cima  deste passeio.

10 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Qual a alternativa que o autor do post sugere aos moradores? Talvez não ir dormir a casa, para poder deixar o passeio livre?

Anónimo disse...

várias sugestões:
- não escolheres o centro de Lisboa para morar, se o teu mercedes branco é assim tão importante para ti;
- respeitar os outros cidadãos (incluindo crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida), que têm mais direito a usufruir do espaço público do que o teu popó;
- usares os transportes públicos (o ambiente agradece e todos chegaríamos mais rapidamente aos nossos destinos);
- mudares-te para uma área de serviço de uma autoestrada - onde terás todos os carros e alcatrão que tanto adoras;
- ...

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A mobilidade urbana é um problema curioso: se cada indivíduo optar pelo automóvel porque, no imediato, reduz o seu tempo de viagem; o colectivo acaba por, em média, demorar mais tempo a chegar ao destino. matematicamente é um problema curioso, porque tentar encontrar um solução para o problema optimizando o tempo de viagem para cada indivíduo, o resultado é sempre num aumento médio do tempo gasto em viagem. daí a necessidade de mais estradas (que pagamos todos, tenhamos carro ou não), mais faixas, mais acessos e, mesmo assim, o problema agrava-se continuamente.
a única solução que não degenera em tempos sucessivamente maiores de viagem baseada na optimização dos tempos médios de viagem do colectivo. e isso não é possível com o automóvel.
mas enfim, tenho a impressão que estou a atirar pérolas a porcos..

Anónimo disse...

Por acaso, sou morador nessa rua e nunca aí estaciono a não ser para cargas e descargas. É relevante informar que:
1. A primeira secção da rua, até ao cruzamento, tem sinalização a autorizar o estacionamento.
2. Após o cruzamento, é ilegal estacionar.
3. Por diversas vezes se pediu para se "requalificar" a rua, à semelhança de outras, e racionalizar os lugares de estacionamento, mas a edilidade nunca quis saber, nem tão pouco a adminsitração da EMEL.

Ainda mais importante, para quem não saiba, a Zona de Acesso Condicionado do Bairro Alto (Zona EMEL n.º 11) tem cerca de 100 lugares regulamentados para residentes, para 400 fogos:
- Dá 1/4 (um quarto!) de lugar para cada fogo, se cada fogo tiver um residente com viatura;
- Há o acréscimo significativo dos comerciantes que têm viaturas (nunca foi dimensionado pela EMEL nem pela CML!);
- Há o acréscimo significativo dos visitantes que usam o "cartão viva" (cujo impacto nunca foi dimensionado nem pela EMEL nem pela CML);
Fora estes factores, há também as diversas falhas dos controlos de acesso ao interior da zona condicionada.
Digam lá, Sr.s comentadores ricos que escolhem viver em condomínios ou em zonas com planificação mais humanizada, que moralismos é que irão buscar para castigar mais os moradores do Bairro Alto? Safa...

Anónimo disse...

Caro morador do Bairro Alto,
primeiro deixe-me dar-lhe os parabéns por resistir a viver, ainda, num bairro onde a vida é, para uma pessoa normal, impossível. Mas será ainda mais impossível depois de ler o seu comentário e perceber a mentalidade que impera quem por lá mora, já que em vez de pedir mais espaço para circular como um homem, pelo seu pé (você, e a sua família, e os seus amigos, e todos os demais), está a pedir mais espaço reservado a carros!
Quando sai da sua viatura, e os demais moradores dos 399 fogos de que refere, voa até casa ou, como penso ser o caso, torna-se um peão e tem de circular pelos passeios exíguos e cheios de carro? Se para si, ou para qualquer pessoa, é caro ter uma avença para deixar o carro bem estacionado sem impedir a circulação, então você não tem rendimentos para ter carro.
Quando é que os portugueses e lisboetas vão perceber isto?!
Não se queixe pela CML que ela tem sido mais do que "amiga" de quem é egoista ao ponto de pensar só em si, no seu carro e na sua vida...

Carlos Medina Ribeiro disse...

Em comentário que ontem aqui coloquei (mas que, por qualquer motivo, ainda não apareceu), eu chamava a atenção para o facto de que o estacionamento em cima do passeio poder ser legal, desde que especificamente autorizado.
Inclusivamente, referi que a lista de sinais de trânsito do Código da Estrada refere (e mostra desenhos) placas normalizadas rectangulares (brancas com letras pretas) para esse efeito.
Há, até, vários tipos (para estacionamento longitudinal, transversal, parcial ou total).
Podem ver-se exemplos na Av. Gago Coutinho, na Av. Brasil, na Guilhermina Suggia, etc.
Ou seja: se, no caso presente, a ideia é autorizar este tipo de estacionamento, deverão providenciar para que ele seja autorizado - e depois sinalizá-lo devidamente. Caso contrário, os carros estão em infracção, e os respectivos condutores deverão ser punidos - tão simples como isso.

Pedro Miguéis. disse...

Moro num bairro histórico e trabalho fora de Lisboa, em Linda a Velha, num turno que me obriga a voltar para casa às 4 da manhã. Algum dos iluminados me sabe dizer como é que eu poderia trabalhar se não tivesse viatura própria? Sugerem alguma alternativa que não a da desertificação do centro? Querem que estacionemos onde, num parque com avença? Não há dinheiro.

Filipe Melo Sousa disse...

Continuem a hostilizar a população activa, que trabalha, circula, e precisa de carro.

Depois admirem-se que ninguém ficou em Portugal para trabalhar e pagar impostos e a reforma dos outros. Eu já me pus ao fresco, não há pachorra.

Ficarão com um shortcut de 50% da pensão, mas terão uma cidade sem carros, e limpa. Bom proveito.

Anónimo disse...

Caro Pedro,
devia fazer parte da sua economia doméstica e planeamento financeiro uma tranche para a avença do estacionamento seu carro. Isso que nos conta é um problema seu, só seu, que tem a solução que você quiser, menos estacionar em cima do passeio. Qual é a diferença entre uma lei que proibe o estacionamento em cima de passadeiras e passeios - Código de Estrada - e uma outra que proibe que lhe entrem em casa e lhe roubem tudo porque precisam de dinheiro para sobreviver, logo uma necessidade premente. Porque razão se deve cumprir aquela que lhe interessa (proteção do seu património) e não a outra que você viola (proteção da mobilidade de TODOS)? Porque razão é que o seu problema tem de se tornar o problema de quem quer andar nos passeios? Estes são princípios de civilidade que você e todos deveríamos ter, por mais necessidade de não os cumprir tenhamos. E pouco interessa o que vêm aqui dizer quem não cá vive mas tem tanta raiva daqueles que aqui estão, a lutar por uma sociedade melhor que tenho a certeza que quando este povo acordar deste torpor mesquinho e egoísta de só olhar pelos seus interesses e passar a defender o bem de todos, esses tais que aqui não estão não vão suportar e vão explodir (ou implodir).
Lembre-se que cada vez que alguém "empurra" um peão para a estrada com o estacionamento ilegal, está a pôr a vida dessa pessoa em risco, e essa pessoa pode ser você, ou alguém da sua família.

Anónimo disse...

Para o Pedro Miguéis (1:20 PM),

E se te mudasses para Linda a Velha? Que culpa temos nós que tenhas que ter carro e que escolhas morar num bairro histórico?

Anónimo disse...

Carlos Medina Ribeiro, o estacionamento de cima do passeio, na secção visível, é autorizado. A correcta sinalização encontra-se visível para quem sobe pela Rua do Teixeira, visto que não há acesso da Rua de São Pedro de Alcântara (perspectiva de quem tirou a fotografia).