26/10/2010

CML destroi candeeiros com relevância patrimonial no Bairro do Areeiro/Alvalade

Avenida de Madrid (destruídos no verão de 2010)
Avenida de Paris
Rua Victor Hugo (destruídos no verão de 2010)
Logradouro da Avenida de Madrid
Rua Victor Hugo (destruídos no verão de 2010)
Avenida de Madrid (destruídos no verão de 2010)
Avenida de Paris
Imagens de colunas de iluminação Modernistas de Lisboa. Estão em vias de desaparecer pois a CML, de forma autista, pretende abater todos os exemplares da cidade nos próximos 20 anos.

A CML tem a obrigação de salvaguardar este tipo de equipamento para não privar as futuras gerações dos primeiros candeeiros Modernistas da cidade, ou seja, já considerados históricos. Enquanto testemunhos das primeiras colunas de iluminação pública de design moderno da capital, e até do país, o seu significado histórico e estético no contexto da história do mobiliário urbano continua a ser teimosamente negado pela CML.

Os modelos pioneiros, criados na década de 40, e desenhados especificamente para os "Bairros Modernos" da capital como o Areeiro, Alvalade e Restelo, devem ser alvo de projectos de conservação prioritária:

Coluna Aeroporto (1947) instalada pela primeira vez na Av. Gago Coutinho
Coluna Alvalade (1948) instalada pela primeira vez no Bairro de Alvalade
Coluna Guerra Junqueiro (1949) instalada pela primeira vez na Av. Guerra Junqueiro

Apesar do valor histórico e patrimonial do plano urbano do Areeiro-Alvalade já estar reconhecido pelos historiadores e especialistas, tanto nacionais como estrangeiros, a CML não lhe reconhece ainda o seu estatuto enquanto obra de referência do urbanismo nacional. O mesmo se pode dizer do Estado, através do MC/IGESPAR pois não classificou ainda nem um único edifício, ou conjunto, do Bairro de Alvalade. Assim se explica que os novos modelos de candeeiros propostos para toda esta zona não apresentem suficiente qualidade de design. As novas colunas e consolas de iluminação que a CML nos tem "oferecido" falam por si...

6 comentários:

Anónimo disse...

Em vez de arranjar o que está mal...esta gente não sabe ter dinheiro, nem poder nas mãos!
O dinheiro não lhes pertence e o poder foi o povo que lhes conferiu.

Estas situações indiciam esquemas de comissões e outros recebimentos pouco claros.
Isto tem de acabar.
Aonde param os candeeiros do Terreiro do Paço?

Anónimo disse...

A bimbalhada reinante na cmL no seu melhor...

Anónimo disse...

Publiquem também imagens dos novos candeeiros que vieram ocupar o lugar destes antigos! Publiquem porque só vendo é que se pode acreditar. As ruas foram corridas a postes de chapa de fabriqueta! Uma vergonha o que a CML anda a fazer à nossa cidade!

Xixo205 disse...

Votaram neste executivo camarário não votaram? Então não se queixem. Se alguem aqui se pode queixar sou eu, que não votei neles.

Anónimo disse...

Infelizmente essa mesma razia de património já varreu os candeeiros do Alto de S. João há cerca de dois anos substituindo-os pelos incaracterísticos (e feios) candeeiros de chapa. Ainda dirigi um pedido de esclarecimento à CML mas continuo a aguardar a resposta...

Maxwell disse...

Obrigado por publicarem este texto. Há já algum tempo que este blog tem vindo a levantar reservas quanto ao mobiliário urbano instalado nas recentes obras mas ainda nenhum post se tinha debruçado especificamente sobre este tipo de colunas.