26/06/2008

Revisão do Plano da Área Metropolitana de Lisboa vai avançar

In Público (26/6/2008)
Jorge Talixa

«Processo de ordenamento do território foi motivado pela mudança do aeroporto da Ota para Alcochete


O processo de revisão "expedita" do Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROT-AML), motivado sobretudo pela decisão do Governo de mudar o futuro aeroporto da zona da Ota para a área do Campo de Tiro de Alcochete, vai avançar nos próximos meses, prevendo-se que esteja concluído dentro de um ano.
Por resolução aprovada em Conselho de Ministros, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo foi incumbida de elaborar esta alteração do PROT num prazo de nove meses.
Fonseca Ferreira, presidente daquela comissão, disse ao PÚBLICO que o trabalho técnico inerente a esta revisão poderá ser feito em nove meses, mas que o inquérito e a discussão pública das propostas finais "não será possível fazer, realisticamente", dentro desse prazo de nove meses, pelo que a CCDR-LVT aponta para a conclusão do processo dentro de um ano.
A recente Resolução do Conselho de Ministros que fixou as condições de realização desta revisão do Plano Regional de Ordenamento da Área Metropolitana de Lisboa (em vigor desde 2001) explica que esta alteração "prende-se com a necessidade de articulação entre o modelo territorial e os investimentos e projectos, em curso ou previstos, fortemente reestruturadores em termos territoriais, económicos e de mobilidade, como é o caso da construção dos novos aeroporto, plataformas logísticas, rede ferroviária de alta velocidade e a terceira travessia do Tejo".
Fonseca Ferreira reconhece que "o mais urgente e o mais pesado" será adaptar o PROT-AML à nova localização do aeroporto e dos seus acessos e articulá-lo com o Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo, que deverá ter aprovação final no último trimestre de 2008.
"O plano define todo o sistema de acessibilidades, todas as questões da rede ecológica, todas as questões do ambiente, dos sistemas agro-florestal e da rede urbana", sublinha Fonseca Ferreira, prevendo que a revisão do plano fique totalmente concluída até final de 2009.
Fonseca Ferreira, presidente da comissão, admite que o processo do novo plano só esteja concluído no final de 2009»

3 comentários:

daniel costa-lourenço disse...

E que tal limitar ao máximo as áreas de expansão urbana, de forma a forçar a reabilitação urbana, de forma a evitar o intestimento futuro em vias rapidas e novos transportes públicos, reforçnado-os nas zonas actuais...

Anónimo disse...

Bem esta de Fonseca Ferreira fazer uma revisão "expedita", deve ser brincadeira?
Condicionou todo o ordenamento de territorio à Ota como agora talvez mude para Alcochete...bem.
Fonseca Ferreira não tem condiçoes para continuar onde está e à muito deveria ser retirado do cargo aonde está há varios e largos anos.
Sem qualquer beneficios para o país antes pelo contrário.

Arq. Luís Marques da silva disse...

Ah agora, depois de aprovados planos estruturantes como "A Frente Ribeirinha"... Ao menos criem uma equipa interdisciplinar e interzonal competente, de modo a não se esquecerem de coordenar os vários projectos em aberto...