06/01/2008

Assembleia Metropolitana contra a mudança de localização do IPO

In Público (6/1/2008)
Jorge Talixa

«Eleitos do PS, do PSD e até da lista de Isaltino Morais juntaram os seus votos aos do PCP contra a mudança da sede do IPO. Bloco de Esquerda absteve-se


A Assembleia Metropolitana de Lisboa é composta por 55 eleitos escolhidos pelas 18 assembleias municipais da região. O PS tem 19 assentos, a CDU tem 17 e o PSD elegeu 14 elementos. O Bloco de Esquerda com 4 e a lista Isaltino Oeiras Mais à Frente são as restantes forças representadas.
a A Assembleia Metropolitana de Lisboa (AML) aprovou, no dia 20 deDezembro, uma recomendação onde se considera que a actual localização do Instituto Português de Oncologia (IPO) é "a melhor" e que a "operação de deslocalização" desta unidade de saúde pode vir a contribuir para "uma operação de especulação urbanística e de privatização do IPO".
O documento, apresentado pela CDU, foi aprovado por maioria, com 48 votos favoráveis do PS, CDU, PSD e da lista Isaltino Oeiras Mais à Frente e quatro abstenções do BE.
A AML recomenda à Junta Metropolitana de Lisboa que acompanheeste assunto com a "maior atenção", sobretudo no que diz respeito aos processos de alteração de uso dos terrenos adstritos a unidades hospitalares, à mudança de estatuto desses serviços e à sua substituição.
O documento sublinha que está a ser preparada a transferência do IPO para outra área de Lisboa e sustenta que a actual localização é a melhor pela sua centralidade, pela proximidade do interface de transportes de Sete Rios e por estar num local sem grande pressão urbana. Salienta que desde os governos de António Guterres, numa altura em que Correia de Campos foi também ministro da Saúde, existe um plano de renovação do IPO e de construção de novas instalações no mesmo local. "Plano esse que se desenvolveria por fases e sem interrupção do seu funcionamento e que, por isso mesmo, se constituiria como o modelo que menos prejudicaria a cidade, os utentes e as suas famílias", refere. A recomendação diz que a eventual privatização do IPO e a especulação com os seus terrenos deve "merecer uma generalizada e frontal oposição, tendo em conta o interesse dos utentes".
O texto acrescenta que várias unidades de saúde da capital foram ou estão em vias de ser fechadas, citando os casos de "inúmeros serviços de atendimento permanente e dos hospitais de S. José, Capuchos, Desterro, Santa Marta e D. Estefânia, que veriam as actuais 2000 camas que integram substituídas pelas menos de 800 que virá a oferecer o futuro Hospital de Todos os Santos, criando-se uma situação extremamente prejudicial para a saúde das populações da região".»

10 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Por mim podiam fechar todos os hospitais públicos de Lisboa. Para que servem se eu não os uso? Está uma pessoa a descontar dois seguros de saúde privados, um para o estado, que não funciona e impõe-nos dois meses de espera para uma consulta, e pago um segundo seguro de saúde privado, para ter direito a uma consulta propriamente dita.

Bulldozer com a Estefania e a porcaria do IPO.

Tiago R. disse...

Não compare os impostos e descontos para a segurança social com um seguro de saúde!

Já ouviu falar de SOLIDARIEDADE SOCIAL?
Olhe que é mais ou menos o fundamento das sociedades europeias contemporâneas...

Filipe Melo Sousa disse...

"Já ouviu falar de SOLIDARIEDADE SOCIAL? "

Não o impeço de a praticar, caro tiago r.
E já você, o sistema que defende permite-me escolher entre praticá-la ou não?

Tiago R. disse...

O contrato social não é facultativo.
Nem nesta nem em nenhuma outra sociedade.

Filipe Melo Sousa disse...

"O contrato social não é facultativo"

agora sim, falamos bem. estou esclarecido. sabemos quem usa a força bruta para coagir o outro

Anónimo disse...

Por favor Sr. Tiago, nao vale a pena discutir com este tipo. "Okupa passeios", "xular sangue", "deitar lixo na rua", "Bulldozer com a Estefania".
Já agora caro Filipe use esse seguro de saúde para consultar um psiquiatra.

Anónimo disse...

"Por mim podiam fechar todos os hospitais públicos de Lisboa. Para que servem se eu não os uso" a besta não sabe é que para coisas mais graves (a começar pelos nascimento de prematuros...) são os hospitais públicos que têm mais condições de nos acudir.

A besta também não sabe, é que se tiver determinados problemas...o seguro não cobre, mas ai talvez use um cemitério...privado

Por mim os camelos deviam estar no zoo e os ET's noutro planeta

Por mim já percebi porque os correligionários do Pipinho lá no liberal social se estão "a cagar" para o moço...se querem ser um movimento, com esta criatura nem nas eleições do gato fedorento são levados a sério.

e todos trememos de pena da violência quando o bebé diz "sabemos quem usa a força bruta para coagir o outro". Se esta criatura consegui um curso superior...eis a prova da decadência onde chegamos, chiça penico!

Filipe Melo Sousa disse...

adoro ver o modo como a discordância é aceite por aqui. adoro como chamam de "contrato" uma obrigação não facultativa.

a besta assina 666, e com muito orgulho :) um grande abraço a todos e força para o blog.

Unknown disse...

Não percebo qual a necessidade de vasculhar a vida dos outros e comentá-la num blog sobre Lisboa.

O Sr. Filipe Melo Sousa fala sobre os assuntos mencionados em cada post. Ou seja, o correcto. Mas este blog parece que foi criado para indivíduos que quando não têm argumentos vão buscar aspectos irrelevantes para a discussão.

Vasco Trappola

Anónimo disse...

E a protecção do Pavilhão do Rádio do IPO (obra fundamental do arquitecto Carlos Ramos)? Efectivamente o seu estado não indicia um passado protegido mas eventualmente ainda iremos a tempo de mudar alguma coisa.