16/06/2015

A CML não pode tomar posse administrativa da Estação Sul e Sueste, obras coercivas e acabar com esta pouca vergonha?



Foto: Público

De acórdão do STA:

«I - A decisão de proceder à posse administrativa de um imóvel com vista à realização de obras indispensáveis à sua segurança que o seu proprietário se recusa a fazer só pode ter lugar quando, previamente, o prédio tenha sido objecto de vistoria, o proprietário possa nela ter tido intervenção, tenham sido identificadas as obras que se impõem fazer, tenha sido obtido orçamento para elas e o proprietário tenha sido notificado deste.
II - O que significa que este é um procedimento complexo que só se mostra findo quando as apontadas formalidades tenham sido cumpridas visto ser esse cumprimento que permite a prolação de uma decisão fundamentada que se pode decompor em dois segmentos; de um lado, o que respeita à necessidade da posse administrativa para a execução das obras e, de outro, o que estabelece que a Câmara se irá substituir ao proprietário e as irá realizar pelo valor que foi orçamentado.
III - E, se assim é, aquela decisão constitui um único acto cujos efeitos jurídicos se não podem dissociar e que não têm autonomia entre si apesar da sua segmentação.»

O lugar da antiga Barbearia Campos no Largo do Chiado: dia 9 de Junho de 2015


Afirmam as mentes pensantes dos nosso governantes municipais que nada há a recear pois que a histórica Barbearia Campos será "recriada" tal qual como era... Também nos afirmam, contra todas as evidências em contrário, que os imóveis presentes na Carta Municipal do Património (anexa ao PDM) não podem ser demolidos. Este caso foi mais uma das frequentes excepções.

Alguém pode acreditar que um bem cultural, real e autentico, possa ser "recriado" depois de destruído, como se fosse um bolo de pastelaria ou pudim instantâneo? A pergunta que continua sem resposta é porque razão a CML não exigiu aqui um outro tipo de intervenção menos pesada em respeito ao bem cultural que existia no local, ou seja, uma reabilitação de facto do imóvel em vez da construção nova que se está a fazer atrás da fachada.

Fotos: Imagens actuais do local exacto da antiga Barbearia Campos (9 de Junho de 2015).

Plataforma em Defesa das Árvores / Pedido de esclarecimento enviado à JF Santo António:


ARTE POR SÃO CRISTÓVÃO (já não falta tudo...)



ESTA CAMPANHA ESTÁ ASSOCIADA AO CANAL PPL CAUSAS

«Tela do século XVII, da autoria de Bento Coelho da Silveira (1617-1708) que se encontra no altar-mor da igreja de São Cristóvão. Desaparecida há várias décadas, a tela foi encontrada por detrás do altar-mor e uma parte significativa (cerca de um metro) está irrecuperável. O que resta precisa urgentemente de uma ação de conservação e restauro feita por equipa de profissionais creditados. A tela retrata a Última Ceia de Jesus e enquadra-se num cenário mais amplo composto por três imagens: Ultima Ceia, Bodas de Caná e o Sacrifício de David, retratando a teologia católica da Eucaristia como Sacrifício e Banquete. Esta iniciativa possibilitará a recuperação desta tela. Grande parte da intervenção decorrerá no local, possibilitando aos visitantes o acompanhamento dos trabalhos.»

PUBLI-Cidade: Largo do Chiado



As diversificads ocorrências de publicidade no Largo do Chiado valem só por si um estudo...

PASSEIOS DE LISBOA: Largo dos Loios



















Freguesia de Santa Maria Maior, zona gerida pela EMEL

Terraços do Carmo: Obrigado, Arquitecto Siza!








Aqui temos uma obra exemplar. Uma ideia clara, com desenho simples, uma obra bem executada. E o Mestre Siza dá uma lição de maturidade e inteligência com o uso extensivo da calçada portuguesa... Obrigado, Arquitecto Siza! 
PS: Como não teriamos ficado bem mais bem servidos se o projecto da Praça do Comércio tivesse sido entregue a Siza...

14/06/2015

A outra face das Festas de Lisboa...




































Colina do Castelo, Largo dos Loios, hoje domingo, dia 14 de Junho de 2015. O nível civilizacional dos lisboetas ainda tem muito que evoluir. Já para não falar das marcas de cerveja que promovem este tipo de ocupações do espaço público em Bairros Históricos, mas que nada fazem depois para que as Festas de Lisboa sejam um evento responsável a todos os níveis. Tudo o que lhes interessa é que as pessoas bebam, bebam, bebam e que depois vomitem, urinem e etc. no meio das ruas, largos e jardins da nossa cidade. Quanto à pegada ecológica destas marcas de cerveja com os milhões de copos de plástico que produzem e colocam no ambiente urbano... é um verdadeiro desastre. Este pequeno exemplo, no Largo dos Loios, serve apenas para ilustrar um problema ainda crónico das Festas de Lisboa. Um problema que parece ser quase tabu falar. Mas o aproveitamento descarado e agressivo das Festas de Lisboa por parte das marcas de cerveja - com a benção da EGEAC/CML - é mais uma vez muito criticável.

13/06/2015

"Os Eléctricos de Lisboa e em especial o E24 são os grandes vencedores da votação As 10 Marcas Apagadas de Lisboa"


DECIDIDAMENTE, PARECE QUE 2015 NÃO É UM BOM ANO PARA AS ÁRVORES EM LISBOA ÁRVORES A MORRER NO CEMITÉRIO DOS PRAZERES


Os Cedros e os Ciprestes do Cemitério dos Prazeres estão a ser atacados por uma praga que julgamos ser o Cancro Cortical dos Ciprestes, causado pelo fungo Seiridium cardinale.

O combate a esta praga, como a todas as outras, é muito difícil e dispendiosa. Veremos o que a Câmara Municipal de Lisboa pensa fazer para minimizar os seus efeitos e impedir que se propague a outras árvores do género Cupressus existentes na cidade.

O que está a acontecer é mais uma prova de que se deve evitar a plantação mono-específica, tanto em jardins como em arruamentos.

Na última foto podem ver-se árvores não atacadas plantadas intercaladas com outras espécies.

Seria importante que a “Plataforma em Defesa das Árvores” se interessasse por este fenómeno.


Pinto Soares

Uma belíssima notícia, e espero que seja desta e que dê certo!


In Diário de Notícias/LUSA (13.6.2015)

«Câmara de Lisboa quer Associação de Turismo a requalificar Pavilhão Carlos Lopes

Valor estimado para intervenção no local é de 8,5 milhões de euros.

A Câmara de Lisboa discute na quarta-feira a constituição, por 3,5 milhões de euros, de um direito de superfície sobre o Pavilhão Carlos Lopes, abandonado há vários anos, a favor da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), que o requalificará.

"O direito de superfície a constituir destina-se exclusivamente à realização de obras de reabilitação daquele local (Pavilhão Carlos Lopes) e da respetiva área envolvente, para possibilitar a realização de eventos, nomeadamente de caráter cultural, artístico e desportivos levados a cabo pela ATL", refere a proposta assinada pelo vereador do Urbanismo da capital, Manuel Salgado, e à qual a agência Lusa teve hoje acesso. [...] Por isso, o executivo municipal de maioria socialista vai debater a desafetação do domínio público para o domínio privado municipal, bem como a constituição de um direito de superfície sobre uma área de 12,9 mil metros quadrados, pelo prazo de 50 anos e por cerca de 3,5 milhões de euros. O valor estimado para intervenção no local é de 8,5 milhões de euros, indica a proposta. A autarquia recorda que, com esta requalificação feita pela ATL, tem uma "redução dos encargos". Para o município, "a ATL possui características ímpares, condições e valências, nos domínios relacionados com as atribuições desta autarquia, em matéria turística, cultural e desportiva, situação que fundamentou os protocolos existentes entre as duas entidades". Esta associação do turismo tem também "uma vasta experiência na recuperação e reabilitação de equipamentos e edifícios de interesse patrimonial", salienta-se. [...]»

PUBLI-Cidade: Largo do Limoeiro
















A pegada ecológica de marcas como a Sagres e a Super Bock são gigantes principalmente durante este periodo das Festas da Cerveja, previamente designadas "Festas de Lisboa"...É o vale tudo.

PUBLI-CIdade: Largo da Sé



Enquanto no resto da Europa se debate e se altera a relação que as cidades têm com a publicidade, reduzindo o impacto e a presença dos dispositivos de publicidade (com cidades a terem a coragem de retirarem toda a publicidade do espaço público em zonas historicas) em Lisboa continuamos a deixar a Publicidade à solta conforme se vê neste paradigmatico caso em pleno Largo da Sé.

12/06/2015

Plataforma em Defesa das Árvores / Pedido de esclarecimento enviado à JF Alcântara:


FESTAS DE LISBOA, FESTAS DA CERVEJA...

O criticável par «EGEAC-CERVEJA» continua a ser central nas chamadas "Festas de Lisboa"... A submissão às marcas de cerveja e o respectivo incentivo ao consumo de alcool são, no mínimo, muito criticáveis e algo que a EGEAC e a CML deveriam rever á luz dos problemas de saúde pública que o nosso país tem com o alcoolismo. Não há quem queira pagar tantos milhões para a programação das Festas de Lisboa? Então que se faça umas Festas de Lisboa com menor orçamento. Não é possível continuar neste esquema irresponsável da "cerveja + dinheiro = festas & alcoolismo".

Exposição: Marchas do Bairro do Castelo


Esplanadas: Os "novos carros" do espaço público?

















O Largo Rafael Bordalo Pinheiro ficou pouco tempo "bonito, simples e sem carros" O vazio é cada vez menos valorizado em Lisboa; Ontem já estavam a montar estruturas metálicas fixas para esplanadas; em breve este largo vai ficar com a mesma patologia do vizinho Largo do Carmo: sem 1cm livre para o cidadão comum, máxima ocupação abusiva pelas esplandas de cafés, restaurantes, quiosques, etc.

As esplanadas são os "novos carros do espaço público": estão a aparecer em todo o lado, em cima dos passeios, nos jardins, nas faixas de rodagem! Em Barcelona já há movimentos de moradores que se organizam contra esta ocupação sistematica do espaço livre dos bairros pelas esplanadas... mas nós aqui continuamos a assistir, passivamente, a todo este fenómeno da progressiva privatização do espaço publico. Não teremos direito a espaços de silêncio e de vazio?

LISBOA: safari urbano para turista consumir?







Quatro Eléctricos parados na Rua do Limoeiro, na tarde de 5ª feira dia 11 de Junho. A incompetência, a fealdade, o patético, e o difuncional transformados em atracção turística. Os turistas saiam dos electrticos para tirarem fotos, selfies até, junto da "cena do crime". Davam gargalhadas, entravam e saiam, divertidos com o espectaculo selvagem que Lisboa lhes oferece em cada esquina. É nisto que Lisboa se está a transformar. Uma figura patética, ridicula? Um mero safari urbano? A dignidade de Lisboa está a ser comercialziada, vendida por meia dúzia de tostões para simples entretenimento de um certo perfil de turistas. Lisboa turistificada à força?