In Público (16/6/2008)
«O ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, revelou sábado que o projecto arquitectónico do novo Museu Nacional dos Coches, a construir na zona de Belém, em Lisboa, está concluído e vai ser apresentado publicamente em Julho. "Vai ser uma obra arquitectónica marcante", comentou o ministro durante uma visita ao Algarve.
Questionado pela agência Lusa sobre a data do arranque da construção do museu, projectado pelo arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, Manuel Pinho afirmou que as obras deverão começar até ao final do ano. "Já vi a maqueta final e gostei muito", comentou, elogiando a qualidade do tabalho do arquitecto que em 2006 recebeu o mais importante galardão mundial da arquitectura, o prémio Pritzker.
Actualmente instalado também em Belém, ao lado da residência oficial do Presidente da República, o Museu dos Coches é único no mundo e é a unidade museológica que em Portugal recebe mais visitantes. Possui uma extensão em Vila Viçosa, uma vez que o seu acervo não cabe todo nas actuais instalações. É suposto que as novas instalações sejam suficientemenete espaçosas para albergar o resto da colecção.
Criado por iniciativa da rainha
D. Amélia, mulher de D. Carlos I, e instalado no edifício do Picadeiro Real do Palácio de Belém, o museu possui viaturas de gala e de passeio dos séculos XVII a XIX, na sua maioria provenientes dos bens da coroa ou propriedade particular da casa real portuguesa. O anexo em Vila Viçosa, a funcionar desde 1984, está situado nas antigas cocheira e cavalariças do Paço Ducal e alberga um conjunto de 73 viaturas dos séculos XVIII a XX. As novas instalações serão erguidas nos terrenos das antigas Oficinas Gerais do Exército, frente à estação de Belém, numa área de 12 mil metros quadrados e serão compostas por uma zona de exposição museológica e oficinas de manutenção e conservação dos coches.
Como o PÚBLICO já noticiou, está a correr um abaixo-assinado na Internet para salvar a valiosa biblioteca do antigo Instituto Português de Arqueologia (IPA), que funcionava neste mesmo espaço. O vice-presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, no qual foi integrado o antigo IPA, garantiu que a biblioteca não corre o risco de desaparecer e será reinstalada "num espaço que surgirá", sem dar mais pormenores.»
Cá estaremos para ver, uma, a maqueta, e outro, o novo espaço para a biblioteca.
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