28/06/2016
Festas de Lisboa ou Festas da Cerveja? EGEAC...?
09/06/2016
Festa da Cerveja (antiga Festa de Santo António) vai começar: Praça do Comércio
09/11/2015
Um Problema de Saúde Pública
14/06/2015
A outra face das Festas de Lisboa...
13/06/2015
PUBLI-CIdade: Largo da Sé
13/06/2014
FESTAS DE LISBOA: FESTAS DO LIXO?
30/05/2014
13/05/2014
Festas de Lisboa 2014, A/C da CML, AML e EGEAC
Exma. Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa
Exmo. Presidente da EGEAC
Nos últimos anos, os lisboetas têm assistido à degradação da identidade das Festas de Lisboa, em particular nos espaços públicos dos bairros históricos. De ano para ano é notória a transformação das Festas de Lisboa numa “Festa da Cerveja”. As regras, a nosso ver, insuficientes por parte da CML levaram, em parte, ao actual cenário de publicidade agressiva e omnipresente por parte das marcas de cerveja. O incentivo ao consumo de álcool é livre e abusivo um pouco por toda a cidade histórica, e não só.
Concordamos que cada cidadão, desde que maior de idade, seja livre de consumir álcool – mas quando os impactos negativos ultrapassam a esfera do individual, então há que intervir, cremos. E não nos referimos às ruas e aos largos cobertos de copos, garrafas, vómito e urina; referimo-nos custos, a longo prazo, para a sociedade.
As mortes devidas ao consumo de álcool triplicaram desde 1990. O consumo de álcool passou de 6ª a 3ª causa de morte e de acidente em todo o mundo. Este impacto pesa sobre toda a sociedade – e são todos os contribuintes que acabam por pagar a factura. De facto, os problemas causados pelo consumo excessivo de álcool roubam cerca de 1,5% dos orçamentos de estado na Europa. Este problema está a piorar de ano para ano e em países como Portugal, onde por tradição o consumo de álcool ocorria essencialmente às refeições, assistimos ao aumento do consumo irresponsável pelos jovens.
Na nossa opinião, o actual modelo de gestão/organização das FESTAS DE LISBOA está a contribuir activamente para o agravamento deste problema de saúde pública. Está também a contribuir para a desqualificação do espaço público e dos edifícios e monumentos históricos da nossa cidade. O quase monopólio da(s) marca(s) de cerveja que patrocinam/participam no evento produz impactos inaceitáveis:
1- DESRESPEITO CRESCENTE PELO AMBIENTE URBANO HISTÓRICO.
2- QUIOSQUES COM PUBLICIDADE LIVRE E DESCONTROLADA.
3- UTILIZAÇÃO CRESCENTE E EXCESSIVA DE PLÁSTICOS.
Falta estabelecer, de facto, regras iguais para todos os participantes, e com padrões em linha com o que se faz no resto da Europa (alguns exemplos em anexo).
Falta também criar uma campanha de sensibilização para o consumo responsável de álcool.
Há outras formas de organizar e desenvolver as FESTAS DE LISBOA sem conspurcar e arrendar a cidade histórica desta forma, nem agravar os problemas de saúde pública da capital e do país.
Com os melhores cumprimentos,
Fernando Jorge, Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Luís Marques da Silva, António Branco Almeida, Júlio Amorim, Nuno Caiado, Jorge Lima, Inês Barreiros, Jorge Pinto, Miguel Jorge, Rossella Ballabio, Maria do Rosário Reiche, Paulo Lopes, Guilherme Pereira, Artur Lourenço
02/07/2013
Super Bock: novos dispositivos de publicidade nos Bairros e Zonas Históricas
Exmo. Sr. Vereador do Espaço Público, Dr. José Sá Fernandes,
Como é do conhecimento de V. Exa, temos feito ao longo dos últimos anos um esforço em colaborar com a CML no sentido de promovermos uma cidade com um Ambiente Urbano mais ordenado, limpo e digno da nossa História e Património.
Não nos temos demitido nem demitiremos em denunciar fenómenos, ou práticas, de empresas que activamente destroem ou danificam o espaço público, em particular nos Bairros Históricos de Lisboa.
Lamentamos que a marca Super Bock continue, ano após ano, a poluir visualmente a cidade, através de um marketing muito agressivo, por vezes autoritário até.
Assim, solicitamos que informem os cidadãos se os novos dispositivos de publicidade criados por esta marca e aplicados recentemente um pouco por toda a cidade, estão licenciados pela CML ou constituem mais um exemplo de aproveitamento abusivo e portanto não passam de publicidade ilegal. Estes dispositivos foram "oferecidos", e aplicados com azáfama, aos estabelecimentos no início das "Festas de Lisboa".
Estes dispositivos, a serem permitidos pela CML, traduzir-se-ão na abertura de um precedente perigoso, uma vez que qualquer outra marca poderá exigir igual direito de aplicar no espaço público semelhantes reclames. Todos concordamos que a nossa cidade histórica não precisa do desenvolvimento de um fenómeno deste tipo.
Sendo esta marca o patrocinador principal das Festas de Lisboa, não é de admirar que os cidadãos tenham dúvidas sobre algum tipo de "tratamento especial" por parte da CML em matéria de licenciamento de publicidade.
Anexamos imagens de apenas 2 exemplos (são centenas), um no coração de Alfama e outro na zona Chiado/Bairro Alto em imóvel classificado de Interesse Público (Largo do Calhariz 1-3).
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Fernando Jorge
CC. Festas de Lisboa, AML, Media
04/03/2013
É preciso ATENÇÃO E RESPEITO pelo Troço da muralha do Castelo de S. Jorge na R. do Chão da Feira
Exmos. Senhores
Acusamos a receção do Vosso email datado de 24 de Julho do corrente ano no qual nos dão conta da ocupação e dos danos realizados junto à muralha do Castelo de São Jorge, pelo qual transmitimos o nosso agradecimento.
Nesse âmbito gostaríamos de informar V. Exas. que também esta empresa municipal, EGEAC, entidade que gere o supracitado equipamento cultural, já tinha reportado a situação junto dos serviços competentes da CML, considerando os danos registados na muralha.
Mais informamos que tendo por particular objectivo a salvaguarda do património (na sua componente visual e material) iremos solicitar que em termos futuros os serviços da CML solicitem parecer desta empresa municipal relativamente a este tipo de pedidos de ocupação de espaço público, permitindo desta forma o acompanhamento dos processos e respetiva articulação de fiscalização com a CML para evitar a poluição visual desta zona histórica, bem como os danos provocados pela má conduta e utilização do espaço público.
Transmitindo uma vez mais o nosso agradecimento
Apresentamos os nossos melhores e mais sinceros cumprimentos,
O Presidente do Conselho de Administração da EGEAC
Miguel Honrado ...
Dra. Teresa Oliveira,
C.c. PCML, Vereador Espaço Público, AML, JF, ATL, Media
Vimos manifestar junto de V. Exª a nossa preocupação pelos abusos e utilização inadequada de que continuam a padecer todos os anos, durante as Festas de Lisboa (e não só), a entrada do Castelo e o troço da muralha do mesmo na Rua do Chão da Feira.
Como é do V/conhecimento, CML autoriza anualmente a instalação de vários quiosques de uma marca de cerveja (patrocinador principal das festas) junto desta muralha e mesmo à entrada do Castelo (ver imagens em anexo). O impacto negativo destes quiosques, de plástico e cobertos de publicidade, tem levado a numerosos protestos por parte da sociedade civil, bem divulgados nos Media e nas redes sociais. No entanto, a CML emite anualmente licenças para os quiosques, colocando os interesses de uma empresa privada acima da salvaguarda de um bem cultural classificado como de interesse nacional como é o Castelo de S. Jorge. Temos também dúvidas se a implantação destes quisoques recebe o devido parecer da tutela do património cultural (IGESPAR).
Para além do óbvio caracter intrusivo destes quiosques, estes equipamentos acabam por atrair comportamentos menos cívicos. A título de exemplo, e apenas a alguns metros do local de implantação dos quiosques de cerveja, foi realizada a 12/13 de Junho uma fogueira encostada à muralha classificada como Monumento Nacional. A muralha ficou danificada naquela zona desde essa data (ver foto em anexo).
Face ao exposto, vimos solicitar a V. Exª que faça ver ao Pelouro do Ambinte Urbano da CML que, de futuro e em nome da boa conservação deste monumento, se deve abster de autorizar a implantação de quiosques junto à entrada do Castelo e ao longo do troço da muralha na Rua do Chão da Feira.
Certos de que partilha da nossa preocupação, apresentamos os nossos melhores cumprimentos,
Luís Marques da Silva, António Branco Almeida, Nuno Caiado, Fernando Jorge, Júlio Amorim e Virgílio Marques
31/08/2012
PUBLI-CIDADE: Castelo e as Festas de Lisboa
20/07/2012
Elevadores Históricos de Lisboa continuam vandalizados e com manutenção insuficiente
Exmos. Senhores
Nuno Caiado, Fernando Jorge e António Branco Almeida
Rececionamos e agradecemos o e-mail que nos dirigiu, que mereceu a melhor atenção.
Foi já desencadeada uma ação de manutenção com vista à melhoria do estado de conservação das janelas dos veículos. A Carris tem um plano de manutenção programada para os seus veículos. Por vezes ocorrem situações de avarias inesperadas que tentamos que sejam rapidamente solucionadas, de acordo com a disponibilidade da área de manutenção, a operar durante o período noturno. Lamentando o incómodo que esta situação possa causar aos nossos Clientes, pedimos desculpa por esta situação.
A Carris tem procurado divulgar todos os seus ascensores e elevador, enquanto meios de transporte e símbolos da Cidade de Lisboa. Este ano estamos a realizar intervenções de melhoria e manutenção no elevador de Santa Justa. Contudo, aproveitámos a semana do aniversário, para a realização de mais uma edição do outjazz assinalando assim os 110 anos deste icon Lisboeta.
Esperamos que num futuro próximo, a conjuntura financeira nos permita realizar uma comemoração mais ajustada à importância e significância deste equipamento. Sempre ao vosso dispor, apresentamos os melhores cumprimentos.
Agostinho Antunes
Gabinete do Provedor do Cliente
...
Novo e-mail à CARRIS:
Exmos. Senhores
No seguimento da resposta que V.Exas nos fizeram chegar, relativamente ao nosso protesto pelo estado dos elevadores históricos de Lisboa, somos a solicitar que nos esclareçam sobre qual a "acção experimental" que decorreu no elevador da Glória e é referida no V/texto?
Por outro lado, e uma vez que o elevador da Bica esteve preservado quando foi coberto por uma película espelhada no âmbito de uma intervenção de arte urbana, sugerimos que a Carris promova, em articulação com a CML, um concurso de ideias com vista à criação de um esquema físico de protecção nas zonas de estacionamento dos elevadores, aliás à semelhança do que era feito há ... 100 anos. Mesmo que tal projecto seja oneroso de pôr em prática no presente, ficaria de reserva para tempos melhores.
Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos
Nuno Caiado, Paulo Ferrero e António Branco Almeida
...
Resposta da CARRIS:
Exmos. Senhores
Nuno Caiado
Fernando Jorge
Luís Marques da Silva
Rececionamos e agradecemos o vosso e-mail.
Em primeiro lugar temos a lamentar que os nossos Ascensores se encontrem constantemente grafitados. De facto o vandalismo nos veículos é um problema que afeta a imagem da empresa junto dos nossos clientes, e que muito nos preocupa.
No entanto, as fotos que nos são enviadas não correspondem à situação atual. Na data de receção desta reclamação a situação era a seguinte:
- O ascensor da Glória tinha um veículo completamente limpo e o outro apresentava apenas um pequeno graffiti. Desde o início do mês de Junho este ascensor tem-se mantido quase sempre limpo de graffitis, graças a uma ação experimental que está em curso para minimização deste flagelo que são os graffitis;
- O ascensor do Lavra tinha os dois veículos completamente limpos com exceção das frentes que na realidade se encontravam grafitadas;
- O Ascensor da Bica não pode aqui ser considerado porque o mesmo encontra-se imobilizado para uma manutenção profunda, onde será feita uma pintura total das cabinas. Os reclamantes têm aqui um exemplo de que a Carris sempre teve um cuidado muito grande com a manutenção dos ascensores que, para além da manutenção diária a que são sujeitos, são ainda submetidos periodicamente a intervenções profundas como é o caso atual do ascensor da Bica e foi o caso do ascensor do Lavra no ano passado.
A Carris promove a limpeza imediata dos graffiti sempre que possível. Quando não é possível a sua remoção por limpeza é acionada uma ação de pintura. Infelizmente, como se pode constatar, logo após a limpeza/pintura, os veículos são novamente grafitados. Também já pedimos autorização às Autoridades Competentes para instalar sistemas de videovigilância nos locais de parqueamento dos veículos, com o objetivo de desincentivar o vandalismo. Aguardamos a devida autorização para instalação das câmaras de videovigilância.
Aproveitamos para informar que a Carris está completamente recetiva a novas ideias e sugestões que nos queiram apresentar para a resolução, ou minimização deste problema.
Sempre ao vosso dispor, apresentamos os melhores cumprimentos.
Lígia Querido
Gabinete do Provedor do Cliente
...Exmos. Senhores
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Administradores da Carris
Direcção da Associação de Turismo de Lisboa
C.c. AML e Media
Vimos por este meio dar conta a V. Exas do nosso lamento e, estamos certos, de todos os lisboetas e visitantes que gostam desta cidade dos seus elevadores históricos, i.e.:
- ver que os Elevadores históricos de Lisboa - todos com o grau máximo de protecção patrimonial (Monumento Nacional) - se mostram cronicamente vandalizados e com frequentes sinais de manutenção insuficiente (um problema extensivo à rede de eléctricos clássicos);
- ver estes símbolos de Lisboa no estado em que se encontram em pleno mês das Festas de Lisboa - porque não ajudam na resolução deste problema as várias mega-empresas que exploram publicitariamente este periodo festivo da capital?
Pensamos que está na altura da CARRIS, CML e ATL, em conjunto, tentarem encontrar uma solução para este problema da nossa cidade.
Fazemos mais uma vez um apelo para que estes Monumentos Nacionais de Lisboa recebam o tratamento e o cuidado que merecem.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Nuno Caiado, Fernando Jorge e Luís Marques da Silva
17/07/2012
DEJECTOS das Festas de Lisboa - EGEAC 2012
21/06/2012
Protesto: publicidade das Festas de Lisboa-EGEAC nos Bairros Históricos
Exmos. Senhores
Acusamos a recepção do Vosso email que muito agradecemos e que mereceu a nossa melhor atenção.
Enquanto promotor cultural a EGEAC tem como principal missão criar uma personalidade cultural única e distintiva para a cidade de Lisboa, estimulando a criação e promoção artística, investindo em projectos culturais de referência e potenciando o diálogo entre a cidade e os seus públicos, locais, nacionais e internacionais.
Nesse âmbito e decorrente da esfera de responsabilidade que assiste à EGEAC gostaríamos de informar:
a) Decorrente do exposto, a actividade desenvolvida por esta empresa municipal ao longo do seu percurso tem-se regido sempre pelo respeito e salvaguarda do património e do espaço público;
b) Este diálogo tem-se projectado no constante reconhecimento que entidades nacionais e internacionais têm conferido aos programas culturais desenvolvidos por esta empresa municipal, de forma directa ou em parceria com outros promotores culturais;
c) Associado à componente cultural, a EGEAC tem procurado obter um leque importante de parceiros/patrocinadores que, para além do importante contributo financeiro (tão importante e fundamental na actual conjuntura, permitindo uma programação mais rica e diversificada sem sobrecarregar o erário público), comungam dos objetivos que têm regido a actividade/missão desta empresa.
d) No estabelecimento destas colaborações tem existindo uma preocupação permanente no encontrar de soluções ajustadas, de visibilidade e de presença para as marcas patrocinadoras, soluções essas que respeitem a cidade em todas as suas vertentes.
e) Estamos certos que a UNICER e UNILEVER, parceiros por vós reportados, têm direccionado os seus esforços e campanhas de comunicação no sentido de cumprirem todos os requisitos legais, associando-se igualmente aos objetivos culturais da empresa e do município.
f) Relativamente às marcas concorrenciais e às suas campanhas de comunicação e/ou presença no espaço público, a EGEAC não poderá responder, considerando que não é da sua responsabilidade o processo de licenciamento.
Assim,
Gostaríamos de informar que lamentamos profundamente a existência de campanhas ilegais de marketing e manifestamos o nosso desacordo na apropriação do espaço público de forma indevida, na medida em que afecta negativamente a paisagem urbana/histórica da Cidade.
No sentido de procurar combater essa situação temos desenvolvido todos os esforços em articulação com as autoridades policiais e dos Serviços competentes da CML para a remoção dos materiais e notificação dos alegados autores de infracções. Face ao exposto e retomando os casos reportados, mal tomámos conhecimento desta informação, entrámos em contato com o nosso parceiro UNICER com o objetivo de obter uma explicação sobre o sucedido, bem como solicitar a imediata remoção dos respetivos materiais colocados indevidamente.
Após as diligências da UNICER, verificou-se a existência de colagens indevidas em espaço público de materiais distribuídos a agentes comerciais para colocação no interior dos seus estabelecimentos comerciais, mas que, sem o consentimento e conhecimento deste parceiro, realizou colagens no exterior.
A UNICER enviou para os locais por Vós reportados uma equipa que procedeu à remoção dos materiais colocados, conforme comprovam algumas imagens que juntamos em anexo.
Relativamente aos quiosques da UNILEVER/Olá instalados em zonas monumentais (Belém) informamos igualmente que a EGEAC tem tido sempre como directriz o cumprimento da área dos 50 metros de protecção visual dos monumentos nacionais, pelo que ao longo dos últimos anos temos desenvolvido um processo de acerto e rectificação constantes das localizações das respectivas estruturas.
Mais informamos que os quiosques instalados junto à muralha do Castelo de São Jorge, Sé, entre outros locais monumentalizados, não foram nem são da responsabilidade da EGEAC, pelo que também nós temos alertado os Serviços Competentes da CML para essa situação.
Por último, mas não menos importante, gostaríamos de agradecer as sugestões por Vós realizadas e informar que iremos manter e até reforçar a política de diálogo profícuo com o espaço público em termos de intervenção artística e visual.
Certos da Vossa compreensão Apresentamos os nossos melhores cumprimentos
O Presidente do Conselho de Administração
Miguel Honrado
...
Exmo. Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
C.c. AML, Media, EGEAC
Na sequência do n/e-mail de ontem sobre a afixação, em diversos pontos da cidade de Lisboa, incluindo em árvores, de autocolantes de publicidade (ex. marca Super Bock ), vimos por este meio alertar Vª Exª para o facto desta situação nos parecer violadora dos artigos 1º, 3º e 8º da Lei nº 97/88, de 17 de Agosto, e do Regulamento de Publicidade constante do Edital nº 35/92.
Assim sendo, nos termos legais e regulamentares, solicitmos a Vª Exª que determine de imediato a remoção da referida publicidade ilegal, sob pena de, em caso de inacção, incorrerem a Câmara Municipal de Lisboa e os titulares dos respectivos órgãos camarários em responsabilidade civil extracontratual do Estado, a qual será accionada com o correspondente pedido de indemnização cível por danos não-patrimoniais.
Com os melhores cumprimentos
Luís Marques da Silva, António Branco Almeida, Júlio Amorim, Nuno Caiado e Fernando Jorge
...
Dr. António Costa
Exmo. Sr. Vereador do Espaço Público
Dr. José Sá Fernandes
Exmo. Sr. Presidente do Concelho de Administração da EGEAC
Dr. Miguel Honrado
Decorrido que está o essencial das Festas de Lisboa de 2012, vimos pelo presente apresentar o nosso protesto pela repetição das más práticas de publicidade dos patrocinadores daquelas, lamentando que tanto a EGEAC como a CML não tenham, mais uma vez, conseguido disciplinar a sofreguidão dos patrocinadores.
Registamos, pois, a completa indiferença da CML face ao regresso da publicidade agressiva e excessiva durante as Festas de Lisboa, permitindo mais uma vez a intrusão grave da publicidade nos Bairros Históricos, que foram invadidos por dispositivos de publicidade de todo o tipo e dimensão, como, por exemplo:
- Quiosques de marcas de cerveja instalados em zonas classificadas como Monumento Nacional (ex: Castelo de S. Jorge);
- Quiosques de uma marca de gelados (na forma do próprio logótipo da marca) instalados em zonas classificadas como Monumento Nacional (ex: Belém);
- Autocolantes publicitários de uma marca de cerveja, com o logótipo oficial das Festas de Lisboa/EGEAC, aplicados indiscriminadamente nas fachadas de edifícios nos bairros históricos.
Junto enviamos algumas imagens que ilustram o consideramos ser inaceitável: a colocação de autocolantes em zonas de protecção de Monumentos Nacionais (ex: Sé Catedral, Castelo), em azulejos (ex: R. Augusto Rosa) e colunas de iluminação pública (ex: Miradouro de Santa Luzia), nas fachadas de Imóveis classificados de Interesse Público (ex: Igreja de Santiago e Igreja de Santa Luzia) e até mesmo em árvores (ex: Largo do Contador-Mor e R. de Santiago).
Aproveitamos para recordar as nossas sugestões de há vários anos a esta parte, com vista à resolução de alguns desses problemas:
- Terminar com o monopólio das marcas de cerveja (convidando, por exemplo, regiões produtoras de vinho nacional);
- Terminar com os quiosques de plástico de marcas de cerveja, gelados e refrigerantes convidando designers para se criar um modelo de "Quiosque Festas de Lisboa" a que todas as marcas se tivessem de sujeitar, seguindo a prática corrente de outras cidades da UE - não é tolerável voltar a instalar estes quiosques encostados à muralha árabe do Castelo de S. Jorge (MN) como vemos na R. do Chão da Feira;
- Exigir responsabilidade social aos patrocinadores, sensibilizando-os para os problemas ambientais associados à produção dos dispositivos de publicidade (em plástico, descartáveis e cujos desperdícios não são recolhidos pelas marcas que os lançaram no espaço público, de que são um mau exemplo os milhares de autocolantes aplicados nas fachadas dos bairros históricos onde ficam de ano para ano).
Daqui apelamos mais uma vez à EGEAC e à CML para que sensibilizem os vários parceiros envolvidos para a necessidade de respeitarem o ambiente e o património da cidade histórica; e para que reflictam sobre se deve haver ou não deve haver - e julgamos que o deve - uma fronteira clara entre aluguer e prostituição do espaço público na cidade de Lisboa.
Se houver realmente vontade da EGEAC e da CML (Pelouro do Espaço Público), estamos crentes que se conseguirá terminar com a poluição visual e ambiental que, infelizmente, têm vindo a marcar as Festas de Lisboa de 2012.
Com os melhores cumprimentos,
Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva, António Branco Almeida, Fernando Jorge, Virgílio Marques e Júlio Amorim
CC: AML, IGESPAR, DRCLVT, Media, Unicer, Super Bock, Unilever, Olá